quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Você é Minha




  “A dança é uma expressão perpendicular de um desejo horizontal.”
   (Bernard Shaw)

  Dançar com várias pessoas em uma festa culturalmente não tem nada de mais, transar com várias ... é outro tipo de festa não tão bem aceita culturalmente.

  A palavra chave dessa meditação é CULTURA.    
  (Naquele sentido de tradição)

   Uma das coisas que mais nos dá prazer, eleva nossa autoestima, é sermos desejado pelo sexo oposto.
  Freud dizia que a mulher tem inveja do pênis do homem, eu não concordo.
  A mulher (no geral) gosta de ser mulher, não tem inveja do homem, ela tem inveja de uma mulher mais gostosa que ela, que é mais assediada pelo sexo oposto.

  Nós homens também (no geral) somos assim.
  Quem se sente confortável quando chega um “bonitão” no pedaço?
  A mulherada fica em êxtase e nós como se fossemos invisíveis.

  Nessa situação, tanto para homens quanto para mulheres é “deselegante” demonstrar inveja.
  Não é culturalmente bem aceito, então disfarçamos das mais variadas formas.
  Procuramos defeitos morais ou físicos para desprestigiar aquele “centro das atenções”.
  Todo esse processo nem sempre é “consciente”.

  Aqui vou destacar dois pontos os quais acredito que todos concordamos.


1 – Gostamos de ser desejados/admirados/ ser o centro das atenções.

2 – Nos policiamos para agir de maneira culturalmente aceitável.


  Desse ponto de partida podemos filosofar sobre os mais inúmeros temas, mas o foco aqui é:

  Mulheres que se apaixonam por homens agressivos.

  Culturalmente há grande diferença entre uma mulher ser assediada e um homem ser assediado.
  (Por favor, nessa meditação esqueça “feminismo e machismo”.)
  Se uma moça interessante chega em um homem “desimpedido” ele é quase obrigado a dizer sim.
  Se um homem interessante chega em uma moça “desimpedida” ela é quase obrigada a dizer não.
 (As coisas estão mudando, mas ainda tradicionalmente é assim.)

  A iniciativa é do homem, a mulher não deve dizer sim de pronto, no máximo um talvez.

  Vamos a uma ilustração mental ... para homens.

  Uma das bonitonas da empresa não dá bola pra você e claro que você fica na sua, só admirando a paisagem.
  E se ela começa a te assediar?
  Vamos inverter o padrão cultural.
  Nós homens temos que nos fazer de difíceis, não dizer sim a primeira investida.
  A bonitona tenta uma vez, você diz não, ela nunca mais toca no assunto.
  Dá uma certa decepção.
  A bonitona não te desejava tanto a ponto de insistir mais um pouco.

  E se a bonitona for mais “agressiva, determinada”?

  Ela não desisti, está muito a fim de você a ponto de fazer quase qualquer coisa para te possuir.
  As pessoas a sua volta até pedem para você dar uma chance a ela.

  Percebe?
  Você queria dizer sim já na primeira investida, mas esperou até ser culturalmente aceito.

  Percebi que na mente humana tudo tem um ponto de partida biológico-genético e/ou cultural-social.

  Acredito que se meditarmos bastante sobre tudo que ocorre podemos ter relações mais “maduras”.

  Se a moça sente atração por alguém que a convida pra sair ... porque não dizer sim já de cara!?
  Porque mantermos essa tradição da iniciativa ter que ser do homem?

  Mas a parte mais difícil é esse prazer intenso que tantos sentem em ser desejados loucamente.

  Conheci vários homens que reclamam da mulher ser ciumenta, mas é justamente isso que os prende a elas.
  Ela o arranhou todo, rasgou sua roupa, deu uns tapas nele ... tudo por ciúmes.
  A mulher o deseja loucamente e isso coloca sua autoestima lá em cima, se vier a público fica melhor.

  Como ele sofre nas mãos daquela mulher que o sufoca ... ô dó.

  O homem que bate na mulher, geralmente a desculpa é ciúmes.
  Ela é só dele e de mais ninguém.
  Entendam que no começo a moça está apaixonada, toda aquela possessividade é tudo de bom.

  "Ele me quer mais que tudo ... que lindo."



  E assim a vida vai caminhando.

  O ponto de partida pode ser “romântico”, mas o caminho seguido pode levar para obsessão, possessividade.

  O que é “lindo” hoje pode caminhar rapidamente para “monstruosidade”.

  Na vida, quando se trata de comportamentos, não tem respostas fáceis.
  Observe para onde seu relacionamento está caminhando e decida se vale a pena continuar nesse caminho ou precisa de uma reavaliação da rota.

 

  

  “Uma vez descoberto, o ciúme passa a ser considerado por aquele que é objeto dele como uma desconfiança que autoriza a enganar”.

  (Proust)

 

 ➥Sobre o Ciúmes

 

 

 


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