domingo, 1 de abril de 2012

Parto de Adulto

 


  Nas entrevistas que vejo com professores, eles disfarçam falando de outras coisas, mas basicamente querem ganhar mais, como qualquer outro profissional. 
   Crianças Reféns - Link 


  
 “A busca pela valorização da carreira de professor passa também, mas não somente, por políticas de aumento salarial.
   Além de pagar mais, é preciso que o magistério tenha uma formação mais sólida e, principalmente, um plano de carreira efetivo.
  “Um plano em que o professor sinta que pode progredir salarialmente, a partir de alguns quesitos.
   Mas que ele, com essa dedicação, possa vir a ter uma recompensa salarial forte”, conclui a pesquisadora.”

(Revista Carta Capital)



  Para professores, a baixa qualidade da nossa escolarização tem bem pouco a ver com a atuação profissional deles, a “culpa” é essencialmente de pais e alunos, vejam o que eles pensam:


 “O aluno não aprende porque os pais não o acompanham?
  Para 88% dos professores do nível fundamental da rede pública no país, sim.
  Quase 81% também acreditam que um aluno não vai bem na escola porque não se esforça.
  Os dados fazem parte de um levantamento feito pelo Movimento Todos Pela Educação em respostas dadas por professores da rede pública na Prova Brasil, do Inep.”

(Pernambuco.com)


  Entendeu?
  Se a escolarização é fraca no Brasil a culpa é dos salários pagos, da falta de dedicação do aluno, da falta de acompanhamento dos pais.

  O professor é um herói quase santo lutando contra todas essa adversidades... depois não gostam quando eu falo de VITIMISMO.

                                               

  

  "Além de pagar mais, é preciso que o magistério tenha uma formação mais sólida e, principalmente, um plano de carreira efetivo."


  (Professores)


 


   Mas quem é responsável por essa “formação mais sólida” !?

   Por acaso somos nós pais e alunos que montamos as grades curriculares dos cursos de pedagogia!?
   É o Presidente, Governador ou Prefeito?

   Até onde sei são as pessoas ligadas a educação que decidem as metodologias.
   Aqui no Brasil há uma certa idolatria a Paulo Freire, quem decidiu isso?
   Foram médicos, engenheiros, padeiros, garis, pais, alunos ... ou os próprios professores?



  O ataque principal dos professores é ao governo, qualquer que seja ele.
  O governador só é bom se dá aumentos frequentes e substanciais.
  (Que se danem as contas públicas.)

   O Brasil tem mais de 2 milhões de professores.
   Praticamente todas as cidades tem ao menos uma escola, dependendo do tamanho da escola, tem vários professores, é uma classe trabalhadora com abrangência nacional.

   Quando penso em professor “racionalmente”, me vem à mente uma pessoa com excelente capacidade de leitura e interpretação de textos, especialista em pelo menos um dos ramos do conhecimento humano.
  Cidadão que devido as exigências da profissão tem boa capacidade de raciocínio.

  Acho estranho quando eles (em sua legitima luta por melhores salários e condições de trabalho) usam a mesma estratégia dos “operários menos cultos”.

   (Não tenho um bom exemplo de operário menos culto porque hoje em dia em cidades como Campinas quase não há analfabetos e por exigência do mercado a grande maioria conclui ao menos o ensino fundamental, quem não busca cultura e conhecimento é porque não se interessa por isso.)

  Espera-se que professores sejam leitores assíduos de jornais e revistas se mantendo razoavelmente bem informados.
  Deduzimos que é uma classe trabalhadora que tanto em quantidade quanto qualidade pode influenciar muito na eleição de políticos, de governantes que administram Cidade, Estado e País.
  Nada impede o professor de se candidatar a um cargo político.
  Logo, seja diretamente se candidatando ou votando.
  Seja indiretamente influenciando pessoas é uma categoria com bastante peso político e deveria ser bastante politizada.

  O governador faz uma proposta de reajuste.

  O sindicato dos professores conhecedor dos números e de economia básica verifica se esta compatível com a situação econômica, de acordo com a arrecadação de impostos e demais gastos do Estado.

  Se é possível alguma coisa a mais o próprio sindicato indica de onde sairá o dinheiro, é feito analise de impacto.
  Espera-se que pessoas adultas tanto do sindicato dos professores quanto da equipe econômica do governo cheguem a um entendimento sem a necessidade de greves.

  Os professores participam tanto das eleições de governos quanto de sindicatos.
  É preciso ter um grau satisfatório de confiança.

  Professores fazem parte da sociedade (óbvio), não entendo o vitimismo dessa categoria, como se fossem explorados e desprezados pelos governos eleitos.

   Ninguém é obrigado a ser professor.

  Quando nos interessamos por uma profissão, acreditamos que temos VOCAÇÃO para ela, é preciso pesquisar bem os prós e os contras.

  No caso do magistério é até mais fácil, a grande maioria de nós é escolarizada e sabe tudo que acontece em sala de aula.
  O salário que a sociedade consegue pagar aos professores não é segredo de Estado, está publicado em diários oficiais.

   Ferrar com a educação das crianças por insatisfação profissional é injustificável.

   Se você por algum motivo não se sentir vocacionado, perceber que a escolha do magistério foi um erro, é muito digno dar o lugar para alguém que tenha essa vocação.

  Se tem outra coisa que goste e que pode ganhar muito mais ... vai atrás.
   
  Preitear melhor remuneração e condições de trabalho é uma coisa, deixar de ser bom PROFISSIONAL é outra muito, muito diferente.

   Pessoal da EDUCAÇÃO, vocês no geral lidam com crianças e adolescentes, ao menos profissionalmente se comportem como ADULTOS!



Escolha Profissional - Link



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