Uma
premissa da Biologia é que as espécies procriam mais quando encontram condições
favoráveis.
A Revolução
Industrial ocorreu por volta de 1800, uma evidência de que ela tornou as
condições mais favoráveis a espécie humana é que no século XIX, a população europeia cresceu duas vezes e meia.
Isso antes da
grande revolução na medicina que foi o desenvolvimento dos antibióticos.
Surgiram em 1928,
mas se tornaram acessíveis a maioria uns 20 anos depois.
[Guarde essa informação, ela é a chave dessa
meditação]
“A
imigração italiana no Brasil foi intensa, tendo como ápice a faixa de tempo
entre os anos de 1880 e 1930.
A
maior parte dela se concentrou na região do estado de São Paulo.
Os
italianos começaram a imigrar em número significativo para o Brasil a partir da
década de 1870.”
[Wikipédia]
Muitos gostam de
comparar as imigrações do passado com as de agora, acontece que a humanidade
mudou demais.
Vou dar dois
exemplos os quais considero mais significativos.
Em 1900 a
população brasileira que se conseguia contar não chegava a 20 milhões.
(Hoje somos mais de 200 milhões)
Uma dedução óbvia
é que havia muito espaço para ser ocupado.
Uma
premissa básica do Capitalismo é a oferta e procura.
Muita oferta de
terra e pouca gente para ocupar ... o preço vai lá em baixo.
Dependendo do
lugar e da situação era até de graça para estimular a ocupação do território.
O Italiano que
tivesse algumas economias conseguia uma propriedade razoável.
E as condições de
moradia?
O Estado não
tinha nenhuma obrigação de fornecer, água encanada, rede de esgoto, eletricidade
... cada um se virava como podia.
Logo, a primeira grande
mudança é a falta de espaço generalizada em um planeta com 7 bilhões de
humanos.
As regiões mais habitáveis
já estão apinhadas de gente.
Por uma questão
de desequilíbrio ecológico convém evitar continuarmos desmatando florestas.
A segunda grande
mudança não dá nem para destacar alguma premissa, ela foi acontecendo diante do
desejo de tornar a humanidade mais “igualitária”.
Isso no geral foi
bom, “eu” considero uma grande evolução.
Observo que
estamos em um processo de ajustes.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos surgiu em
1948, numa humanidade traumatizada pela Segunda Grande Guerra.
Uma das consequências
é que:
O imigrante agora deve ser recebido com toda pompa e
toda glória sem restrições.
[Claro que estou exagerando para tentar me fazer entender]
O
Estado/Sociedade que tinha pouquíssimas obrigações em 1900, agora tem que
providenciar comida, abrigo, assistência médica, segurança, trabalho, escola, ensinar
até o idioma...
Em um resumo
simplificado.
No passado o imigrante vinha e
se virava para se estabelecer no país.
Hoje o imigrante vem e o país que se vire
para acolhe-lo da melhor forma possível.
Por vezes tendo
que dar vantagens que nem o cidadão nascido no próprio país tem.
NÃO!
Não estou
propondo uma volta ao passado.
Apenas estou demostrando
que os tempos são outros.
Precisamos de
ajustes com bases mais reais e menos utopias “igualitaristas”.
Se hoje em dia temos que receber o imigrante lhe concedendo muitos benefícios sociais é justo que pelo menos decidamos que tipo de imigrante queremos receber.
Agora falta espaço, o dinheiro dos impostos não tem sido suficiente para garantir tantos direitos e há uma importante preocupação ecológica.
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