Os caras falam sobre
isso como se fosse um troféu, um ano para comemorar, uma prova
inconteste do fim do Capitalismo.
Isso já ocorreu
outras vezes, lá em 1929 era o fim, no estouro da bolha da Internet (2000) era o fim,
em 2008 (Bolha imobiliária) era o fim.
Estou escrevendo
esse texto em 2012, o fim ainda não aconteceu.😏
O epicentro da
crise foi nos Estados Unidos.
Obama ao que parece
fez o que deveria ser feito, não vejo sinais de uma derrocada econômica
americana.
A Europa está
estagnada, mas não vejo por conta disso nenhuma corrida rumo ao Socialismo.
E a China?
Politicamente continua fechada, mas
economicamente está mais capitalista que nunca.
A poderosa Foxconn
tem uma empresa aqui perto em Jundiaí; é a China com as mesmas Multinacionais
tão comuns no Capitalismo e tão demonizadas pelos esquerdistas.
Em fim...
Não sei o que esquerdistas comemoram tanto
sobre fatos ocorridos em 2008.
Comemoram resultados “favoráveis ao Marxismo”
que só eles enxergam!?
Lembrei agora, Che Guevara disse
que por mais que os poderosos matassem as rosas (lutassem contra o avanço do Marxismo) não impediriam a primavera.
Me parece que
ocorre o contrário.
Por mais que
Estados Totalitários tentem conter o avanço do Capitalismo vão capitulando
diante dele.
Infelizmente ainda não dá para falar em "primavera capitalista".
O Brasil é bom exemplo, temos democracia satisfatória, entretanto nosso povo continua querendo o "Estado Paizão", altamente interventor na economia.
Com Fernando Henrique parecia que pelo menos teríamos uma esquerda mais pragmática, mas aqui é américa latina ...
Uma rara exceção é o Chile, apesar da condenável ditadura de Pinochet ele governou dando bastante liberdade econômica ... "sorte" dos chilenos.
Aqui no Brasil os militares criaram mais estatais que o PT.
Tirando o "revezamento de generais" não foram muito diferentes de Hugo Chaves na Venezuela...
Charles: “Muita gente quis
sacar o que tinha guardado (crise de 2008) e os bancos não tinham dinheiro pra
dar porque ao atropelarem o padrão-ouro, emprestaram mais dinheiro do que
tinham.”
William: Há várias opiniões sobre isso, mas para encurtar:
Na “minha” opinião o Governo dos USA
falhou na fiscalização do mercado financeiro.
Quando se deram conta já estavam
diante de uma grande “pirâmide financeira” que iria estourar mais dia menos
dia.
Por esse ponto de vista o Governo FHC foi nosso grande protetor
nessa confusão mundial toda.
Quando sua equipe econômica desenvolveu o PROER estabeleceu um
limite para “alavancagem” dos Bancos.
A grosso modo os Bancos do EUA não tinham um limite de
alavancagem e fizeram empréstimos várias vezes maiores que seu patrimônio.
Se esses empréstimos tivessem sido feito com mais critério nem
haveria tanto problema, o investimento retornaria com juros.
Acontece que muitos desses empréstimos foram feitos para
compra de imóveis a pessoas que não tinham condição de pagar.
Daí deu no que deu.
“Há 18 anos, através da MP 1179 (03/11/1995) o
presidente FHC criava o PROER, Programa de Estímulo à Reestruturação do Sistema
Financeiro Nacional.
Fundamental para o processo de
estabilização da moeda, o PROER impediu um possível colapso do sistema
bancário, o que afetaria a poupança dos brasileiros e desencadearia grave crise
econômica.
Atacado desde o início pelo PT, o PROER recebeu posteriormente
elogios do presidente Lula e de seu presidente do Banco Central, Henrique
Meirelles, por ajudar a conter a crise mundial de 2008.
Sem
o PROER a economia do Brasil teria sucumbido naquele momento.”
A experiência
da Foxconn no Brasil e em outras partes do mundo ilustra como é difícil
replicar em outro lugar o modelo de fabricação que adotam com sucesso na China.
Lá, a empresa
construiu fábricas com o apoio de grandes subsídios do governo. Suas operações
– montar iPhones da Apple, Kindles da Amazon e PlayStations da Sony – empregam
legiões de jovens trabalhadores nas linhas de montagem.
Eles trabalham frequentemente 60 horas por
semana por cerca de 2,50 dólares a hora.
Protestos
trabalhistas na China são raros ou rapidamente suprimidos.
Mas o modelo
não se aplica facilmente a outros países, onde a Foxconn deve navegar em
diferentes condições sociais, políticas e trabalhistas.
[Por David Barboza © 2017 New York Times News 4 out 2017]
✧✧✧