“Aquele que vive de
combater um inimigo tem interesse em o deixar com vida.”
(Nietzsche)
Para muitos casais
parece que as brigas são sua razão de viver.
Meu pai não era
um tirano era mais um sujeito imaturo.
Tem homens (e mulheres) que
realmente são tiranos, na sua mente esposa e filhos são suas propriedades.
Há homens sádicos
que sentem prazer em bater.
Os homens sádicos
no começo do relacionamento podem ser muito cavalheiros, como uma aranha vão
trançando suas teias.
A principal e
indisfarçável característica é um ciúmes doentio.
Não que a pessoa
ciumenta seja necessariamente violenta.
Se for ciumento e
em algumas situações usar excesso de força como apertar o braço, beliscar, chutar
a canela, ofender... o sinal de alerta tem que ficar ligado ao máximo, é melhor
não arriscar.
Se você mulher
souber de antigos relacionamentos dele é desejável buscar referências.
Segundo atesta o
sucesso de 50 Tons de Cinza muitas mulheres gostam da submissão na cama, logo
esses homens mais possessivos e agressivos provocam orgasmos intensos nas mulheres,
mas lembrem-se, não dá para apoiar um relacionamento satisfatório apenas no
sexo.
Se a mulher é
masoquista e o homem é sádico o relacionamento de domínio e submissão vai muito
além do sexo, apesar de chocar a muitos o casal tem uma vida satisfatória para
eles, nesses casos os problemas sempre são as crianças...
Mas vamos para
parte mais social e menos individual desse texto.
A maior
reclamação dos agentes que atendem vítimas de violência doméstica é que as
mulheres desistem de levar o processo adiante, inventam mil desculpas, mas fica
patente que a vítima ama o agressor.
Isso aconteceu na
minha casa.
Certa vez uma
viatura da polícia chegou para conversar com meu pai ele foi ignorante com os
caras veio mais uma e o levaram a força, todos ficaram solidários com minha mãe
e ofereceram todo apoio.
Meu pai não ficou
um dia preso porque minha mãe não registrou queixa.
Por um lado
entendi minha mãe, afinal ela casou por amor, tinha 5 filhos é natural que
ainda restasse algum respeito por meu pai, mas por outro lado.
Se não queria
providências porque chamar a polícia?
Da primeira vez
não sei quem chamou a polícia [Tia ou vizinho], mas depois qualquer briga minha mãe queria
a polícia em casa!
Os policiais
enfrentam tanto esse tipo de situação que acabam aceitando que a mulher gosta
daquele relacionamento explosivo.
Já nem atendem
com presteza a ocorrência, vão cuidar de casos mais importantes.
Muitos homens e mulheres adoram
que as pessoas a sua volta sintam pena deles.
Quando ouvem:
“Coitado de você” é como se tivessem ganho o dia.
A pessoa não quer
só cultuar o sofrimento quer também que as pessoas a sua volta reconheçam seu
sofrimento.
Minha mãe acabou
se separando e por um tempo tememos por sua vida.
Seria aceitável
que meu pai recebesse uma ordem judicial para manter distância e caso não
cumprisse fosse preso.
Para concluir
esse texto quero dizer que quando a mulher tem o “firme propósito” da separação
e o indivíduo não aceita, faz ameaças de morte, a persegue... a sociedade tem
que agir duramente contra esse cidadão.
Há inúmeros
precedentes desse tipo de história que não acaba nada bem, estaríamos agindo de
acordo com FATOS históricos em nossa Sociedade.
Atualmente
ficamos esperando que o homem mate a ex-companheira para só depois fazer alguma
coisa.
Observem que
nesses casos o indivíduo não está “pecando em pensamento”, ele está pecando em
ação, atormentando a vida da família, com vários B.Os atestando, com
testemunhas confirmando.
Crimes passionais
são dificílimos de evitar, o indivíduo nem sabe mais se sente amor ou ódio.
Se o indivíduo
não cumpre a ordem judicial de manter distância acho aceitável deixa-lo preso
por algum tempo, para esfriar a cabeça, colocar as idéias no lugar, quem sabe
encontrar um outro sentido na vida que não seja querer recuperar a esposa a
qualquer custo ou acabar com a vida dela.
Permitir posse de arma a vítima
acho aceitável.
Enfim, haveria
muito a debater, muitas ações a serem propostas, mas primeiro devemos nos
desfazer do Freudianismo de que todo homem é um cafajeste e toda mulher uma vítima
indefesa das circunstancias, isso não corresponde à realidade observável.
É como se a
mulher fosse uma “folha em branco” escrita pelas ações dos homens.
“Ele a seduziu”, “ele a
conquistou”, “ele
namorou com ela”, “ele
não a tratou com respeito” ... a mulher é uma mente nula sob o impiedoso
domínio da mente masculina ... acredite quem quiser...
Sem considerar a
mulher um ser pensante ao mesmo nível do homem eu só vejo gastos cada vez mais
altos com resultados cada vez mais mínimos.
Eu entendo todo
desdém que os agentes de segurança tem com esse tipo de situação.
Depois de um ano
lidando com esses casos repetitivos em que o cara não vale nada ou é muito
violento, mas a mulher o ama... qualquer um começa a ponderar
Será que vale a pena intervir?
VALE.
Mas só nos casos
que o cidadão está visivelmente fora de controle e/ou a mulher tem o firme
propósito da separação.
Fora isso eu
sugiro aos policiais que andem com cartões de Psicólogos no bolso, deparou com
essa situação de briga de casais apenas lhes entreguem o cartão e vão cuidar de
ocorrências mais graves.
O “Freudianismo” de considerar a mulher sempre vítima da situação
precisa ser confrontado.
Quem não conhece
aquela moça que tem pretendentes interessantes, mas ela só quer saber do
vagabundo, do marginal, do violento, do “galinha”?
Por vezes vai
contra o pai, a mãe, os amigos, contra o bom senso.
Temos que nos responsabilizar por
nossas escolhas, aqui no Brasil não tem casamento arranjado pelos pais,
homens não entram nas residências e sequestram mulheres.
A mulher tem o
direito de escolher e o dever de assumir sua parcela de culpa se não fez uma
boa escolha.
Uma colega que
saiu cedo de casa e teve filhos com um desses homens problemáticos vive dizendo
que homens não prestam, que são todos cafajestes, que só querem sexo.
Depois de uma
vida sofrida ela se separou faz alguns anos, nunca falou de violência física,
mas de bebedeira e irresponsabilidade financeira.
Um dia cansado
desse discurso de vítima dela fui curto e grosso, vou resumir a essência da
conversa:
Olha, você tem
uma boa aparência, quando tinha 17 anos provavelmente tinha muitos pretendentes,
podia se dedicar aos estudos, a alguma profissão enquanto experimentava
parceiros para decidir por um bom, mas preferiu se entregar de corpo e alma a
um homem que nem sua família aprovava (ela saiu de casa para ir morar no fundo
da casa da sogra, estava gravida).
Todas as mulheres
passam pela adolescência e poucas tomam decisões tão radicais... assuma sua “irresponsabilidade”,
tão grande quanto a do seu ex companheiro.
Além do mais eu
sou casado, Fulano é casado, Beltrano é casado (citei nomes de colegas de
trabalho) não é porque você não escolheu um bom homem para casar que esse tipo
de homem não existe.
Eu, Fulano e
Beltrano não agredimos nossas esposas e damos um duro danado para sustentar a família,
se você olhar para os lados verá que a maioria dos homens agem como nós, se
você fez uma má escolha assuma.
Tenho duas filhas
espero que elas escolham um bom homem para casar, trabalhador, responsável, que
as respeite como pessoa.
E se fizerem uma
má escolha espero que pelo menos não venham dar uma de vítimas inocentes.
“Mulher
perdoa marido após ser agredida a socos e pontapés.”
Edmeire conta como aconteceu a agressão física.
“Estávamos morando no Distrito de Bonfim de Feira e no dia 22 recebemos a
visita de minha sogra. Ele estava bêbado e começou discutir com a própria mãe.
Depois, partiu para meu lado, sem eu fazer nada e começou a me agredir com
socos e pontapés. Ele me bateu tanto que meu rosto ficou deformado”.
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