Professores
mantêm paralisação e prometem voltar às ruas para nova manifestação.
Cerca de 45 mil professores, de
acordo com o Sindicato dos Professores (Apeoesp), compareceram à terceira
assembleia da categoria, desde que a paralisação das atividades teve início em
8 de março.
(Rede Brasil Atual – Publicado em 26/03/2010)
Escrever coisas que
não agradam a maioria sempre atrai animosidades.
Porém, é um assunto importante que vai servir
de base para muitas meditações.
Considero pouco prático
"idolatrar profissões".
Vejam o caso dos professores.
A arte de ensinar é linda, admiro um
professor talentoso; o complicado é que penso a mesma coisa do enfermeiro, médico, pedreiro, engenheiro, mecânico, bombeiro, padeiro...
Para mim a arte de ensinar é linda já o professor
é apenas mais um profissional, importante como todos os outros.
Das profissões que
nossa sociedade mais se utiliza não tem nenhuma que eu considere mais
importante de todas, tudo depende do momento, da situação.
Se eu estiver com dor de dente, o dentista é o
cara.
Se a geladeira quebrar, o técnico de
refrigeração é o cara.
Se o
freio do carro está ruim, o mecânico de freios é o cara.
Já pensaram se o mecânico por estar insatisfeito
como o salário ou condições de trabalho não arrumar o freio direito.
Pense bem, é uma pergunta com grandes
implicações que vou fazer.
Se o mecânico está insatisfeito com salário e/ou condições de trabalho TEM O DIREITO de não consertar o veículo corretamente me deixando inclusive sujeito a acidentes?
Acredito
que ninguém concordaria com esse direito.
O mecânico deve agir PROFISSIONALMENTE.
No que depender dele o trabalho será feito.
O salário é uma questão funcionário/empresa, eu enquanto cliente não devo ser prejudicado.
Se as “condições de trabalho” desagradam ao mecânico,
mas não impedem que o reparo no meu carro seja feito ... mais uma vez é uma
questão funcionário/empresa, eu enquanto cliente não devo ser prejudicado.
Sem mais delongas...
Essa meditação não é para falar somente quando professores estão em greve.
(Uma constante em nossa sociedade.)
Notem que quando estão trabalhando deixam
muito a desejar profissionalmente.
Pense naquele professor que defende o
"direito" de ensinar com pouca vontade usando como justificativa não
estar satisfeito com o salário.
Na rede pública quem paga o salário é o nosso
dinheiro dos impostos.
O professor está dizendo que sabe como
ensinar melhor, mas não faz isso porque
nós enquanto sociedade pagamos pouco!
Ficam meses de greve pelo mesmo motivo.
Principalmente no ensino fundamental o cliente
deles são CRIANÇAS.
A má vontade e o
excesso de greves vai afeta-las para o resto da vida.
É como se os
professores fossem a guerra levando nossas crianças como reféns, usando a
Educação como objeto de barganha, colocando nossos filhos como escudo.
E a maioria de nós apoia, como se eles
tivessem todo o direito do mundo de agir como estão agindo!
Fazem longas greves com motivos questionáveis
e quando não estão em greve confessam que não se dedicam muito porque o salário
é insatisfatório.
Observem que não é uma profissão tão “desvalorizada”
pela nossa legislação e economia quanto querem fazer parecer que é:
Se pagarmos salários altíssimos e darmos ótimos
benefícios para o pessoal da “educação” ... não vai sobrar para o pessoal da saúde
e segurança, será que são menos importantes?
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