quarta-feira, 4 de abril de 2012

Rede Globo









  “Poucos lugares no Brasil tinham outro canal que não a Rede Globo, logo que a TUPI deixou de existir.
  Não foram poucos os brasileiros que aprenderam do que rir e do que não rir diante da TV a partir desse padrão da Globo.
  Alguns, por conta de experiências pessoais ricas, escaparam dessa educação.
  Mas muitos não escaparam.  
  Não tinham como escapar.
  Tudo que tinham como entretenimento era a Globo e só puderam ver um programa de humor pelo que a Rede Globo havia dito que era um programa de humor.”

(Paulo Ghiraldelli Jr.)


  Ghiraldelli não acredita que alguém possa gostar do humor do Chico Anysio ou Jô Soares!?

  Todo mundo que gosta (ou gostou) dos humorísticos são pessoas com baixo intelecto, que não tiveram “experiências pessoais ricas”, pessoas adestradas pela Rede Globo que lhes dizia do que gostar e ou não!?

  Na minha infância realmente assisti muito a programação da Globo, depois de anos quando adquiri TV a cabo, não vi grande diferença na "qualidade" da programação, tinha mais quantidade.
  A TV a cabo pode focar em apenas um nicho, a TV aberta precisa agradar vários gostos.

    Qual a diferença de comédias como "Sai de Baixo" e “Um Maluco no Pedaço”?

  Basicamente é a produção mais sofisticada.
  As séries americanas são vendidas para o mundo inteiro, entra muito dinheiro.
  Eles podem se dar ao luxo de contratar os melhores dos melhores.
  Porem as situações, as piadas não mudam muito.

  O link não está mais disponível, mas na continuação do texto Paulo Ghiraldelli reclama do excesso de bordões usados como mais um meio de ganhar dinheiro com anunciantes.

  Evidente que não conheço a programação de todos os países, mas até emissoras estatais tem anunciantes.
  Produzir entretenimento custa caro, de algum lugar tem que sair o dinheiro.
  Na TV aberta vem dos comerciais.
  Na TV fechada vem do pagamento de mensalidades e anunciantes.
  Na TV estatal vem dos impostos e anunciantes.

  Percebam que a fechada e estatal tem outras fontes de recursos, uma TV aberta como a Globo depende basicamente dos anunciantes.

  Ghiraldelli quer oque?
  TV só estatal ou fechada para alguma “elite” que consegue pagar.

  O que falar dos bordões?

  “Meu marido tem dois empregos.”

 “Não contavam com minha astucia.”

  “Bond, meu nome é James Bond.”
 
  “I’ll be back!”

  Bordões, frases que grudam na mente da gente, são naturais em todas as culturas que conheço.

  “Só sei que nada sei.”

  Virou um bordão, eu escrevo a exaustão.

  Evidente que “conhecendo o contexto da frase” é muito mais interessante:

   “Vai pra casa Padilha”.

  (Padilha, apesar de não ser grande coisa, era casado com um daqueles mulherões que eles colocam em humorísticos.
   Tipo o Michel Temer e a Marcela ...😏)

  Enfim...

  Eu gostava da Globo e gosto mais ainda que tenha outras emissoras abertas além da Globo.
  (Atualmente assisto pouquíssimo, a Internet é mais interessante pela possibilidade de interação.)

  Como o Ghiraldelli disse, a Globo tinha um equipamento melhor e seu sinal chegava com mais qualidade nas casas.

    Eu até queria assistir um jogo na Band narrado pelo Luciano do Vale, mas a imagem na Globo era tão melhor que eu optava pelo Galvão Bueno, nada contra o Galvão é que prefiro o Luciano.

   A Globo tinha e tem (Ano 2012) muito poder e o usa para influenciar pessoas?
  Sim, e daí?
  Todo mundo que tem poder faz isso.

  Até quem não tem poder tenta sempre puxar a sardinha para o seu lado, isso é perfeitamente natural em nossa espécie. 

  Você mulher, seu namorado quer ir para praia e você para o campo, vai me dizer que não vai tentar influencia-lo para que seja feita a sua vontade e não a dele?

  Não sei porque pensadores cobram uma imparcialidade exagerada das organizações sabendo que elas são administradas por pessoas.
  Não tem uma Dona Globo andando por aí.
  É uma empresa com fins lucrativos administrada pela família Marinho que dê certo são pessoas com suas opiniões e desejos como qualquer outro ser humano, do mais pobre ao mais rico.

  Ciente disso cabe ao próprio leitor, ouvinte, telespectador ... filtrar a informação ou entretenimento que lhe chega.

  Não é porque uma “celebridade” defende um ponto de vista que você é obrigado a defender.
  Analise os fatos, recorra as suas próprias experiências, tenha sua opinião própria e principalmente:

                                                     

  Mude de opinião se alguém apresentar argumentação melhor.

  

   Nesse texto você tem o ponto de vista da celebridade Paulo Ghiraldelli Jr.

  Medite e concorde ou não concorde (parcialmente ou inteiramente) com ele.

  O mesmo serve para as explanações do desconhecido William Robson.

  O que deve ser evitado é “não pensar”, aceitar tudo como a mais pura verdade só porque é alguém que escreveu um livro ou apareceu na TV ... em qualquer emissora ou canal da Internet.


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