terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

Controle Emocional II





  Essa meditação é continuação do texto "Controle Emocional".

  Há mais "negros" presos?

  Se proporcionalmente há mais negros presos é porque cometem mais delitos.
  Essa seria a primeira leitura lógica desse tipo de estatística ... é a mais ignorada.
  Para os "movimentos sociais" o cidadão está preso por sua cor de pele!

 
Porque há mais homens presos do que mulheres?
  (90% dos presos são do sexo masculino.)

  Porque homens são mais violentos, cometem mais crimes, não vejo ninguém olhando essa estatística e dizendo que homens são discriminados pela sociedade, que estão sendo presos só por serem homens.


  Outra leitura estranha que fazem é em relação ao número de filhos.

😥"Eles são muito pobres e tem muitos filhos".

  Eles são muito pobres justamente por ter muitos filhos ou tê-los na hora errada.
  Gravidez em momento inadequado complica a vida de qualquer mulher, principalmente se o homem não assume a paternidade ou não cuida bem nem dele mesmo.

  Dizem que é falta de "educação sexual" nas escolas!
  Caraca, a pessoa aprende a transar e não aprende a evitar filhos!?
  Em um debate foi me dito que sexo é um instinto natural, não precisa ser ensinado.
  Cuidar bem dos filhotes também é um instinto natural de qualquer mamífero.
  Temos eficientes métodos contraceptivos.
  A gravidez irresponsável é culpa de todo mundo, até da genética, menos do casal!?


  Dizem que a polícia é racista, não sei a realidade de outros Estados, mas aqui em SP o que não falta é policial negro.
  Para a polícia ser racista deveria ter em seu estatuto aceitar só brancos.
  O policial negro vê seus companheiros de farda prenderem um cidadão só por ser negro e os ajuda!!

  Depois de ler tanta desculpa esfarrapada pelo fato de ter mais negros presos, decidi buscar minhas próprias respostas.
  Até agora a melhor resposta que encontrei para toda essa situação é genética, não no sentido de "culpa", mas característica racial.
   

 

  Negros não são mais violentos e ansiosos porque querem, mas porque há uma pré disposição genética.

 

 


   Diante dessa constatação o que podemos fazer?
   Primeiro devemos deixar de fazer...

  Devemos parar de acreditar que essa violência é fruto 100% da discriminação.
  O preconceito/estereótipo surge da observação, surge dos números.
  Tente não ser hipócrita, aqui na leitura desse texto você está sozinho com sua consciência, esqueça a máscara social.


  Você tarde da noite tem que passar por uma de duas ruas.

a)  Em uma tem dois cidadão negros com aquelas roupas de hip hop, na outra tem dois cidadãos negros vestidos como evangélicos.
    A maioria preferirá ir pela rua dos evangélicos.

b) Em uma rua tem dois homens na outra duas mulheres.
    Pelo estereótipo preferimos seguir pela rua das mulheres.

c)  Em uma rua tem dois garotos negros e na outra tem dois garotos brancos, a maioria preferirá arriscar com os garotos brancos.

d) Você quer chegar a algum lugar e o GPS indica um caminho em meio a favela e outro por um bairro urbanizado...



  Notem que todas as escolhas são baseadas no que observamos em nosso dia ou por notícias que tomamos conhecimento.

  Preconceitos e estereótipos não surgem do nada.

  Se eu encontro um gato solto na rua minha ação é nenhuma, é raríssimo um gato atacar um humano.
  Se é um cão pit bull ou dobermann eu fico atento, meu cérebro pega naturalmente esse atalho.

  O cidadão (não necessariamente negro) já nasce mais pré disposto a violência e o que fazemos?
  Martelamos desde cedo que ele é explorado, discriminado, que toda sociedade tem uma dívida histórica com ele.
  É como jogar ácido no olho da pessoa e esperar que ela fique calma.
  É como apagar incêndio com gasolina.


  Agora vamos ao que podemos fazer.

  Em primeiro lugar é essa conscientização.
  Se você nasce canhoto precisa se adaptar a essa característica.
  Se você geneticamente tem estatura baixa tem que se adaptar a essa característica.
  Se você nasceu diabético tem que se adaptar a essa situação
  Da mesma forma você pode nascer com qualidades e fazer bom proveito delas.
  QI elevado, resistência física, boa memória, músico, desenhista, matemático... escritor.

  Se você nasce mais ansioso ou violento tem que se adaptar a essa característica evitando que ela traga transtornos para sua vida ou dos outros.

  A princípio aquela criança “de qualquer cor” que apresentar um comportamento mais indisciplinado pode ser direcionada a praticar alguma terapia ou exercício.
  Artes marciais como Caratê e Kung Fu tem uma disciplina muito eficiente aliado a extravasar  energia.
  No caso da criança negra ao invés de seus pais dizerem que a sociedade branca as odeia e que há uma dívida histórica a ser resgatada...
  Poderiam contar o histórico de violência e eternas brigas tribais no continente africano e principalmente dizer que podemos fazer diferente.

  Os japoneses tem esse estereótipo de uma cultura que busca o equilíbrio.
  Se toda energia da cultura/genética negra for direcionada para fins mais nobres/civilizados podemos prever um belo futuro, mais harmonioso e com menos negros na prisão.
  Em casos mais graves podemos apelar para ansiolíticos.

  Não limite essa meditação a análise do comportamento de negros, amplie para pessoas ansiosas e violentas de qualquer tom de pele.
  Se você observa que seu filho(a) é muito irritadiço impaciente e não consegue se controlar, de alguma forma temos que tentar ajudar.
  Geralmente o comportamento difícil começa a se revelar na creche e escola.

 
Antes de se revoltar contra o professor, diretor ou colegas do seu filho de qualquer escola é melhor prestar muita atenção no que eles dizem sobre ele.

  Estereótipos não surgem do nada.

  Se dizem que seu filho é um pestinha, não tenha tanta certeza que ele não é.
  Você pode sair pelo caminho fácil de dizer que ele está sendo discriminado, mas será mais eficiente se ater aos fatos.

  Quando você tem pavio curto é impaciente, ansioso, pode chegar rápido a violência.
  Mais que isso, não tem paciência ou disciplina para esperar por resultados.

  Sente vontade de xingar, xinga.
  Sente vontade de bater, bate.
  Sente vontade se embebedar, enche a cara.
  Sente vontade de transar, transa e dane-se o resto.

  Algo está muito difícil/complicado, você desiste:

😠 “Não quero mais essa por#a! Tô fora!”

  A falta de progresso que acomete muitos indivíduos violentos/ansiosos (de qualquer cor) não é preguiça, falta de inteligência ou uma sociedade do contra.

  É falta de controle EMOCIONAL.

  Vejamos um exemplo.
  Meu pai era forte, saudável, inteligente, trabalhador.
  Desde a adolescência trabalhava entregando jornais.
  Não sei se foi por conta do “milagre econômico” ocorrido na década de 70, mas meu pai trabalhou nas melhores empresas de Campinas.
  Bosch, Clark, Swift, Sanasa...
  Minha mãe contava que ele sempre era elogiado no trabalho, mas tinha muita dificuldade em receber ordens.
  Acabava sempre brigando com o encarregado.
  Convenhamos que por melhor que você seja é difícil progredir se briga com o chefe.
  Não precisa ser “puxa saco”, mas respeito a hierarquia é fundamental.
  A promoção em qualquer empresa sempre tem muito de política, se você não tem paciência para construir boas relações tudo fica muito difícil.
  Sem promoção, sem salário melhor.
  Eu só consegui uma melhora substancial na minha vida econômica quando passei a encarregado de produção.

  Quando você é muito ansioso a rotina escolar te cansa.
  Meu pai (não tenho certeza) estudou até a sexta série (segundo ano ginasial) tenho uma vaga lembrança dele começar supletivos para concluir os estudos, mas nunca levou a cabo.

  Não é o caso do meu pai, mas na minha juventude tive contato com colegas que seguiram para o mundo do crime.
  O discurso basicamente era o mesmo.
  O que o indivíduo iria ganhar trabalhando um mês poderia conseguir com dois ou três assaltos.
  Lembro de um colega “branco” o qual eu conheci na escola, mas ele parou de estudar na quinta série.
  Quando eu estava no primeiro ano colegial ele foi preso pela primeira vez (que eu saiba).
  Quando foi solto eu e outros falamos para ele tomar jeito, ter juízo, arranjar um trabalho.
  Ele disse que só sairia do crime se ganhasse X por mês.
  Nem lembro que moeda era, mas digamos que ele queria um emprego que pagasse a ele sem experiência nenhuma uns 3 salários mínimos por mês...

  O cidadão não tem paciência para construir uma situação, ele quer atalhos, a venda de drogas e assaltos são os caminhos mais curtos para conseguir dinheiro. 
 (Prostituição no caso das mulheres.)


  Voltando ao meu pai, na ansiedade, casou bem cedo, acho que nem tinha 18 anos completos.
  Se encheu de filhos.
  Não parou em nenhuma empresa, não criou situações favoráveis ao seu progresso.
  Não tinha paciência com a esposa e com os filhos.
  Pôr as coisas não darem certo se sentia perseguido por tudo e por todos o que o deixava ainda mais ansioso e violento. (meio paranoico)
  O chefe, a empresa o discriminava e perseguia.
  Os parentes “invejosos” (Não sei dizer de quê!) faziam macumba contra ele.

  Acredito que meu pai poderia ter uma vida muito mais satisfatória se através de alguma terapia conseguisse um melhor CONTROLE EMOCIONAL.
  Na juventude lutou boxe, deveria ter continuado com a pratica desse esporte, quem sabe sua “testosterona” ficasse equilibrada.

  Descobri minha ineficiência emocional muito cedo, por volta dos 5 anos quando joguei água fervendo na minha irmã.

 
(A lógica entra espantosamente fácil em minha mente ... deve ser algum dom, claro que quando eu era criança pensava que isso fosse comum a todos)

  Só sei que pensar e medir as consequências antes de agir passou a ser uma obsessão.
  Tive que alongar meu pavio.
  Observar, verificar padrões passou a ser um habito.
  Estudei o máximo que pude, algumas circunstancias me fizeram interromper a faculdade, mas era o melhor a fazer naquele momento, se eu soubesse que a empresa que eu me dediquei tanto iria fechar de certo minha decisão seria outra.
  No entanto o salário de encarregado me permitiu comprar meu apartamento, ter meu tão sonhado imóvel próprio em um bairro bom.
  Minha disciplina me fez estudar muito por conta própria e conseguir um serviço público, agora ... confesso que estou exausto.
  Vou parando minha luta por aqui, vou parando essa sequência por aqui.
  Vou vivendo minha vidinha tranquila, escrevendo, filosofando, tentando ser um bom companheiro para minha esposa, um bom pai para minhas filhas, ser útil para meus companheiros de trabalho, um bom vizinho ... um pacato cidadão.
  Não exijo muito de mim, nem de ninguém.
  Minhas emoções estão atenuadas, não há muito o que controlar.
  Não estou querendo ensinar nada a ninguém, não tenho essa capacidade.
  Como dizia o companheiro Sócrates.


  “Não posso ensinar nada a ninguém, eu só posso fazê-lo pensar.”


 






  Não tenho nenhuma foto do meu pai, morreu em 2003 ... ou próximo disso.
  Na minha memória, esse ator é muito parecido com ele.
  Essa expressão da foto é de uma semelhança incrível, até o tipo de óculos que ele adorava usar.
  Nelson Teodoro ... descanse em paz!



  É preciso viver e viver não é brincadeira não.




















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