Os avanços obtidos pela ciência no
estudo do cérebro nas últimas duas décadas têm implicações extraordinárias na
educação.
Pouco a pouco se tem desvendado como funcionam os processos da cognição
humana nos primeiros estágios do aprendizado.
Uma pesquisa recente da Universidade de Leiden, na Holanda, feita com
ressonância magnética, serve para orientar os pais e professores a respeito dos
estímulos básicos de todo processo educacional: a aprovação e a reprovação dos
trabalhos das crianças.
O estudo mostra que as crianças
na faixa até 8 a 9 anos aprendem com elogios, mas não tiram lições das críticas
negativas. – simplesmente não dão ouvidos a elas.
Já as crianças na faixa dos 11 e 13 anos são capazes de aprender com os
próprios erros e, portanto, são sensíveis às críticas negativas, da mesma forma
que os adultos.
Disse a VEJA o neurologista Paul Thompson, da Universidade da
Califórnia, especialista em ressonâncias magnéticas cerebrais:
“O lobo frontal do cérebro, responsável pelo autocontrole e pela
avaliação das consequências das atitudes, só se desenvolve plenamente a partir
dos 12 anos.
É por isso que as crianças se expõem a situações de risco sem perceber.
Isso explica por que o desenvolvimento cognitivo no cérebro das crianças
mais crescidas é ativado por respostas negativas, em quanto nas pequenas ela
ocorre por meio de respostas positivas”.
A maioria das
pessoas ao lerem publicações cientificas em veículo importante desligam seu
senso crítico, simplesmente aceitam como a mais pura verdade.
Eu NÃO!
Reli a matéria para verificar se tinha
entendido certo e era isso mesmo.
(Se alguém entendeu de forma diferente
por favor entre em contato nos comentários.)
Fiquei surpreso,
era como se depois de muitos voos de aviões, cientistas chegassem a conclusão
que a Terra é quadrada!
Até os 8 anos
crianças só aprendem com elogios, não registram broncas!?
Vou falar de mim, espero que você acesse
suas próprias lembranças.
Minhas memórias mais antigas são duas, acredito
que tinha por volta de 2 a 3 anos.
Já sabia andar, mas não entendia palavras.
1ª - Minha mãe
colocou água na bacia para me dar banho, mas ficou conversando com meu pai.
Eu não sabia desabotoar a camisa então entrei
na bacia com roupa e tudo, minha mãe não ficou brava e também não me elogiou,
só deu aquele olhar de “olha a bagunça que você fez.”
Ou seja, ficou registrada em minha mente até
a nuance da situação.
Entendi que minha mãe não gostou da minha
falta de paciência, mais precisamente de ter molhado a camisa.
Tirar a calça eu era bom, estava sempre
peladão, meu novo desafio era aprender desabotoar.
Até a barriga era fácil, mas os botões mais próximos
do pescoço por um bom tempo foi impossível.
Eu tinha toda essa construção mental?
CLARO QUE NÃO!
Eram raciocínios bem primitivos.
Bacia, banho, demora, entrei, mãe não gostou.
Roupa? Botão? Como tirar isso (botão) disso
(casinha do botão)?
2ª - Prendi o pé na
roda da bicicleta do meu tio Jorge.
Segundo minha mãe eu era muito chorão,
qualquer parente que se oferecesse para dar uma volta comigo ela aceitava.
Dificilmente eu tinha mais que 3 anos.
Meu tio adolescente me colocou na garupa da
bicicleta (olha o juízo) para mim era tudo novidade.
Na esquina da Candido Mota com Campos do
Jordão meu pé travou a roda.
Ficou preso entre as “varetas” e aquele “garfo”
traseiro.
A bicicleta não ia pra frente nem para trás, também
não podia ser deitada porque eu estava obviamente no banco do garupa.
Algum parente viu e de repente veio um monte
de gente.
Estava chorando baixinho (para o meu padrão).
Quando vi meu pai e um tio chegando com
alicate e martelo, pensei vão cortar meu pé ...BUUÁÁÁÁÁÁÁÁÁ.
Felizmente só destruíram a bicicleta do Tio
Jorge.
(Acho que ele chorou 😏)
Não levei bronca por entrar na bacia nem por
ter metido o pé na roda da bicicleta e nem por tantas outras coisas que prefiro
não comentar 😏.
Outro tio cantava uma música muito sugestiva quando me via:
“Conheci, um capeta
em forma de guri”.
Era
exagero, a música fez muito sucesso e eu estava ali, pobre, inocente, indefeso...
Quando tinha 2 anos não levava bronca por
motivos óbvios, eu era muito fofinho 😏.
Só pessoas muito
sem noção tomam atitudes mais enérgicas com crianças de 2 anos.
Porém:
Eu percebia tristeza, decepção, alegria,
brigas, brincadeiras, enfim, tinha boa percepção principalmente de sentimentos por desconhecer o significado das palavras.
Mais grandinho, as
pessoas já não eram tão pacientes, entendia as broncas bem antes dos 8 anos,
minha mãe batia fácil na gente.
Meu pai batia menos que minha mãe não porque
fosse mais calmo, mas porque sua agressão era muito mais dolorida, tínhamos
muito medo, era melhor não provocar o homem.
O tempo passou, sou pai convivo intensamente
com minhas filhas desde que nasceram, já tiveram crises de choro por ouvir
alguma coisa que não gostaram.
Certa vez minha filha Aléxia estava com uns 3
anos, chamei de Zé Breguela.
“Vem cá arrumar essa calça Zé Breguela.”
Ela nem sabia o que era isso (que afinal não
significa nada mesmo), mas intuiu que não era coisa boa e naquela voz bem
infantil resmungou:
“Num xô zébeguela NÃO!
Falou brava, aquele toquinho de gente me
dando a maior carcada!
Eu deveria ter dito pra ela que "eu" só aprendo
com elogio 😂.
E você que conviveu
ou convive com crianças menores de 8 anos.
Tem “FÉ”
nessa conclusão científica?
(Há matérias cientificas que para levar
a sério temos que ignorar a razão, parecem dogmas de alguma religião.)
Idolatria a Cientistas - Link |
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