O link não funciona mais, vou resumir
ao mínimo o conto.
Um pai chegando em casa vê uma raposa ao lado
do berço do filho.
Sem pestanejar mata a raposa com um golpe de
machado.
Ao remover o corpo do animal, percebe um
pedaço de cobra na boca.
No
canto do quarto encontrou o restante do réptil.
Entendeu que na verdade a raposa tinha
salvado o filho.
No que seu coração se encheu de dor e
arrependimento.
Moral da história:
Devemos confiar nas pessoas independente da má
fama que carregam.
Os comentários são daquele jeito...
Parece que o conto aconteceu de fato e com
certeza nos transmitiu uma “sabia” mensagem.
Lamentam a atitude do pai, ficam com dó da
raposa, dizem que vão confiar mais nas pessoas.
Analisando literalmente o conto:
Não sei de nenhuma raposa com instinto
natural para proteger bebês humanos.
Se fosse o cão da família poderia até ser, já
vi casos interessantes mesmo sendo rara exceção à regra.
O que mais acontece é a indiferença do cão ou
ele mesmo matar a criança.
Em uma história
mais dentro da probabilidade, a dedução mais plausível é que a raposa foi comer a criança, encontrou a cobra
que no momento representava perigo, matou a cobra, depois faria sua refeição.
O pai apareceu antes, por sorte da família e
azar da raposa.
E se usarmos esse conto como uma parábola para
relacionamentos humanos?
(Geralmente é o que se pretende com esse tipo
de “historinha”.)
Devemos confiar em uma pessoa independente do
que falam dela?
Não tenho como boa
essa atitude.
Se pessoas me dizem que um colega é caloteiro
considero a informação importante.
"Se" eu emprestar dinheiro para o
cidadão será pequena quantia, não vou me arriscar.
Já vi muita gente ter o nome no SERASA
porque foi ser legal com amigos e parentes que já se sabia não eram bons pagadores.
Por favor, busquemos o equilíbrio, evitemos o
radicalismo.
A “fama” que a pessoa carrega (boa ou má)
precisa ser levada em conta, mas não deve servir como único parâmetro de como
vamos agir ou tratar o indivíduo.
Para fechar a meditação falemos um pouco da “fama
boa”.
Pra você seu cão é o máximo, está com ele
desde de filhote, familiares e vizinhos também gostam dele.
Chega um estranho, você diz com segurança:
- “Pode
entrar, ele não morde.”
O cão ataca o estranho, lhe dá uma profunda
mordida...
Trazendo para as relações humanas.
Nos jornais é bem comum “cidadãos acima de
qualquer suspeita” serem presos por crimes.
Pedofilia, tráfico de drogas, estupradores,
ladrões, funcionários públicos corruptos ...
Por vezes a pessoa é “luz” na maioria das
coisas, mas seu lado "sombrio" quando revelado choca.
Moral é o conjunto de regras adquiridas através da cultura, da
educação, da tradição e do cotidiano, e que orientam o comportamento humano
dentro de uma sociedade.
Etimologicamente, o termo moral
tem origem no latim morales, cujo significado é “relativo aos costumes”.
Nos meus texto não tem “lições de moral”.
A moral é muito subjetiva, varia de acordo
com a cultura vigente.
Mas se quiser “sugestão” posso destacar duas.
1 - Analise com mais cuidado qualquer “historinha
motivacional” que te contarem.
2 – A fama da pessoa é uma
informação importante, não o retrato fidedigno da sua personalidade.
“Não posso ensinar nada a ninguém, só posso fazê-lo pensar.”
(Sócrates)
[“Se” a pessoa se dispuser a isso, se não, nem
Jesus na causa. 😏]
Comentarista: “Devemos confiar nos que falam dela?
William: No exemplo do texto (caloteiros) geralmente há evidências, pessoas que emprestaram e não receberam.
Qualquer “fama” (boa ou má) deve ser investigada ... caso isso possa nos afetar de algum jeito.
Ficar analisando tudo e todos com profundidade o tempo todo é “desperdício de energia”.