“Sapiens não inventaram a existência de espíritos.
Provavelmente, foram os primeiros inteligentes o bastante para os perceberem.”
(William Robson)
Lendo a revista Veja, encontrei esse comentário de um filosofo inglês.
“Se um milagre nos desse a vida eterna a civilização tal qual a conhecemos estaria irremediavelmente destruída.
Grande parte do que fazemos é com base na esperança de vencer a morte.
O que faríamos se não fosse mais preciso rezar, criar arte nem fazer pesquisas cientificas?”
(Sthepen Cave)
Caraca!
Se
fossemos eternos nossa civilização seria diferente?
Se o cara não
fala ... 😏
Mas vamos aceitar
essa provocação mental.
Porque
deixaríamos de criar arte ou fazer pesquisas cientificas!?
Com o fim da
morte não iríamos mais apreciar uma bela pintura ou não desenvolveríamos
maquinas para tornar a vida mais fácil!?
Vamos fazer o caminho inverso do pensamento proposto.
O que mudaria em
sua vida?
(Pense um pouco
sobre isso antes de prosseguir o texto.)
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Aposto que não, como qualquer outro animal queremos nos manter vivos.
Você desejaria morrer?
A depressão em muitos humanos não deixaria de ocorrer, mas no geral, gozando de boa saúde, não faz sentido se desesperar e reduzir ainda mais seu tempo de vida.
Nosso instinto de sobrevivência continuaria imperativo.
Deixaria de
gostar dos colegas?
Não vejo nenhum motivo para isso.
Sairia por aí
matando e roubando?
Se você não tem a
índole de fazer mal as pessoas acredito que iria respeitar a vida e trabalhar
como faz hoje.
E os humanos religiosos?
Com a certeza que estamos completamente sós, ir a igreja não faria mais sentido.
Entretanto, a não ser que o individuo seja algum líder religioso, o crente já passa pouco tempo na igreja.
É um ou dois cultos por semana.
O tempo gasto na igreja seria usado para outras coisas que já fazem parte da vida, ouvir musica, assistir TV, arrumar a casa, conversar...
Entretanto, a não ser que o individuo seja algum líder religioso, o crente já passa pouco tempo na igreja.
É um ou dois cultos por semana.
O tempo gasto na igreja seria usado para outras coisas que já fazem parte da vida, ouvir musica, assistir TV, arrumar a casa, conversar...
Percebam que não
seria o fim do mundo.
A falta de religiosidade não seria o fim da vida em sociedade porque inúmeros mamíferos vivem deste jeito, organizados em grupos, com o homem não seria diferente, já vivíamos em grupo antes de sermos religiosos.
A falta de religiosidade não seria o fim da vida em sociedade porque inúmeros mamíferos vivem deste jeito, organizados em grupos, com o homem não seria diferente, já vivíamos em grupo antes de sermos religiosos.
Penso diferente.
Defendo que nossa crença em espíritos vem de observarmos a subversão da lógica, parece haver interferências alterando uma sequência natural de eventos.
Não consta que
nenhum outro animal na Terra além do homem seja religioso e no entanto todos
eles seguem suas vidas até morrer.
Convivo e
convivi com inúmeras pessoas que não frequentam igrejas, até falam que
acreditam em Deus, mas raramente fazem uma oração, são boas pessoas,
cumpridoras das suas funções, são tão decentes quanto qualquer "crente igrejeiro".
Tive contato com
ateus, não tenho como dizer que são pessoas desprezíveis, são até
bastante agradáveis porque não são tão moralistas, não tem assunto proibido.
Logo, essa
história que criamos a crença em espíritos por medo da morte não é observável,
não se sustenta.
Sapiens não inventaram a existência de espíritos, foram os primeiros inteligentes o bastante para os perceberem.
A humanidade não tem e não tinha necessidade de se pendurar em um apoio mental
chamado religião, mas se o apoio apareceu tiramos proveito.
No contato com "espíritos" obtivemos alguns resultados como proteção e instrução.
Uma mentira, uma
ilusão, não alcançaria a tantos por tanto tempo,
é improvável.
Eu acreditar que
posso voar não me fará voar, se eu pular pela janela irei me esborrachar no
chão.
Eu acreditar que um espirito me protege não me
fará ser protegido caso espíritos não existam.
Mais uma vez
ficamos diante daquela situação que comento tanto.
Os teístas (espiritualistas) deveriam ser muito inferiores aos ateus (materialistas).
Se a proteção que religiosos pensam que tem é só ilusão isso os tornaria menos adaptados e não melhor adaptados.
Se a proteção que religiosos pensam que tem é só ilusão isso os tornaria menos adaptados e não melhor adaptados.
Imagine dois
exércitos, um tem a ilusão que esta com colete a prova de balas e se arrisca
muito mais.
O outro exército
sabe que não tem proteção nenhuma então corre menos riscos.
A ousadia pode
fazer o imprudente exército religioso ganhar uma ou outra batalha, mas o
exército ateu muito mais prudente, muito mais ciente de suas limitações
ganharia a maioria das batalhas, venceria facilmente a guerra ideológica.
Veja um fato histórico:
A URSS desde 1922
tornou-se um Estado ateísta.
Em 1934, 28% das
igrejas ortodoxas cristãs, 42% das mesquitas muçulmanas e 52% das sinagogas
judaicas foram fechadas na URSS.
O ateísmo na URSS
era baseado na ideologia marxista-leninista.
Tal como o
fundador do Estado soviético, Lenin falou o seguinte sobre a URSS e as
religiões:
“A religião é o ópio do povo.
Este ditado de
Marx é a pedra angular de toda a ideologia do marxismo sobre religião.
Todas as modernas
religiões e igrejas, todos (…) os tipos de organizações religiosas são sempre
considerados pelo marxismo como órgãos de reação burguesa, usados para a
proteção da exploração e o assombro da classe trabalhadora."
O
Marxismo-leninismo tem defendido firmemente o controle, repressão, e, em última
análise, a eliminação das crenças religiosas.
Dentro de cerca
de um ano da revolução o estado expropriou todos os bens da Igreja, incluindo
as próprias igrejas, e no período de 1922 a 1926, 28 bispos Ortodoxos Russos e
mais de 1.200 sacerdotes foram mortos (um número muito maior foi objeto de
perseguição).
Wikipédia
Na
história da humanidade, antes do Sapiens passamos a maior parte de nossa
existência sem reconhecer a existência de espíritos e mesmo a percepção de
espíritos pelos Sapiens é algo “aparentemente” recente e coincidiu com uma
grande explosão tecnológica.
Na história
moderna as nações que pretendiam o ateísmo deveriam ser hoje o ápice da
evolução mental e tecnológica humana, mais uma vez isso não ocorreu.
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