“A natureza fez o homem
feliz e bom, mas a sociedade deprava-o e torna-o miserável.”
[Jean
Jacques Rousseau]
“Não se sabe quantas espécies
vegetais e animais existem no mundo.
As estimativas variam entre 10 e 50 milhões, mas até agora os cientistas
classificaram e deram nome a somente 1,5 milhão de espécies.”
Nesse palco do ecossistema
terrestre o homem não é o ator principal e sim personagem.
Vejam bem, somos
tão ínfimos nesse processo que chutamos que há de 10 a 50 milhões de espécies
atualmente no planeta, uma incrível margem de erro de 40 milhões!!!
No entanto nós só
catalogamos 1,5 milhão de espécies, na melhor das hipóteses ignoramos a
existência de 8,5 milhões, é muita coisa.
Nesse momento não
temos como saber quantas espécies estão sendo extintas e quantas estão sendo
criadas, sim criadas, porque não entendo de onde vem esse “dogma” que de
repente as mutações pararam e não surgem novas espécies.
Nós Sapiens somos
a primeira espécie que se preocupa em preservar outras, isso é magnifico, algo
muito CIVILIZADO.
Respire fundo, tente
acompanhar o pensamento.
Se a Natureza é “boa”
por criar espécies dialeticamente ela também é “má” por extinguir espécies.
[William
Robson]
Se os leões
dominassem o planeta, não houvesse outro animal a altura de seu poder e os
pandas fossem presas fáceis, alguém acredita que o leão não comeria o ultimo
panda com a preocupação de preservar a espécie?
Por outro lado se
todos os leões sumissem da face da Terra, que falta iriam fazer?
Pense bem, se
todos os leões desaparecessem, quais as consequências para o planeta além de
perder um belo animal?
E se todos os humanos
desaparecessem do planeta que falta faríamos?
O planeta Terra
passou a maior parte da sua existência sem ter humanos, pode muito bem passar
mais bilhões de anos assim.
Somos importantes
para nós mesmos, para o planeta somos apenas mais uma espécie entre milhões tal
qual os leões.
A “Natureza” é insensível, quem
tem “amor”, sentimentos, somos nós humanos.
Vejamos alguns
casos:
“Com mais de 1.200 espécies, os peixes
venenosos são bem mais numerosos que todas as cobras e invertebrados venenosos
juntos.
É encontrado em águas rasas nos Oceanos
Pacífico e Índico, mede entre trinta e sessenta centímetros.
Sua dieta consiste principalmente em peixes
pequenos e crustáceos.
Sua cor marrom-esverdeada confere ao
peixe-pedra a capacidade de se camuflar entre as pedras em recifes tropicais,
transformando-o num alvo fácil de ser pisado acidentalmente por uma pessoa.
A região dorsal tem espinhos que liberam uma
toxina venenosa.
Se ela for injetada em uma pessoa, causa dor
intensa.
Dependendo da profundidade da penetração no
ferimento, pode ocorrer choque, paralisia e morte de tecidos.
Se não for tratada nas primeiras horas, o
nível de toxidade pode ser fatal para os seres humanos.”
Vejam que até nos
oceanos há “maquinas biológicas de guerra” terríveis.
Lembrei agora de
um debate em que o outro participante considerava os cães anjos vindos do céu.
Você sabia que
tem cadelas que comem seus filhotes?
“Minha
cadela poodle deu cria há dois dias a 3 filhotinhos. (2 brancos e 1 preto)
Todos aparentemente saudáveis, porém, ontem à noite quando cheguei do
trabalho, percebi que tinham apenas dois filhotes (1 branco e 1 preto) ...
revirei o quintal todo pra ver se achava rastro do branquinho perdido, mas não
achei.
Hoje pela manhã, a mesma coisa!
Desapareceu o outro branquinho.
Procurei e nada.
Nem uma gota se sangue em lugar algum.
Será que ela foi capaz de comer as crias?
Eu ouvi dizer que quando a cadela rejeita a cria ela o abandona e deixa
morrer, mas nunca ouvi dizer sobre "comer" filhotes.
Cadelas fazendo
isso e mesmo assim são anjos, uma mulher que fizesse isso seria um monstro.
Tá, você vai argumentar que a mulher tem
consciência a cadela não.
Eu digo que se a
falta de consciência da cadela não pode lhe conferir monstruosidade porque pode
conferir santidade!?
A Nihil (colega
de internet) contou que depois de anos longe de casa seu cãozinho voltou no
final da vida para ser tratado e ela ficou comovida com o “amor” do cão!!
Já pensaram se eu
abandonasse minha família e depois voltasse quando estivesse no fim da vida só
para ser um peso a mais para esposa e filhas?
Meu ato seria um
ato de amor ou de egoísmo oportunista?
Cães são
egoístas/oportunistas ao extremo, mas não vamos irritar os viciados em cães...
Considero caçar
animais uma pratica horrível.
Teve sua
utilidade no passado, mas com a moderna agropecuária ficou dispensável, é
lamentável que alguns humanos tenham prazer em matar outra espécie sem motivos
“validos”.
No entanto
compreendo matar animais e dar um destino comercial/industrial a eles quando há
uma infestação, nessa situação a ação humana é aceitável.
Há uma grande
infestação de pombos e ratos nos centros urbanos e caçar essas espécies não seria
de todo mal.
Quando há grande infestação a solução é
matar ou evitar a procriação.
Há uma grande
infestação de humanos.
Guerras e
assassinatos não são suficientes para diminuir a população.
Evidente que eu
não quero guerras e nem aumento de crimes então a opção lógica é diminuir a
procriação.
Reduzindo a
população humana sobrará mais espaço e recursos para outras espécies.
Consumir
racionalmente sem demonizar o conforto (não quero viver como índio) e fazer de
tudo para evitar o desperdício.
Se dá para
consumir menos sacolas plásticas e canudos porque não fazê-lo?
(Só dois exemplos entre tantos.)
Se a Natureza
aleatoriamente criou nossa espécie com essa grande capacidade de ter emoções
(gostar/amar) e sermos civilizados, talvez ela esteja se corrigindo (ao acaso)
da sua história de insensibilidade.
Já caminhamos
tanto, já evoluímos tanto, seria muito triste que um acidente cósmico
acontecesse e regredíssemos à estaca zero.
A Natureza é uma
besta fera, nós podemos lhe dar uma boa direção.
Você tem que
escolher agora se será parte da solução ou continuará a ser um grande problema.
Não existe essa
Natureza pura e boa que você dogmaticamente aprendeu a adorar na escola e lendo
pensadores românticos como Jacques Rousseau.
A Natureza é AMORAL nem boa
nem má.
Nós é que podemos ser bons ou maus.
[Amoral
é aquilo que está fora da moral, ou seja, é neutro no que se refere à
ética.
Em um sentido prático, um indivíduo amoral
vive sem as condições subjetivas exigidas para que os seus atos ou juízos sejam
morais.]
Ao natureza não é "pura e bondosa".
ResponderExcluirMas,também não é "monstro predador".
Ela é a origem,e o final, das vidas.
Todas as criaturas,almejam a felicidade,quer pensem,quer não pensem,sendo boas,ou sendo ruins.
Ela é nossa "mãe divina".
Muito devemos ao que nos dá sentido,e estrutura.
Hoje de madrugada, vi sua mensagem sobre o peixinho cujo estômago acaba sendo substituído por um parasita,me enchi de horror,tentei responder,mas a internet saiu do ar.
Fui ler ao JD,depois fui meditar,agora estou "de volta".
Uma parte do que estou escrevendo,constou na mensagem perdida.
Se não existe tanta generosidade nos "processos naturais",nós- os seres hominais- existimos para impor tal generosidade a "esses processos".
Se eu tiver uma floricultura,ou um orquidário,precisarei viver matando os que matam as flores(lesmas e parasitas).
Nossa "divina mãe",ou "o divino Eros",são um pouco chatos,mas os amamos,e deles precisamos.
Sem natureza,a fotossíntese não aconteceria,então,não haveria oxigênio.
Sem visões de paisagens,e vegetação,nossa vontade de estar no mundo se esvai-e perdemos o "sentido do que é a vida".(o que pode levar rapidamente, a depressões)
Nós formamos uma "só entidade" com a diversidade do existente,só não aparecem em nós,os plugues,ou os encaixes.
As espécies,precisam existir,para gerar equilíbrio para as outras.
E também merecem existir.
Nós,humanóides,não estamos "pouco envolvidos" na extinção delas,
_e estamos começando a ser protagonistas da história.(eu nem leio revistas científicas,para não me apavorar...)
Esse é um "mal necessário" para sobrevivermos,mas algum dia,necessitaremos pagar a dívida,recuperando a flora,e parte da fauna desaparecida no planeta.
Outrossim, sim_ somos nós humanos quem temos "o melhor amor".
Não precisamos esperar boa conduta dos animais irracionais.
A "comparação moral" entre leões e pessoas- não é necessária,pois a supremacia no cuidado com o ambiente,cabe aos que tem "melhor cérebro",e melhores cérebros prevêem que os leões merecem viver.
Idem,a maioria das fêmeas não devora os filhotes,algumas se expõem a riscos,para cuidar da prole.
Que nem no reino humano.
Existem as boas mães,e existem as mães que não ligam para o bem estar dos filhos,nascidos,ou ainda por nascer.
Considerei o retorno do meu cãozinho(nos anos setenta),uma atitude amorosa.
Ele era só um cachorro,não era uma pessoa!(haha!)
Ele não foi maquiavélico,apenas preferiu morrer na casa dos antigos donos.
Sabemos quando um bicho "tem ética",se imaginamos que tal atitude é "equivalente a outra atitude que eu teria se..."
Eu aprecio a sofisticação da conduta de alguns irracionais,ao modo deles,porque ela me indica que eles são "almas sensíveis" desenvolvendo sentimentos.
Uma vez que somos tão "próximos" dos nossos amigões que "não pensam",podemos "aprender" com o "jeito deles",ao passo que lhes dispensamos cuidados.
Com as formigas,a organização,e a persistência.
Com as abelhas, a imaginar uma sociedade melhor.
(e podemos idem,saber a desvantagem da idolatria,por causa do "melodrama" dos zângãos...)
Com os cachorros,fiéis ao seu modo, lembramos do valor dos nossos contatos.
Com os gatos,aprendemos a ser ...estrategistas.
Umas vezes,circulo pela casa,para fazer o serviço,e vejo o gatinho Pitaco,me olhando,em posição de caça.
De repente,começa a me perseguir para brincar.
Se levo ele para o quintal,ele mia,chateado.
Mas,aí,tenta caçar o cachorro.(hehehe!)
segue
Eu nunca vi a natureza,como "católica",ao contrário,para mim,ela era o "deus",e a mesma e a religião se opunham.
ResponderExcluirA "fusão" entre ambas,foi permitida em minha mente,a partir de 1.983.
Secretamente,para mim,ela ainda é "o deus".
Mas,eu procuro me afastar desses sentimentos.
Não posso fazer muito a respeito,atualmente.
A Grazi Átis possui a mesma devoção,e não possui,por ora,inclinação religiosa.
Ela poderá fazer um curso superior de Biologia.
Eu precisarei me satisfazer em ser uma "humanóide ética" e em me dedicar a outras urgências.
O "homem ético" é melhor para si mesmo,e é melhor para os seres vivos,mais até do que um "pagão"(um devoto do paganismo)
Tal tema,foi um dos meus primeiros textos para o blog atual.
Mais tarde,irei localizá-lo e repostá-lo.
Por ora,desejo um bom dia a todos.
De boas interações mútuas,e de boas interações com o ambiente em volta de nós.
Não há vida,sem "interdependência".
Se isso é bom ou não,não tenho certeza,mas vejo uma certa beleza no fato.
Até breve.
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“Não lute para ser uma pessoa que você não é. Querer ser magra, por exemplo, já é um sacrifício que não vale a pena”. [Preta Gil]
ResponderExcluir-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~~-~-~-~~-~-~~-~---
“Muito bem, vamos pegar a primeira parte da frase, a que diz: – “Não lute para ser uma pessoa que você não é…” Essa frase, tomada ao pé da letra, pode nos levar ao desânimo. Posso, por exemplo, me ver com um pobretão irreparável, um feio sem futuro, um funcionário fadado a viver na miséria uma aposentadoria esquálida… Posso, levando a frase num sentido direto, dar-me, enfim, por vencido, – “Ah, já que sou assim, paciência, não me posso mudar”! Dito isto, desisto.” [Blog do Flávio]
-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-xx-x-x
Concordo com você, mas ela dá uma corrigida na primeira parte da frase usando a segunda parte:
“Querer ser magra, por exemplo, já é um sacrifício que não vale a pena”.
Para ela manter uma silhueta delgada é um sacrifício que não compensa mais.
Cada um tem que decidir até que ponto persistir em um sonho.
Realmente tem pessoas com uma facilidade enorme para acumular gordura, isto é genético, nossa ciência ainda não tem uma boa solução para este problema.
Por motivo de manter uma boa saúde devemos evitar o excesso de peso, mas estar um pouco cheinho não é o fim do mundo.
Comer é um prazer tão agradável e tão acessível.
Devemos decidir até que ponto vale a pena manter um regime rigoroso, quando a silhueta é um detalhe em nossa vida e não a nossa vida.
FLÁVIO
Eu acho que o sr.se interessa um pouco mais pelo Espiritismo,do que pelas outras religiões,então,tenho uma boa curiosidade para o sr.
ResponderExcluirFiquei lendo (nesses dias) sobre a babel das idéias dos catolicões Armínio,Calvino(vividos na Idade Média) e soube que Armínio- para compor sua doutrina arminiana, se inspirou num movimento antigo,chamado Pelagianismo.
Seu fundador,um padre "dos primórdios dos tempos" chamado Pelágio,não acreditava na transmissão genética do "pecado original" e contava que a "salvação da alma" depende só do próprio "paciente" e que não depende da intervenção "superior".
Para mim,isso tudo é carnaval,mas cristãos levam tais assuntos a sério.
Achei Pelágio muito semelhante ao sr.Kardec,iniciador do espiritismo.
Finalmente li o texto do Flávio.
ResponderExcluirRecentemente,escrevi uma "tripitaka" dizendo que esforços devem ser mantidos dentro de esquemas viáveis.
Não sei onde está.
Ou talvez,foi um texto que eu perdi,e que eu precisarei reescrever.
Não,não perdi não,agora lembrei.
Eu disse que "quando nos esforçamos para ser quem não temos nem vontade de ser",não estamos fazendo nenhum favor a ninguém,mas simplesmente,estamos genuflexos ao sistema social.
E que isso não é um bom exemplo.
Os sonhos verdadeiros a serem realizados,respeitam "nossa essência" e nossos limites.
"estamos genuflexos ao sistema social".
ResponderExcluirtradução_ estamos ajoelhados perante o sistema social- idolatrando-o.