quinta-feira, 18 de abril de 2019

Paulo Freire Filosofia


 

  "O truque da filosofia é começar por algo tão simples que ninguém ache digno de nota e terminar por algo tão complexo que ninguém entenda.”

   [Bertrand Russell - 1872 a 1970]

 

😊 Eu chamo de "truque da embromação filosófica".

  Gostei muito de ler Bertrand Russel por essa espirituosidade. 
  Diz algo engraçado, que tem muito de realidade.
  Eu que já li muitos pensadores vi bem isso.
  O individuo começa com uma boa base, algo provocativo.
  Depois parece que se perde e acredito que nem ele sabe mais o que esta defendendo.
  Claro, o cidadão pode estar certo, nós é que atingimos nosso limite de entendimento.
  Tipo a teoria da Relatividade de Einstein, quantos realmente entendem?
  Porem, os resultados mostram que ele esta mais certo que errado.



  Esse chiste de Bertrand me marcou muito.
  Me fez ter uma preocupação muito grande em me fazer entender.
  E descobri a profundidade desse pensamento.
  Em filosofia parece que as pessoas gostam de "não entender", consideram o pensador mais inteligente!!
  Como não gosto do "truque" citado por Bertrand vou tentar me fazer entender...😊
  
  Sabe aquelas séries tipo "Lost" que iniciam super interessantes, mas depois o roteiro se perde totalmente e visivelmente nem o autor sabe desfazer os nós da trama, começa a colocar qualquer coisa? 
  Eu paro de assistir.
  Mas tem gente que começa a imaginar uma inteligência muito superior dos roteiristas.
  



   Sem mais delongas...




  Paulo Freire "para mim" é um dos melhores exemplos do "truque da embromação filosófica".
  Vamos analisar.


  

 “O que caracteriza a nossa história é não reconhecer os indígenas, os negros, os pobres, os camponeses, os quilombolas, os ribeirinhos e os favelados como sujeitos humanos”.
   “Essa crença serviu, ao longo da história, como justificativa ideológica para que as classes dominantes escravizassem e espoliassem esses setores sociais.
  A partir de uma visão de que somos o símbolo da civilidade e os outros a expressão da selvageria, imoralidade.”

 
[Paulo Freire]



  No trecho acima está a síntese do seu pensamento.
  Em Filosofia é difícil simplesmente concordarmos ou não concordarmos.
  Na linha geral do raciocínio discordo de Freire, mas entendo o que ele quer dizer.
  No entendimento dele há uma classe dominante que escraviza/espolia todos os outros grupos.
  Escravizar todos sabem o que é.
  Espoliar é tirar algo de alguém por meio de fraude ou violência.

  A primeira coisa a fazer é identificar quem é essa “elite dominante”.

  Tirando todos os escravizados e espoliados podemos deduzir quem Freire classifica como elite dominante (a qual ele se inclui).

  Não são da elite:

Índios
Negros
Pobres
Camponeses
Quilombolas
Ribeirinhos
Favelados

  Por dedução lógica quem sobra do povo brasileiro é a tal classe dominante.

  Branco, morador em área urbana e rico.

  Quando eu penso em rico é alguém que tem muiiiito dinheiro.
  Em relação ao tamanho da população, fica um número reduzidíssimo de pessoas.
  Em 2018 temos oficialmente 42 bilionários.
  É difícil acreditar que por volta de 1950 em um Brasil predominantemente rural tivéssemos um número mais expressivo de ricos do que temos hoje.
  Silvio Santos e Paulo Leman são dois bilionários conhecidos, você nota alguma movimentação por parte deles para prejudicar nossa educação ou escravizar pobres!?

  Acredito que com pouca gente da elite para instigar o ódio, Paulo Freire e outros trataram de ampliar a base.
  Baixaram a régua para classe média. 

                                            

  “A partir de uma visão de que somos o símbolo da civilidade e os outros a expressão da selvageria, imoralidade.”

 

  O pai de Paulo Freire era capitão da polícia, sua mãe dona de casa.
  Com o passar dos anos Paulo Freire melhorou de vida, mas não tenho informações que tenha ficado “rico”.
  Porque estou reforçando isso?
  Leio muito na Internet que quando “esquerdistas” falam dos oprimidos incluem o pessoal da classe média.
  Até satirizam dizendo que quando falam de ricos a classe média pensa que estão falando dela.
  Então Paulo Freire seria mais um desses “iludidos”?
  O mesmo serve para Chico Buarque e tantos outros?

  Nessa meditação é importante ficar claro que por falta de ricos para culpar os esquerdistas começaram a culpar a classe média.

  Agora a elite dominante é branca, moradora da cidade, tem renda razoável.

  A “burguesia”, a classe a ser odiada.

  Freire sugere que a classe média e alta se sentem civilizadas e consideram as outras expressão da selvageria.

  Observe que todo discurso dele se baseia em instigar o ódio a qualquer família que tenha um padrão de vida mais alto, mas isso não basta, tem que provocar o confronto também entre brancos e não brancos, entre moradores das áreas urbanizadas e favelados, entre moradores da cidade
e do campo, entre indígenas e não indígenas...





  Para fechar a primeira parte dessa meditação.

  Por eu ser negro, pela divisão sugerida por Freire sou automaticamente um oprimido.
  Em verdade vos digo que não me sinto assim.
  Meu pai e minha mãe casaram cedo, tiveram muitos filhos, tinham pouco juízo financeiro.
  Minhas dificuldade na infância credito mais a irresponsabilidade de meus pais que qualquer outra coisa.
  Meu pai talvez influenciado pelas ideias de Freire e pensadores do tipo se sentia um oprimido, mas passou por boas empresas se não se fixou em nenhuma ... não sei como culpar alguma elite dominante por isso.

  Eu fui trabalhando, estudando, poupando ... não odiando ninguém e ... vivo bem.
 
  O índio pode gostar do modo de vida dele.
  O quilombola, ribeirinho, camponês, favelado ... do modo de vida deles.

  Porque não posso gostar do meu modo burguês de vida!?

  Eu William Robson realmente considero meu modo de vida mais civilizado/eficiente.
  Se eu achasse legal ser “ripe” eu seria.
  Se eu achasse legal ser “camponês” compraria um sitio.
  Se achasse legal morar em uma “comunidade” adquiriria um “barraco”, de certo é bem mais fácil que comprar um apartamento bem localizado.

  Quando Paulo Freire fala em melhorar a educação o que espera que aconteça!?
  Que o índio continue a viver como seus antepassados mais distantes?
  Então para que estudar coisas de homem branco!?

  Paulo Freire foi considerado subversivo não pelas suas qualidades como educador, mas por promover essa ideologia instigando as pessoas a luta de classes, uma característica marcante de qualquer comunista.


   

  “Não basta saber ler que 'Eva viu a uva'.
   É preciso compreender qual a posição que Eva ocupa no seu contexto social, quem trabalha para produzir a uva e quem lucra com esse trabalho.”

  [Paulo Freire]

 
  Quando vi minhas filhas lendo as primeiras palavras foi com muita alegria.
  No ensino fundamental me basta sim que as crianças saibam juntar bem as letras e entender o que está explicitamente escrito.
  Eva viu a uva.
  O que espero que a criança entenda?
 
  Uma mulher de nome Eva viu a fruta uva.
 
  A FAMÍLIA EDUCA, se o pai e a mãe querem falar do personagem bíblico Eva e passar valores cristãos ... tudo bem.
  Se a família camponesa quer falar de como cultivar uvas ... tudo bem.
 
  A ESCOLA ESCOLARIZA, me preocupa quando o professor deixa de priorizar gramatica, matemática, geografia ... para pregar ideologias.
 
  “É preciso compreender qual a posição que Eva ocupa no seu contexto social, quem trabalha para produzir a uva e quem lucra com esse trabalho.”
 
  Se Eva for branca, morar na cidade e tiver renda razoável é opressora ... Geeeesuiiiiis!



 
Nota:  Como Eva sugere um nome feminino, pode ser uma oprimida pelo simples fato de ser mulher.
  Paulo Freire tornou a profissão de professor extremamente complexa, apenas “einsteins” são capazes de lecionar nesse nível.
  Uma educação mais elitizada ... impossível.

  

  












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