CRIANÇA POBRE

O governo sancionou uma lei que reserva 50% das vagas em universidades federais para negros e alunos de escolas públicas.

  Na sua opinião, as cotas:

  [Questões Revista Veja]

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a) Corrigem injustiças históricas.

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   A Justiça tem um tempo certo para acontecer depois só resta cuidar para que a injustiça não volte a ocorrer.

  Reparar uma injustiça ocorrida há muito tempo atrás geralmente só provoca mais injustiça.

  Os negros africanos trazidos para o Brasil foram capturados por seus próprios conterrâneos.

  Como não dá para cobrar dos mortos quem acaba arcando com a reparação é quem está vivo hoje...não faz sentido.

  A escravidão foi abolida há muito tempo não tem sinais que irá voltar estamos nos prevenindo de quê!?

  Devemos ter boas escolas para todos e não para uma raça em especial.

  O garoto branco que nasceu pobre não pode ser discriminado em nome de um passado que ele não participou.

  Pensem bem, temos uma grande miscigenação, o menino branco hoje pode muito bem ter tido um ancestral negro que sofreu discriminação, ficamos com esse paradoxo onde “geneticamente” uma pessoa pode ser discriminada duas vezes, no passado por ter sido negra e no presente por ser branca!!!

  “O menino loiro pobre, perder uma vaga para o menino negro pobre usando como critério a cor é uma IMBECILIDADE.” 

☛ [Repense]

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b) Aceleram a redução da desigualdade social, mas deveriam ser temporárias, para não comprometer o nível das universidades.

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    Já que as cotas foram aprovadas um jeito de amenizar a injustiça contra a criança branca pobre seria que fosse uma medida temporária de 10 ou 15 anos.

  Mais pais negros com formação universitária poderiam incentivar seus filhos a buscar mais estudo criando um círculo vicioso no bom sentido.

  De qualquer forma só os vivos (que não tem nada a ver com a época da escravidão) vão pagar a conta, por 10 ou 15 anos discriminaremos milhares de crianças brancas pobres.

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c) São até justificáveis para os estudantes de escola pública, que não podem pagar para estudar.

  Mas as cotas para negros e índios apenas acirrarão o racismo.

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  Não quero falar de racismo isso só complica a questão, meu foco é na INJUSTIÇA.

    Criança negra pobre, criança indígena pobre, criança loira pobre, criança parda pobre...

    O que se repete nessa equação é CRIANÇA POBRE.

    Com esse denominador comum qualquer privilégio que dermos a qualquer raça é discriminação com as demais, se um erro ocorreu no passado não vejo motivos para repeti-lo no presente.

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d) Abrem caminho para que, mais tarde, quem estudou beneficiado por cotas sofra preconceito como profissional. Se tiver escolha, todo mundo vai preferir ser operado por um cirurgião que entrou na faculdade pelas notas a ser tratado por outro aprovado com base na cor da pele.

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  Esse item merece um texto, talvez um dia eu escreva, mas hoje vou apenas resumir.

  No diploma não vem carimbado que alguém entrou por cota e não é o tipo de pergunta que alguma empresa irá fazer.

  Um formado pela Unicamp... é um formado pela Unicamp.

  Se o aluno teve mais dificuldade para aprender ser médico não importa; importa que ele APRENDEU SER MÉDICO.

  É a velha história:

  O que pesa mais, um quilo de algodão ou um quilo de chumbo?

  Exercer bem uma profissão depende muito de ☛TALENTO.

  Um aluno pode estar mais preparado para prestar o vestibular, mas não ser o mais apto para exercer a medicina.

  Isso serve para qualquer profissão.

  Já vi muito pedreiro colocando engenheiros no chinelo, o pedreiro teria sido um excelente engenheiro, mas não teve oportunidade ... foi uma criança pobre.

  De que cor?

  NÃO IMPORTA, perdemos um excelente engenheiro isso sim importa.