sábado, 31 de março de 2012

Crianças Reféns




  
  Professores mantêm paralisação e prometem voltar às ruas para nova manifestação.
   Cerca de 45 mil professores, de acordo com o Sindicato dos Professores (Apeoesp), compareceram à terceira assembleia da categoria, desde que a paralisação das atividades teve início em 8 de março.

  (Rede Brasil Atual – Publicado em 26/03/2010)

  


  Escrever coisas que não agradam a maioria sempre atrai animosidades.
  Porém, é um assunto importante que vai servir de base para muitas meditações.

  Considero pouco prático "idolatrar profissões".

  Vejam o caso dos professores.
  A arte de ensinar é linda, admiro um professor talentoso; o complicado é que penso a mesma coisa  do enfermeiro, médico, pedreiro, engenheiro, mecânico, bombeiro, padeiro...

  Para mim a arte de ensinar é linda já o professor é apenas mais um profissional, importante como todos os outros.

  Das profissões que nossa sociedade mais se utiliza não tem nenhuma que eu considere mais importante de todas, tudo depende do momento, da situação.
  Se eu estiver com dor de dente, o dentista é o cara.
  Se a geladeira quebrar, o técnico de refrigeração é o cara.

  Se o freio do carro está ruim, o mecânico de freios é o cara.
  Já pensaram se o mecânico por estar insatisfeito como o salário ou condições de trabalho não arrumar o freio direito.

  Pense bem, é uma pergunta com grandes implicações que vou fazer.

   Se o mecânico está insatisfeito com salário e/ou condições de trabalho TEM O DIREITO de não consertar o veículo corretamente me deixando inclusive sujeito a acidentes?

  Acredito que ninguém concordaria com esse direito.
  O mecânico deve agir PROFISSIONALMENTE.
  No que depender dele o trabalho será feito.
  O salário é uma questão funcionário/empresa, eu enquanto cliente não devo ser prejudicado.
  Se as “condições de trabalho” desagradam ao mecânico, mas não impedem que o reparo no meu carro seja feito ... mais uma vez é uma questão funcionário/empresa, eu enquanto cliente não devo ser prejudicado.

  Sem mais delongas...

  Essa meditação não é para falar somente quando professores estão em greve.
 (Uma constante em nossa sociedade.)

  


  Notem que quando estão trabalhando deixam muito a desejar profissionalmente.

  Pense naquele professor que defende o "direito" de ensinar com pouca vontade usando como justificativa não estar satisfeito com o salário.
  Na rede pública quem paga o salário é o nosso dinheiro dos impostos.
  O professor está dizendo que sabe como ensinar melhor, mas não faz isso porque nós enquanto sociedade pagamos pouco!

  Ficam meses de greve pelo mesmo motivo.

  Principalmente no ensino fundamental o cliente deles são CRIANÇAS.

  A má vontade e o excesso de greves vai afeta-las para o resto da vida.

  É como se os professores fossem a guerra levando nossas crianças como reféns, usando a Educação como objeto de barganha, colocando nossos filhos como escudo.

  E a maioria de nós apoia, como se eles tivessem todo o direito do mundo de agir como estão agindo!

  Fazem longas greves com motivos questionáveis e quando não estão em greve confessam que não se dedicam muito porque o salário é insatisfatório.



  Observem que não é uma profissão tão “desvalorizada” pela nossa legislação e economia quanto querem fazer parecer que é:




  Se pagarmos salários altíssimos e darmos ótimos benefícios para o pessoal da “educação” ... não vai sobrar para o pessoal da saúde e segurança, será que são menos importantes?





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