sexta-feira, 16 de março de 2012

Capitalismo Básico





 

“Se não há café para todos, não terá para ninguém.”

 (Che Guevara)




  Sou pragmático, se 50% da população consegue tomar café já é um avanço.


  No Brasil não é todo mundo que tem acesso a Internet, é melhor que ninguém tenha até que todos possam ter!?

  Vou dar um exemplo de Capitalismo básico.

  Para suprir a necessidade de leite em uma região é preciso produzir 1000 litros de leite por dia, mas a única cooperativa privada consegue produzir 500 litros.

  Como a procura é muito maior que a oferta o litro de leite que custa 1 real para ser produzido é vendido a 2 reais o litro.
  Por esse preço só uma parte da população bebe leite todos os dias.

  Nós podemos tentar algumas “soluções” para essa situação.

Socialismo: Desapropriamos a cooperativa que produz leite tornando-a uma Estatal, como uma Estatal na teoria não precisa ter lucro podemos vender o leite a 1 real (preço de custo).
  Acontece que embora agora todos possam comprar leite a produção continua a não ser suficiente, lembrem-se que só conseguimos produzir 500 litros.

   Mas em um Estado Socialista “tem leite para todos ou não tem para ninguém.”

   Já nos apropriamos da cooperativa o que mais é possível fazer?
   Com nosso super poder de Estado podemos limitar o consumo familiar em meio litro, assim todos terão acesso ao leite.
   Maravilha, bacana, viva o Socialismo!

  Acontece que uma empresa que não tem lucro, não acumula capital, uma empresa que não acumula capital não tem como investir para aumentar a produção.
  Logo, os habitantes dessa região não podem de maneira nenhuma aumentar o consumo, também a população não poderá crescer porque a cota de leite ficará cada vez menor.

  Você vai dizer que o Estado pode investir para aumentar a produção.

  Ele terá que tirar de outras áreas, na Coréia do Norte por exemplo eles investem muito em armamentos, esse dinheiro sai de outros setores da economia.

  O Estado pode aumentar o preço do litro do leite, ter lucro e acumular capital.

  Mas não é justamente essa situação que ele quis combater!?


   Vamos ver o que aconteceu nos países Capitalistas em situações semelhantes.

  O lucro fácil da produtora de leite local atraiu a cobiça de outros empreendedores que também se animaram em produzir leite.

  A oferta do produto ampliou e quando a produção diária passou dos 1000 litros a oferta passou a ser maior que a procura, os preços tiveram que baixar.

  Não, ele nunca chegou a ser vendido pelo preço de custo porque a empresa precisa ter lucro, o empresário não é um anjo que caiu do céu para fazer justiça social, trabalhar de graça.

   Nas mais diversas regiões do planeta onde foi descoberto ouro houve uma corrida de gente disposta a “correr risco”, mas a pessoa só se arrisca se há possibilidade de conseguir ouro, conseguir LUCRO.

  Nos países Capitalistas não há desabastecimento de leite, o preço varia de acordo com a oferta no mercado.

  Como o Capitalismo por sua eficiência produz muita riqueza, a maioria das famílias tem condições de conseguir no mercado o tanto de leite que precisa.
  Se eu quiser fazer uma festa de Milk Shake para as crianças e precisar comprar 10 litros de leite, não terei grandes problemas em conseguir, não preciso recorrer ao “mercado negro” como aconteceria em Cuba.



  No Capitalismo o Estado ao invés de ficar gerenciando fabricas e fazendas cuida da legalidade do sistema.
  Respeito às leis, a propriedade, combate à exploração do poder econômico, cuida da segurança, educação e saúde.

  
  Enfim o Estado defende os interesses da sociedade garantido condições básicas de vida, sem se esquecer que o empresário também faz parte da sociedade, prejudica-lo é o mesmo que matar nossa galinha dos ovos de ouro.

  Por esse trabalho do Estado todos os cidadãos e empresas pagam impostos, parte desses impostos podem e devem ser utilizados pra criar uma rede de proteção aos menos adaptados ou “azarados”, aqueles para os quais a vida não está dando muito certo.

  Através de programas sociais podemos subsidiar leite pra aqueles que realmente precisam e mais que isso, criar condições para que esse subsidio não seja eterno, que eles possam comprar leite com suas próprias posses assim que possível.

  Esse exemplo que eu dei do leite pode ser estendido para a grande maioria dos produtos e serviços.

  Sempre aconteceu exatamente como foi descrito?   
  Claro que não, a vida não é exata!
  Analisando o histórico da humanidade foi o que mais aconteceu.

  Capitalismo é muito eficiente produz e distribui riquezas para quem pode e está disposto a trabalhar.
  Para quem por motivos de força maior não está apto a trabalhar/produzir podemos “solidariamente” manter uma rede de proteção.



  Se não conseguimos fazer todo o bem que queremos já é alguma coisa fazer o bem que PODEMOS.

   (William Robson)


Caso Diógenes - Link







Janeiro 2024


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