“Toda
a instituição passa por três estágios - utilidade, privilégio, e abuso.”
[François René]
Se a instituição é
necessária tem que ser constituída.
Não sou
radicalmente contra privilégios desde que sejam justificados.
O pior nas
instituições são os abusos é quanto a eles que devemos ficar atentos.
Vou falar de
Condomínios e vocês ampliem para Município, Estado, País e até empresas das
mais diversas atividades.
NECESSIDADE
Quando você mora
em edifício se organizar em Condomínio é uma necessidade.
As áreas em comum
devem ter uma regulamentação de uso, até as atividades dentro do apartamento
devem ter um acordo coletivo senão vira o caos.
Não
adianta ficar contando só com o bom senso das pessoas porque simplesmente há
pessoas que não tem bom senso.
Por exemplo, um
musico deve procurar um lugar apropriado para seus treinamentos, não é civilizado
submeter o vizinho a horas de som de guitarra, bateria, violão, piano ou
qualquer outro instrumento.
Em último caso,
sem outra opção, o indivíduo deve ter o bom senso de separar um quarto em seu
apartamento com forro acústico de alta qualidade e respeitar os horários de
toque de silêncio.
O piano é um
instrumento com som muito bonito, mas imagine o cara treinar 5 horas por dia
justo no momento que você está em casa ou de madrugada na hora de dormir.
Imagine seu
vizinho fazer trabalhos de marcenaria.
Enfim, geralmente
é proibido atividades comerciais ou industriais dentro de prédios residenciais
para evitar esse tipo transtorno, há essa necessidade para que o prazer de um
não seja o inferno do outro, afinal ele também tem direito ao “aconchego” no
lar.
PRIVILÉGIO
O sindico pode
ter o privilégio de não pagar o Condômino, se a dedicação for muita pode até
ganhar salário por isso.
Deficientes
físicos podem ter vaga na garagem que lhes facilite o acesso.
ABUSOS
O sindico não
pode assumir dívidas em nome do Condomínio sem ampla consulta.
Se é uma vaga na
garagem por apartamento as vagas de emergência ou descarga não podem ser usadas
como estacionamento rotineiro do segundo carro de ninguém.
▬▬▬//▬▬▬
O grande problema começa quando as pessoas
confundem o Condomínio com a figura do Sindico ou Zelador, assim como confundem
o Município com a figura do Prefeito ou Vereador.
Condomínio é uma associação feita entre todos
os moradores do prédio.
Município é uma associação feita
entre todos os moradores da Cidade.
Quando meu
apartamento foi roubado muita gente disse que eu deveria processar o Condomínio.
Eu não entendi,
mas como raramente entendo o que as pessoas dizem preferi ficar quieto.
O interessante é
que quando minha esposa foi fazer o B.O ouviu a mesma recomendação na
delegacia!
Processar o Condomínio!
E porque não o
Estado?
Afinal a
segurança pública é uma tarefa do Estado, o Condomínio está dentro de um Estado
e esse me cobra impostos.
Pela lógica de
muitos cidadãos eu processo o Condomínio e esse processa o Estado...
Claro que
“instintivamente” eu gostaria de reaver meus bens, pegar o ladrão e aplicar-lhe
uma boa punição.
Se não consigo
dar vazão a esse primeiro instinto vou para segunda opção que é responsabilizar
alguém pelo prejuízo e buscar uma indenização.
Não que haja algo
de errado com esses dois instintos, se a situação permite que eles tomem forma
é isso que devemos fazer, orientar nossos instintos com o máximo de eficiência.
Quando um
cachorro o ataca, seu instinto manda correr e se proteger e muitas vezes é
realmente o melhor a fazer, se você perder muito tempo pensando pode ser tarde
demais.
Quando você é
roubado seu primeiro instinto é não querer ficar no prejuízo, de “qualquer
forma” quer seu bem de volta.
Bem, no meu caso
reaver os bens é muito difícil e pegar o ladrão também uma vez que nem sei quem
foi.
Vamos nos
concentrar no pedido de indenização e ver sua RACIONALIDADE, temos tempo para
pensar... o roubo já aconteceu mesmo e o tempo não voltará para trás.
▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬
A Razão me disse para
reforçar a segurança dentro do apartamento e avisar o maior número de vizinhos
possível para que fiquem atentos, meus companheiros de Condomínio/Sociedade.
O Raciocínio é
bem fácil para quem não se deixa dominar pelo INSTINTO.
Eu faço parte do Condomínio, como posso processar eu mesmo!?
Oras, se eu
buscar na justiça esse direito e ele me for concedido todos os outros
condôminos terão o mesmo direito.
Imaginem, em um
apartamento distante é roubado produtos no valor de 20 mil reais, eu terei que
arcar com o prejuízo na parcela que me cabe.
Não é o Sindico
ou Zelador que irão pagar ELES NÃO SÃO O CONDOMÍNIO.
Essa lógica entra
em sua mente?
Isso pode ficar
ainda pior, um vizinho de má índole simula um roubo de 100 mil...
“O Bem não conhece o Mal, mas tenham
certeza que o Mal conhece o Bem e está sempre à espreita para tirar vantagem
desse conhecimento.” [William Robson]
“Toda a instituição passa
por três estágios - utilidade, privilégio, e abuso.”
Sem entender esse
conceito sobre Instituições nossa Sociedade dá constantemente tiros no próprio
pé, protege homens de má índole e socializa os prejuízos com os homens de boa
índole, mais uma vez é o inocente pagando pelo pecador.
Comemoram
qualquer indenização que o Estado tenha que pagar como se o dinheiro fosse sair
do bolso de quem está governando e não de toda população pagadora de impostos.
Se a justiça
obriga o Município a entregar um terreno para invasores de terra isso não vai
afetar em nada as contas bancarias do Prefeito.
É você cidadão
que está abrindo mão de um pedaço de terra que era de todos e agora é só de
alguns que nem pagaram pela propriedade.
Falta ao
brasileiro essa noção que terras do Estado não são “terras de ninguém” são
“terras de todos nós”.
O mesmo
raciocínio se estende para Empresas Estatais e todos os bens PÚBLICOS.
PS: Esse texto é
muito mais profundo do que pode parecer a princípio.
Não se trata de isentar o Condomínio/Estado
das atribuição que lhes cabe.
Se trata de mostrar que Instituições não são
pessoas físicas, são uma necessidade COLETIVA, nós é que traçamos suas
diretrizes
A razão sugere as pessoas físicas algo que elas se recusam a ouvir, “na maior parte do tempo”...
CADA UM DEVE
CUIDAR DE SI MESMO!
“Eu concordo com a continuidade da lei "maria da penha",porque ela é só uma parte do benefício.” [Nihil]
ResponderExcluir===========================
Eu não iria comentar, mas talvez sirva para o futuro, o próximo texto.
Você usa muito o pensamento linear para comentar meus textos.
Não estou pedindo o FIM de nada, estou pedindo a ANALISE de tudo.
Não estou propondo de uma hora para outra acabarmos com os abrigos, por exemplo.
Estou propondo estabelecermos caminhos mais eficientes.
Você diz que concorda com a continuidade da lei Maria da Penha como se no texto eu tivesse proposto joga-la no lixo.
Maria da Penha é só um nome para um conjunto de leis e leis podem ser revistas quanto as suas prioridades ou aplicação.
Para praticar justiça boa intenção não basta.
Outro exemplo: Eu não proponho acabarmos com as religiões eu proponho analisa-las com profundidade e sermos mais racionais.
Na Bíblia esta escrito: Prestai culto RACIONALMENTE.
Eu não proponho de um dia para outro liberarmos totalmente o consumo de drogas, eu proponho definir novas prioridades, proponho REGULAMENTAÇÃO.
Eu só não sou mais duro quando você escreve esse tipo de coisa porque sei que não faz por malandragem, mas há muitas pessoas que fazem.
Comece analisar os texto com um pensamento HOLISTICO.
Não sou um Filosofo revolucionário sou EVOLUCIONÁRIO.
Não proponho “acabar com tudo isso que esta aí”, proponho através do debate melhorar SEMPRE.
"Alguns são tidos como corajosos só porque tiveram medo de sair correndo"
ResponderExcluirMUITO ACESSADO
À Nihil
ResponderExcluirGÉRBERAS
https://www.google.com/search?q=imagem+de+G%C3%A9rberas&hl=pt-PT&prmd=imvns&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ei=sZOOUOjTC5CK8QTD2oDoBw&ved=0CAoQ_AUoAQ&biw=1024&bih=677
ResponderExcluirDenytus,eu linkei o endereço.
Brigadão.
WILLIAM - CADA UM DEVE CUIDAR DE SI MESMO!
ResponderExcluirRealmente.
ao sr.William,
ResponderExcluir°
°
°
em grande parte das idéias que o sr.expõe,eu vejo que o sr.propõe uma solução "parcial".
O sr.não liberaria totalmente o consumo de drogas,mas regulamentaria o uso delas.(isso eu sei)
Não deseja ver a religião acabar.(isso eu sei também.
Até acho que voltará a fazer parte de algum grupo religioso).
Etc.
Mas,nos últimos textos,realmente eu tive a impressão,pela sua gramática,que o sr. era contra as proteções fornecidas pela lei mencionada.(nesses textos)
Sempre quando consigo estar aqui,estou com sono.
Meus horários mudaram.
Ao mesmo tempo,na pressa de passar de uma idéia para outra,às vezes fico "sem entender direito" a dos interlocutores.
Por outro lado,eu havia me arrependido da minha frase que o sr.destacou em sua réplica.
Ficou mal redigida.
O certo,e para não parecer que eu me "opunha" ao sr.,seria eu dizer que "tal lei precisa continuar existindo por causa disso,e daquilo'.
Deveria ter falado de uma forma mais isenta,mas não revisei muito bem essa parte.
O restante do que o sr.expressa,contudo,eu entendo bem.
Se parece que não entendi,é porque meus textos andam lineares,tipo "torcida futebolística" mesmo,porque faço no máximo três revisões em cada um deles.(é o que o tempo me permite agora)
O sr.sabe que eu nunca te estressaria de propósito.
Somos bons amigos,escrevemos "um livro" a quatro mãos(muita afinidade é necessária para isso),gosto de estar aqui,e preciso dos amigos.
Atualmente,mais do que em outros momentos.
Lamento pelos "equívocos".
Procurarei "melhorar minhas lentes",o tanto quanto eu conseguir.
O que ficar "suspenso no ar" doravante,tentarei evitar comentar.
(eu voltei,voltei para ficar...rs...)
ResponderExcluirAcho que não preciso dizer de novo,que vc para mim,é um "vizinho",que é como eu descrevo um "afim místico".
Nunca houve esse posto para alguém,em minha vida,essa é a primeira vez que ele foi concedido.(haha!)
Voltemos aos bons temas de sempre.
O sr.pode dar uma impressão de ser contra a religião só para os outros.
Eu,lendo suas linhas,percebo nelas seu vivo interesse pelo assunto,e sua vontade de que alguma teoria religiosa esteja certa.
Percebo seu desejo de gostar de Deus,e sua intensa devoção por tudo o que ainda desconhece.
Mas,sabe do que gostei nesses dias?
Foi de que nos últimos três textos que o sr.escreveu,e aos quais eu trepliquei,colaboramos para a profilaxia do comportamento,e dos costumes sociais.
Mulheres que sofrem,e que nos leram,sabem agora que sofrem(muitos negam o que passam) e que precisam fazer alguma coisa a respeito.
Jovenzinhas "avoadas" que nos acompanham,leram as crônicas,e pensaram que não deverão levar a sério esse tipo de "necessidade patológica" de se relacionarem assim,caso isso lhes passe pela mente.
Talvez,uma meia dúzia de pessoas que farão algo melhor de suas vidas,doravante,terão nos conhecido.
A comunicação é sagrada,quando regida pelas melhores intenções,e quando cumpre o dever de cidadania.
O sr.tem feito isso com razoável empenho.
ResponderExcluirTalvez,o sr.William virou síndico,ou é candidato à eleição,no prédio dele.
O texto é muuuito bom,mas só vou poder replicar daqui a umas horas.
Estou caindo de sono.
Deixo meu boa noite,e meu agradecimento ao Denytus,pelo link,expondo um dos destaques dele.
Até depois a vcs.
(texto principal)
ResponderExcluirBoa madrugada a vcs.
Repetirei que a crônica ficou um primor.
Reflete a necessidade dos prédios,dos moradores,e lembra mesmo o macro-universo das políticas e das cidades.
Lembrei do esteorótipo de um síndico que trabalha sem salário,que não tem um apartamento no condomínio,que tem outro emprego, e que vive de tentar impedir festas barulhentas no local de moradia,e/ou de tentar impor melhorias,como um sistema de iluminação nas escadas,que apague automaticamente a cada vez que o morador passar- e de preferência num condomínio de um prédio de casas de veraneio,numa praia.
Com o 'tádo do síndico precisando administrar o imóvel por e-mail- já que como todo mundo,ele mora em Sampa.
(na Praia Grande,por um tempo,isso foi comum).
A dedução sobre a injustiça de cobrar o prédio pelo roubo que o sr.sofreu,foi boa.
Eu sozinha,teria demorado um pouco a pensar nisso.
...no blog da Selma.
ResponderExcluirVejam uma "conversadinha" minha com o Adilson.
...no blog da Selma.
ResponderExcluirVejam os últimos acréscimos que fiz à "Natureza Viva 71",ali.
Um texto,uma correção,uma imagem,e mais um texto.
Reli o "Muito Acessado" de hoje.
ResponderExcluirEu gostaria de discorrer sobre o assunto,mas não vou conseguir.
Se tento falar,sinto um "nó-na-garganta".
Essa reação é perceptível,mesmo se estou escrevendo(ou tentando escrever),o que não é o mesmo que falar,literalmente.
Deixarei registrada a mais eloquente réplica que eu poderia fazer,que é o Silêncio.
Ele diz mais do que as palavras que eu poderia usar agora, a respeito dos pensamentos que me são inspirados por esse texto,e por aquele similar que eu escrevi ontem,no espaço de réplicas anterior.
"uma folha que cai
um som substituído pelo aroma
de uma florzinha no desvão da calçada
um murmúrio ao longe
um marulho ao longe
as copas das árvores se agitando na escuridão..."
Pior que sempre considerei impossível poetar sobre o "Silêncio".
Para percebermos "um vácuo de sons",precisamos da referência dos ruídos imediatos,e contíguos a esse vácuo.
o silêncio e o ser vivente.
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