domingo, 8 de abril de 2012

Criar Conhecimento






 

😡 “William, seu imbecil, você já pensou que são os professores que criam conhecimento?”

  (Comentarista)


 

 

 "Criar conhecimento", tema interessante.

  Criar é um conceito bastante complicado, vou substituir por desenvolver.

  Qualquer ser senciente pode desenvolver conhecimento.

  Ciência vem do latim SCIENTIA, traduzido por "conhecimento".

  O conhecimento vem da experimentação, erro e acerto.

  Exemplo:
  Flavia faz um tipo de bolo com o forno a 200 graus por 40 minutos, é uma experimentação.
  O bolo ficou amargo um tanto queimado, deu errado.
  Faz outra experimentação com o forno agora em 180 graus, ficou do jeito que ela queria, acerto.
  Guarda na memória ou anota o procedimento correto em um livro de receitas culinárias.
  Foi desenvolvido um conhecimento.

  Mariana copiou as anotações da Flavia.
  Mariana adquiriu o conhecimento.
  NÃO criou/desenvolveu.
  Suponhamos que Mariana ensinou a receita para Eduardo.
  Mariana transmitiu o conhecimento, NÃO criou/desenvolveu.

  Esse processo não se limita a humanos.

  Qual brasileiro nunca ouviu falar do pássaro João de Barro?
  Vocês acham que essa ave nasceu programada geneticamente para fazer aquele tipo de construção?
  Minha aposta é que alguma geração começou a desenvolver esse tipo de habitação.
 (Um pássaro mais experimentador).

  Qual pássaro, em qual geração começou fazer ninho com barro, nunca iremos saber, mas pelo visto deu certo, caiu no gosto dessa espécie que vai "transmitindo" de geração a geração.

   Deduzimos que temos 3 situações distintas.

  Desenvolver conhecimento.

  Adquirir conhecimento.

  Transmitir conhecimento.

  Nada impede que professores desenvolvam conhecimento, mas em geral adquirem (óbvio) e transmitem.

  Quem produz conhecimento são os experimentadores, os cientistas, que pode ser qualquer um de nós.

  Escola e professores profissionais foi uma maneira mais organizada, mais eficiente de tornar o CONHECIMENTO acessível a todos.




  Quando escrevo sobre ciência me vem à mente meu primeiro contato com essa matéria na escola.
  (Por incrível que pareça lembro o nome do professor na quinta série.)
  O professor Maurício disse algo mais ou menos assim:

 “Todos nós somos cientistas, a mãe de vocês quando faz bolo está seguindo um método científico.

  Ela sabe empiricamente que se colocar 12 colheres de farinha, mais 9 colheres de açúcar, 150 ml de leite, 2 colheres de manteiga, uma colher de chá de fermento e levar ao forno por 40 minutos a uma temperatura de 180 graus terá como resultado um bolo.” 

  


  Achei aquilo fascinante, me interessei em saber a fórmula das coisas que me cercavam, como e de que eram feitas.
  Nunca entendi porque tantas pessoas não se interessam por ciência!
  Conhecer o funcionamento do corpo, do ecossistema, como os átomos se agrupam, enfim viagens mentais e experimentais fantásticas.

  Com Filosofia aconteceu a mesma coisa, um encantamento desde o início.
  A tradução literal da palavra filosofia é “amor a sabedoria” em uma mais flexível seria “estudo da vida”.
  Não preciso do professor de Filosofia para ter amor a sabedoria, nem tão pouco preciso dele para pesquisar sobre comportamentos, situações, estudar a vida.
  Gosto de especular, experimentar, testar teorias.      
  Por curiosidade já frequentei aulas de filosofia, mas é uma chatice sem tamanho.
  Pode ser porque como leio desde muito cedo não tem novidade.
  Para quem quer um diploma ou tem pouquíssimo conhecimento e quer por qualquer motivo se aprofundar em estudos filosóficos, recorrer a um curso de filosofia é aconselhável.

  Você começa repetindo pensamento dos outros, passa para análise e quem sabe encontre sua própria forma de filosofar.

  Para profissões (digamos) técnicas o acompanhamento de um professor se faz mais necessário.
  Filosofia é essencialmente teórica, medicina e engenharia (só dois exemplos) são essencialmente praticas.

  De qualquer forma, no geral, tanto em ensinos práticos como teóricos professores não desenvolvem conhecimento, os transmitem.

  Por favor, não é nenhum demérito, é uma função importantíssima na nossa sociedade.
  Foi feita uma pergunta, usei todo meu conhecimento acumulado sobre o assunto, meditei de forma lógica e cheguei a uma conclusão.
  Se acha que o resultado foi "imbecil", um erro, aponte as falhas de raciocínio e quem sabe chegamos a um acerto.






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