sábado, 3 de março de 2012

Empresa Ineficiente



  “Todo cargo tende a ser ocupado por um funcionário não qualificado para desempenhar suas funções.”  


  Uma característica importante em um líder, segundo minhas observações, é a capacidade de julgamento imparcial.

  Por vezes sacrifica seus próprios interesses em nome da eficiência na empresa ou empreitada.

  Infelizmente essa característica que admiro tanto em um líder, a capacidade de julgar com bom senso, não é a preferida pelas empresas.

  Os critérios na maioria das vezes são pessoais, há uma “amizade” com a chefia imediata então seu nome é lembrado.

  Fazer parte da panelinha certa é mais importante que ser competente para chegar a um cargo de chefia.

  O outro critério é fruto de um pensamento linear, é esse que destacarei nessa meditação.

  “Se o indivíduo é um excelente programador então será um excelente líder dos programadores.”

  Administração é uma arte complexa.

  O excelente médico não é necessariamente um excelente administrador de hospitais.
  Um advogado (só um exemplo) com bons conhecimentos médicos pode até ser um administrador melhor.

  O excelente jogador de futebol não é necessariamente um excelente técnico de futebol.
  Lembrei agora do Falcão que jogou no Internacional, foi um jogador muito bom, mas nunca convenceu ninguém como técnico.
  (Não teve bons resultados)
  Atualmente me parece que é comentarista na Rede Globo.

  Mais cedo ou mais tarde somos confrontados com nossa incompetência.

  Tem um ditado que pede para termos cuidado com o que pedimos, pois pode acontecer.
  Você deseja tanto ocupar um cargo de chefia, pede tanto por isso e nem se pergunta o quanto tem talento para administração.
  Só pensa no dinheiro, prestigio e poder.

  É como o guitarrista que inveja o vocalista da banda, faz de tudo para ocupar seu lugar, inclusive lhe causando dificuldades, o cargo fica vago e o guitarrista descobre que ele como vocalista é uma lástima, a banda deixa de fazer sucesso e todos saem perdendo.

  Mais uma vez nos deparamos com a importância do autoconhecimento.
  Descobrir o que você gosta e o que não gosta, descobrir suas incompetências e competências.


  Uma pessoa (em cargo de chefia) disse algo muito provocativo.
  Era uma reunião, não seria elegante contesta-la.
  Mas quase tudo que ela disse a seguir foi irrelevante pra mim porque a base de sua argumentação “estava errada”.

  (Evidente que o leitor não precisa concordar comigo, no Blog tem espaço pra comentários, é só contra argumentar.)

 👩 “Fazemos bem aquilo que gostamos”.

   Pessoas sem o perfil para determinadas tarefas eram mantidas na posição simplesmente porque gostavam.
   (E a chefia gostava delas.)

  Gostar de algo é suficiente para fazer bem?

  Facilmente percebemos que não.
  Gostar de cantar não significa necessariamente ser bom cantor.
  Gostar de futebol não o transforma em um grande jogador.
  Gostar de pintura não o transforma em um grande pintor.
  Gostar de ser chefe não torna necessariamente alguém em líder eficiente.

  Gostar de algo não significa ter talento/perfil para o que gostamos ... infelizmente.


  Se você está comandando algo ... tome cuidado com pensamento lineares.
  O cargo de chefia exige “julgamento imparcial” nas mais diversas situações que se apresentam.
  Se você tiver que justificar sua decisão, consegue fazer isso com bons argumentos?

  A pessoa que está na liderança (ou deseja estar) tem que treinar a visão holística (geral) das coisas.
  Não dê o passo maior que as pernas para não ser confrontado com sua incompetência ...virando uma célula maligna espalhando estresse e ineficiência por toda empresa.



  Gostar de fazer uma coisa não o torna apto a realiza-la e a pressão pode ser tão grande que o salário que receber no final do mês não compensa o estresse.

  Percebam que a eficiência na empresa (trabalho) depende de todos, mas a qualidade da liderança, nos mais diferentes níveis, é fundamental.

  E porque queremos a empresa eficiente?

  Em primeiro lugar para garantir nossos empregos.

  Em segundo lugar para ter a possibilidade de conseguir melhores salários e condições de trabalho.

  Não dá pra tirar leite de pedra.

  Se a empresa for incompetente para se manter no Mercado, fecha.
 
 Mercado já esperava falência da Busscar em Joinville
  Espaço deixado pela fabricante a partir de 2008 foi ocupado rapidamente pelas concorrentes
 Referência principalmente no segmento de ônibus rodoviários, do qual chegou a ter 40% do mercado em 2000, a empresa fechou 2011, com uma participação de 0,2%.
  O principal entrave à sobrevivência da empresa joinvilense era o pesado endividamento. A última lista de credores, divulgada em fevereiro, sinalizava dívidas de R$ 869,3 milhões com instituições financeiras, fornecedores, funcionários e ex-funcionários.
  O valor não inclui o passivo tributário.