“Poucos
lugares no Brasil tinham outro canal que não a Rede Globo, logo que a TUPI
deixou de existir.
Não foram poucos os brasileiros que aprenderam do que rir e do que não
rir diante da TV a partir desse padrão da Globo.
Alguns, por conta de experiências pessoais ricas, escaparam dessa
educação.
Mas muitos não escaparam.
Não tinham como escapar.
Tudo que tinham como entretenimento era a Globo e só puderam ver um
programa de humor pelo que a Rede Globo havia dito que era um programa de
humor.”
(Paulo Ghiraldelli Jr.)
Ghiraldelli não acredita que alguém possa
gostar do humor do Chico Anysio ou Jô Soares!?
Todo mundo que gosta (ou gostou) dos humorísticos
são pessoas com baixo intelecto, que não tiveram “experiências pessoais ricas”,
pessoas adestradas pela Rede Globo que lhes dizia do que gostar e ou não!?
Na minha infância
realmente assisti muito a programação da Globo, depois de anos quando adquiri TV
a cabo, não vi grande diferença na "qualidade" da programação, tinha
mais quantidade.
A TV a cabo pode focar em apenas um nicho, a
TV aberta precisa agradar vários gostos.
Qual a diferença
de comédias como "Sai de Baixo" e “Um Maluco no Pedaço”?
Basicamente é a produção mais
sofisticada.
As séries americanas são vendidas para o
mundo inteiro, entra muito dinheiro.
Eles podem se dar ao luxo de contratar os
melhores dos melhores.
Porem as situações, as piadas não mudam muito.
O link não está mais disponível, mas na
continuação do texto Paulo Ghiraldelli reclama do excesso de bordões usados
como mais um meio de ganhar dinheiro com anunciantes.
Evidente que não conheço a programação de
todos os países, mas até emissoras estatais tem anunciantes.
Produzir entretenimento custa caro, de algum
lugar tem que sair o dinheiro.
Na TV aberta vem dos comerciais.
Na TV fechada vem do pagamento de
mensalidades e anunciantes.
Na TV estatal vem dos impostos e anunciantes.
Percebam que a fechada e estatal tem outras
fontes de recursos, uma TV aberta como a Globo depende basicamente dos
anunciantes.
Ghiraldelli quer oque?
TV só estatal ou fechada para alguma “elite”
que consegue pagar.
O que falar dos bordões?
“Meu marido
tem dois empregos.”
“Não contavam
com minha astucia.”
“Bond,
meu nome é James Bond.”
“I’ll be back!”
Bordões, frases que grudam na mente da gente,
são naturais em todas as culturas que conheço.
“Só sei que nada sei.”
Virou um bordão, eu escrevo a exaustão.
Evidente que “conhecendo o contexto da frase”
é muito mais interessante:
“Vai pra casa Padilha”.
(Padilha, apesar de não ser grande coisa, era casado com um daqueles mulherões que eles colocam em humorísticos.
Tipo o Michel Temer e a Marcela ...😏)
Enfim...
Eu gostava da Globo e gosto mais ainda que
tenha outras emissoras abertas além da Globo.
(Atualmente
assisto pouquíssimo, a Internet é mais interessante pela possibilidade de interação.)
Como o Ghiraldelli
disse, a Globo tinha um equipamento melhor e seu sinal chegava com mais qualidade nas casas.
Eu até queria
assistir um jogo na Band narrado pelo Luciano do Vale, mas a imagem na Globo
era tão melhor que eu optava pelo Galvão Bueno, nada contra o Galvão é que
prefiro o Luciano.
A
Globo tinha e tem (Ano 2012) muito poder e o usa para influenciar pessoas?
Sim, e daí?
Todo mundo
que tem poder faz isso.
Até quem não tem poder tenta sempre puxar a
sardinha para o seu lado, isso é perfeitamente natural em nossa espécie.
Você mulher, seu namorado quer
ir para praia e você para o campo, vai me dizer que não vai tentar
influencia-lo para que seja feita a sua vontade e não a dele?
Não sei porque pensadores cobram uma
imparcialidade exagerada das organizações sabendo que elas são administradas
por pessoas.
Não tem uma Dona Globo andando por aí.
É uma empresa com fins lucrativos
administrada pela família Marinho que dê certo são pessoas com suas opiniões e desejos
como qualquer outro ser humano, do mais pobre ao mais rico.
Ciente disso cabe ao próprio leitor, ouvinte,
telespectador ... filtrar a informação ou entretenimento que lhe chega.
Não é porque uma “celebridade” defende um ponto
de vista que você é obrigado a defender.
Analise os fatos, recorra as suas próprias experiências,
tenha sua opinião própria e principalmente:
Mude de opinião se alguém apresentar argumentação melhor.
Nesse texto você tem o ponto de vista da celebridade Paulo Ghiraldelli Jr.
Medite e concorde ou não concorde
(parcialmente ou inteiramente) com ele.
O mesmo serve para as explanações do desconhecido William Robson.
O que deve ser evitado é “não pensar”,
aceitar tudo como a mais pura verdade só porque é alguém que escreveu um livro
ou apareceu na TV ... em qualquer emissora ou canal da Internet.
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