“Todo cargo tende a ser ocupado por um funcionário não
qualificado para desempenhar suas funções.”
Uma característica importante em um líder,
segundo minhas observações, é a capacidade de julgamento imparcial.
Por vezes sacrifica seus próprios interesses
em nome da eficiência na empresa ou empreitada.
Infelizmente essa característica que admiro
tanto em um líder, a capacidade de julgar com bom senso, não é a preferida pelas
empresas.
Os critérios na maioria das vezes são
pessoais, há uma “amizade” com a chefia imediata então seu nome é lembrado.
Fazer parte da panelinha certa é mais
importante que ser competente para chegar a um cargo de chefia.
O outro critério é
fruto de um pensamento linear, é esse que
destacarei nessa meditação.
😒 “Se o indivíduo é um excelente programador então será um excelente líder
dos programadores.”
Humm ... administração é uma arte complexa.
O excelente médico não é necessariamente um
excelente administrador de hospitais.
Um
advogado (só um exemplo) com bons conhecimentos médicos pode até ser um
administrador melhor.
O excelente jogador de futebol não é
necessariamente um excelente técnico de futebol.
Lembrei
agora do Falcão que jogou no Internacional, foi um jogador muito bom, mas nunca
convenceu ninguém como técnico.
(Não teve bons resultados)
Atualmente (2012) me parece que é comentarista na
Rede Globo.
Mais cedo ou mais tarde somos
confrontados com nossa incompetência.
Tem um ditado que pede para termos cuidado
com o que pedimos, pois pode acontecer.
Você deseja tanto ocupar um cargo de chefia,
pede tanto por isso e nem se pergunta o quanto tem talento para administração.
Só pensa em coisas como dinheiro, prestigio e poder.
É como o guitarrista que inveja o vocalista
da banda, faz de tudo para ocupar seu lugar, inclusive lhe causando
dificuldades, o cargo fica vago e o guitarrista descobre que ele como vocalista
é uma lástima, a banda deixa de fazer sucesso e todos saem perdendo.
Mais uma vez nos deparamos com a importância do
autoconhecimento.
Descobrir o que você gosta e o que não gosta,
descobrir suas incompetências e competências.
Uma
pessoa (em cargo de chefia) disse algo muito provocativo.
Era uma reunião, não seria elegante contesta-la.
Mas quase tudo que ela disse a seguir foi
irrelevante pra mim porque a base de sua argumentação “estava errada”.
(Evidente que o leitor não precisa concordar comigo, no Blog tem
espaço pra comentários, é só contra argumentar.)
👩🏻🦰 “Fazemos
bem aquilo que gostamos”.
Pessoas sem o perfil para determinadas
tarefas eram mantidas na posição simplesmente porque gostavam.
(E a
chefia gostava delas.)
Gostar de algo é suficiente para fazer bem?
Facilmente percebemos que não.
Gostar de cantar não significa
necessariamente ser bom cantor.
Gostar de futebol não o transforma em um
grande jogador.
Gostar de pintura não o transforma em um
grande pintor.
Gostar de ser chefe não torna necessariamente
alguém em líder eficiente.
Gostar de algo
não significa ter talento, perfil, para o que gostamos ... infelizmente.
Se você está comandando algo ... tome cuidado
com pensamento lineares.
O cargo de chefia exige “julgamento imparcial”
nas mais diversas situações que se apresentam.
Se você tiver que justificar sua decisão,
consegue fazer isso com bons argumentos?
A pessoa que está na liderança (ou deseja
estar) tem que treinar a visão holística (geral) das coisas.
Não dê o passo maior que as pernas para não
ser confrontado com sua incompetência ... virando uma célula maligna espalhando
estresse e ineficiência por toda empresa.
Gostar de fazer uma coisa não o torna apto a
realiza-la e a pressão pode ser tão grande que o salário que receber no final
do mês não compensa o estresse.
Percebam que a eficiência na empresa
(trabalho) depende de todos, mas a qualidade da liderança, nos mais diferentes níveis,
é fundamental.
Porque queremos (ou deveríamos querer) a empresa eficiente?
Em primeiro lugar para garantir nossos empregos.
Em segundo lugar para ter a possibilidade de
conseguir melhores salários e condições de trabalho.
Não dá pra tirar leite de pedra.
Se a
empresa for incompetente para se manter no Mercado, fecha.
Empresas grandiosas também quebram ...
"Mercado já esperava falência da Busscar em
Joinville
Espaço deixado pela fabricante a partir de 2008 foi ocupado rapidamente
pelas concorrentes
Referência principalmente no segmento de
ônibus rodoviários, do qual chegou a ter 40% do mercado em 2000, a empresa
fechou 2011, com uma participação de 0,2%.
O principal entrave à sobrevivência da empresa joinvilense era o pesado
endividamento.
A última lista de credores, divulgada em fevereiro, sinalizava
dívidas de R$ 869,3 milhões com instituições financeiras, fornecedores,
funcionários e ex-funcionários.
O valor não inclui o passivo tributário."
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