domingo, 18 de março de 2012

Crise de 2008



  
Passeando por Blogs mais a esquerda é comum depararmos com a expressão “Crise de 2008”.
  Os caras falam sobre isso como se fosse um troféu, um ano para comemorar, uma prova inconteste do fim do Capitalismo.
  Isso já ocorreu outras vezes, lá em 1929 era o fim, no estouro da bolha da Internet (2000) era o fim, em 2008 (Bolha imobiliária) era o fim.
  Estou escrevendo esse texto em 2012, o fim ainda não aconteceu.😏


  O epicentro da crise foi nos Estados Unidos.
  Obama ao que parece fez o que deveria ser feito, não vejo sinais de uma derrocada econômica americana.

   A Europa está estagnada, mas não vejo por conta disso nenhuma corrida rumo ao Socialismo.

  E a China?
  Politicamente continua fechada, mas economicamente está mais capitalista que nunca.
  A poderosa Foxconn tem uma empresa aqui perto em Jundiaí; é a China com as mesmas Multinacionais tão comuns no Capitalismo e tão demonizadas pelos esquerdistas.

 Em fim...
 Não sei o que esquerdistas comemoram tanto sobre fatos ocorridos em 2008.
 Comemoram resultados “favoráveis ao Marxismo” que só eles enxergam!?

  Lembrei agora, Che Guevara disse que por mais que os poderosos matassem as rosas (lutassem contra o avanço do Marxismo) não impediriam a primavera.

  Me parece que ocorre o contrário.
  Por mais que Estados Totalitários tentem conter o avanço do Capitalismo vão capitulando diante dele.

  Infelizmente ainda não dá para falar em "primavera capitalista".
  O Brasil é bom exemplo, temos democracia satisfatória, entretanto nosso povo continua querendo o "Estado Paizão", altamente interventor na economia.
  Com Fernando Henrique parecia que pelo menos teríamos uma esquerda mais pragmática, mas aqui é américa latina ... 
  Uma rara exceção é o Chile, apesar da condenável ditadura de Pinochet ele governou dando bastante liberdade econômica ... "sorte" dos chilenos.
  Aqui no Brasil os militares criaram mais estatais que o PT.
  Tirando o "revezamento de generais" não foram muito diferentes de Hugo Chaves na Venezuela...






 Charles: “Muita gente quis sacar o que tinha guardado (crise de 2008) e os bancos não tinham dinheiro pra dar porque ao atropelarem o padrão-ouro, emprestaram mais dinheiro do que tinham.” 
 
 William: Há várias opiniões sobre isso, mas para encurtar:
  Na “minha” opinião o Governo dos USA falhou na fiscalização do mercado financeiro.
 Quando se deram conta já estavam diante de uma grande “pirâmide financeira” que iria estourar mais dia menos dia.

  Por esse ponto de vista o Governo FHC foi nosso grande protetor nessa confusão mundial toda.
  Quando sua equipe econômica desenvolveu o PROER estabeleceu um limite para “alavancagem” dos Bancos.
  A grosso modo os Bancos do EUA não tinham um limite de alavancagem e fizeram empréstimos várias vezes maiores que seu patrimônio.
  Se esses empréstimos tivessem sido feito com mais critério nem haveria tanto problema, o investimento retornaria com juros.
   Acontece que muitos desses empréstimos foram feitos para compra de imóveis a pessoas que não tinham condição de pagar.
  Daí deu no que deu.




  “Há 18 anos, através da MP 1179 (03/11/1995) o presidente FHC criava o PROER, Programa de Estímulo à Reestruturação do Sistema Financeiro Nacional.
 Fundamental para o processo de estabilização da moeda, o PROER impediu um possível colapso do sistema bancário, o que afetaria a poupança dos brasileiros e desencadearia grave crise econômica.
  Atacado desde o início pelo PT, o PROER recebeu posteriormente elogios do presidente Lula e de seu presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, por ajudar a conter a crise mundial de 2008.
   Sem o PROER a economia do Brasil teria sucumbido naquele momento.”




 
 A experiência da Foxconn no Brasil e em outras partes do mundo ilustra como é difícil replicar em outro lugar o modelo de fabricação que adotam com sucesso na China.
  Lá, a empresa construiu fábricas com o apoio de grandes subsídios do governo. Suas operações – montar iPhones da Apple, Kindles da Amazon e PlayStations da Sony – empregam legiões de jovens trabalhadores nas linhas de montagem.
  Eles trabalham frequentemente 60 horas por semana por cerca de 2,50 dólares a hora.
  Protestos trabalhistas na China são raros ou rapidamente suprimidos.
  Mas o modelo não se aplica facilmente a outros países, onde a Foxconn deve navegar em diferentes condições sociais, políticas e trabalhistas.   
  [Por David Barboza © 2017 New York Times News 4 out  2017]    

                                                         



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