quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Italianos


  Uma premissa da Biologia é que as espécies procriam mais quando encontram condições favoráveis.
  A Revolução Industrial ocorreu por volta de 1800, uma evidência de que ela tornou as condições mais favoráveis a espécie humana é que no século XIX, a população europeia cresceu duas vezes e meia.
  Isso antes da grande revolução na medicina que foi o desenvolvimento dos antibióticos.
  Surgiram em 1928, mas se tornaram acessíveis a maioria uns 20 anos depois.
  [Guarde essa informação, ela é a chave dessa meditação]

 “A imigração italiana no Brasil foi intensa, tendo como ápice a faixa de tempo entre os anos de 1880 e 1930.
  A maior parte dela se concentrou na região do estado de São Paulo.
  Os italianos começaram a imigrar em número significativo para o Brasil a partir da década de 1870.”
[Wikipédia]

  


  Muitos gostam de comparar as imigrações do passado com as de agora, acontece que a humanidade mudou demais.
  Vou dar dois exemplos os quais considero mais significativos.

  Em 1900 a população brasileira que se conseguia contar não chegava a 20 milhões.
  (Hoje somos mais de 200 milhões)
  Uma dedução óbvia é que havia muito espaço para ser ocupado.

  Uma premissa básica do Capitalismo é a oferta e procura.

 Muita oferta de terra e pouca gente para ocupar ... o preço vai lá em baixo.
  Dependendo do lugar e da situação era até de graça para estimular a ocupação do território.
  O Italiano que tivesse algumas economias conseguia uma propriedade razoável.
  E as condições de moradia?
  O Estado não tinha nenhuma obrigação de fornecer, água encanada, rede de esgoto, eletricidade ... cada um se virava como podia.

  Logo, a primeira grande mudança é a falta de espaço generalizada em um planeta com 7 bilhões de humanos.

  As regiões mais habitáveis já estão apinhadas de gente.
  Por uma questão de desequilíbrio ecológico convém evitar continuarmos desmatando florestas.



  A segunda grande mudança não dá nem para destacar alguma premissa, ela foi acontecendo diante do desejo de tornar a humanidade mais “igualitária”.
  Isso no geral foi bom, “eu” considero uma grande evolução.
  Observo que estamos em um processo de ajustes.
  A Declaração Universal dos Direitos Humanos surgiu em 1948, numa humanidade traumatizada pela Segunda Grande Guerra.

  Uma das consequências é que:

  O imigrante agora deve ser recebido com toda pompa e toda glória sem restrições.
  [Claro que estou exagerando para tentar me fazer entender]

  O Estado/Sociedade que tinha pouquíssimas obrigações em 1900, agora tem que providenciar comida, abrigo, assistência médica, segurança, trabalho, escola, ensinar até o idioma...

  Em um resumo simplificado.

  No passado o imigrante vinha e se virava para se estabelecer no país.

  Hoje o imigrante vem e o país que se vire para acolhe-lo da melhor forma possível.

   Por vezes tendo que dar vantagens que nem o cidadão nascido no próprio país tem.

  NÃO!
  Não estou propondo uma volta ao passado.
  Apenas estou demostrando que os tempos são outros.
  Precisamos de ajustes com bases mais reais e menos utopias “igualitaristas”.

  Se hoje em dia temos que receber o imigrante lhe concedendo muitos benefícios sociais é justo que pelo menos decidamos que tipo de imigrante queremos receber.
  Agora falta espaço, o dinheiro dos impostos não tem sido suficiente para garantir tantos direitos e há uma importante preocupação ecológica.









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