E perguntou-lhe um certo príncipe, dizendo:
"Bom Mestre, que hei de fazer para herdar a vida eterna?"
Jesus lhe disse:
Por que me chamas bom?
Ninguém é bom, senão um, que é Deus.
Sabes os mandamentos:
Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não dirás falso testemunho, honra a teu pai e a tua mãe.
E disse ele:
"Todas essas coisas tenho observado desde a minha mocidade."
E quando Jesus ouviu isto, disse-lhe:
Ainda te falta uma coisa; vende tudo quanto tens, reparte-o pelos pobres, e terás um tesouro no céu; vem, e segue-me.
Mas, ouvindo ele isto, ficou muito triste, porque era muito rico.
E, vendo Jesus que ele ficara muito triste, disse:
E, vendo Jesus que ele ficara muito triste, disse:
Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas!
Porque é mais fácil entrar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus.
Um colega (de Internet) bastante evangélico, quis dar uma ajeitadinha nessa passagem dizendo que Jesus se referiu especificamente a aquele príncipe.
Mas o texto deixa claro que é difícil para qualquer rico ser salvo.
Lembrei que esse mesmo colega certa vez havia reclamado do tanto de Imposto de Renda que tinha que pagar.
É um dentista bem sucedido, se ganhasse pouco seria isento.
Perguntei porque ele não pegava seus bens e dividia igualmente com os mais pobres?
Até hoje não me respondeu.😏
Ou seja:
Na mesma situação do Príncipe, o “Luiz Alberto” não se desfaria de todos os seus bens.
Qualquer cristão que defende essa passagem como um grande momento filosófico, doutrinário, de Jesus deveria se desfazer de todas as suas posses, viver com o básico do básico.
Porque arriscar a bênção da salvação “acumulando” bens materiais” !?
Saindo um pouco da pregação de Jesus...
Gosto do “Capitalismo” porque ele incentiva a pessoa a manter seus bens, isso não nos impede de sermos caridosos, na verdade até possibilita que sejamos.
Como pode ajudar alguém se não tem nem pra você!?
Rico não dá para todo mundo ser, mas nos países desenvolvidos a classe média é predominante, a vida é bem razoável.
Na minha família “evangélica” não tem rico, mas meus irmãos tem posses razoáveis de classe média, não entendo porque não distribuem o excesso para os mais pobres que eles, afinal estão “garantindo” um tesouro bem maior no céu, não é isso que conta?
Passe em frente a qualquer igreja e você verá muitos carrões, uma cidade como Campinas é razoavelmente bem servida de ônibus, o evangélico manter carro é um luxo que deveria ser destinado ao auxílio dos mais pobres.
A Igreja Católica me parece mais coerente (ou foi) com a pregação de Jesus ... nessa passagem do “camelo e agulha”.
Por muito tempo condenou o lucro.
(Atualmente não está bem claro seu posicionamento quanto a isso).
A INSTITUIÇÃO é rica, mas os padres não tem grandes posses.
Veja um Marcelo Rossi, poderia ser milionário, no entanto praticamente tudo que tem é da Igreja.
Alguns dizem que o Papa vive como Rei, mas nada ali é dele, tudo é da instituição.
O mesmo não podemos falar de RR, Silas Malafaia ou Edir Macedo.
Por não concordar com Jesus na passagem em destaque ... prefiro as atuais Teologias da Prosperidade porque combatem esse ranço de pobreza que acompanha a humanidade por séculos.
Eu até entendo a decepção do tal Príncipe com a pregação de Jesus.
Se Jesus era tão sábio e poderoso deveria apresentar formas de melhorar a qualidade de vida de seu povo, NÃO convidar a todos para um voto de pobreza.
Se a riqueza do homem rico surgiu de sua “boa sorte” então ele ser rico foi a vontade de Deus.
Salomão, Davi, Jacó, Jó, Abraão...eram ricos.
Se a riqueza foi fruto do trabalho dele ou de seus pais, porque distribuí-la de graça a quem não teve o mesmo trabalho?
Já pensaram se a plataforma de um candidato à presidência fosse dar nossa riqueza para o Paraguai ou Bolívia porque são mais pobres que nós, será que a bancada evangélica aprovaria isso?
Lula já cedeu nossas refinarias para Evo.
Evidente que não deveríamos ir à guerra por conta disso, o prejuízo seria muito maior.
Apenas estranhei sua passividade diante do ocorrido.
Mais tarde o próprio Lula confessou que foi conivente com a situação:
Sei lá!
Ao invés de simplesmente distribuir nossas riquezas com os mais pobres é preferível tornar nossa economia ainda mais poderosa levando também mais prosperidade para os países que fazem fronteira com a gente.
É isso que se espera de uma liderança eficiente, que nos conduza por caminhos de paz e abundância.
Fico imaginando a cara da minha esposa eu chegando para ela e dizendo:
“Metade do meu salário é o suficiente para mantermos nossa casa e não passarmos fome, a outra metade darei tudo para a igreja ou para um vizinho mais necessitado.”
Vocês acham realmente que minha esposa ficaria radiante de felicidade?
(Ela é evangélica)
Encerrando essa meditação...
Observem que por todos os ângulos que vemos, do individual ao coletivo, é muito “bonito”, “politicamente correto” exaltar Jesus e criticar o príncipe nessa passagem.
Mas porque uma pregação nos soa bonita, não significa necessariamente que seja a mais certa.
Jesus nem ao menos foi original, apenas surfou na onda de muitos outros que nasceram antes dele.
Sócrates era totalmente despojado de bens materiais.
Epicuro condenava o DESEJO, o LUCRO.
Gurus indianos faziam verdadeiras odes à pobreza.
Paremos por aqui, peço apenas que você que se diz tão cristão medite sobre a passagem Bíblica colocada no início do texto.
Deduções:
a) Se você é bem pobre e não tem praticamente nada, não há razão para lutar e conseguir coisas porque ao consegui-las terá que dar aos mais pobres.
b) Se você é cristão e tem uma vida com razoável quantidade de bens ... está em erro, doe o máximo que puder a quem tem menos.
c) Se você luta por adquirir bens e não distribui o excesso dos bens que tem...é como a maioria dos crentes que conheço, falam mal dos outros, julgam pessoas como o homem rico da história como não sendo merecedoras das bênçãos dos céus e nem percebem que agem ainda mais mesquinhamente.
“Olham o cisco no olho vizinho e não percebem a TRAVE no seu próprio olho!”
Jesus disse que é difícil um rico ser salvo, NÃO impossível.
Um camelo passar pelo fundo da agulha (aquela de costura) é impossível.
Mas agulha era aquela passagem estreita existente nas muralhas.
Facilitava a circulação de pessoas e dificultava a invasão de algum exército.
Um camelo passava por ela, mas sem levar carga.
Um camelo passar pelo fundo da agulha (aquela de costura) é impossível.
Mas agulha era aquela passagem estreita existente nas muralhas.
Facilitava a circulação de pessoas e dificultava a invasão de algum exército.
Um camelo passava por ela, mas sem levar carga.
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