domingo, 20 de maio de 2012

CAPITALISMO de EQUILÍBRIO

  “Não há excesso de liberdade se aqueles que são livres são responsáveis.
  O problema é liberdade sem responsabilidade.”
   [Milton Friedman]

    “Partido de Ângela Merkel sofre derrota histórica em pleito regional alemão.
    A mensagem dada nas urnas é semelhante a de eleitores na França e Grécia, que rejeitaram políticos que defendem a austeridade fiscal.”

    Tem aquele ditado que a voz do povo é a voz de Deus... espero que não porque a massa é medíocre.
  Não entenda essa palavra em seu sentido pejorativo, uma pessoa "pouco inteligente".
  Ser medíocre em uma atividade  é estar na "média" não se destacar com algo criativo/engenhoso, não ver alem.
  Você pode ser medíocre em português e "genial" em matemática.
  Pode ser medíocre na arrumação da casa e genial na cozinha.
  Somos medíocres na maioria das coisas e nos destacamos em outras.
  Dito isso...

  A maioria é medíocre quando se trata de economia, filosofia e politica.
  As grandes melhorias na humanidade acontecem a partir de grandes pensadores, grandes ESTADISTAS, o progresso não vem da massa, do povão (em termos intelectuais).

   Na Democracia a vontade da maioria dita os caminhos da nação.
  O papel dos "pensadores mais habilidosos" é justamente apontar/convencer a maioria de qual é o melhor caminho.
  O problema é que ser um pensador habilidoso (acima da média) não torna ninguém dono da verdade.
  Você pode ser um excelente motorista e mesmo assim estar indo na direção errada.

   Sou um pensador habilidoso, vou tentar te convencer da necessidade da austeridade fiscal, no final você decide se estou certo ou errado.

   A “austeridade fiscal” (não gastar mais do que arrecada) é a melhor coisa que os países desenvolvidos podem fazer para continuarem desenvolvidos.

  O que a massa alemã, francesa, grega ... não esta vendo e eu sim?

      A população alemã e da maior parte da Europa está diminuindo.


 “O continente europeu tem experimentado nas últimas décadas uma queda expressiva do número de nascimentos.
  A queda da natalidade na Europa é resultado de diversos fatores e reflexo das condições socioeconômicas e educacionais da maior parte dos países europeus.
  O declínio dos nascimentos fez com que os países europeus alcançassem taxas de natalidade tão baixas que impossibilitaram a manutenção de seu atual nível populacional.”

  O que irei escrever nesse texto possivelmente você não leu em lugar algum, que eu saiba ninguém nunca escreveu sobre isso, mas antes de mais uma vez me achar um grande idiota, limpe sua mente, me dê ao menos o beneficio da duvida.
  Para ficar interessante vamos simular um dialogo entre meus amigos Sócrates e Platão:

S -  Porque precisamos que a econômica cresça?


P
  Cada um tem uma opinião.
  A maioria acredita que a economia precisa crescer para GERAR EMPREGOS. 

S -  Gerar empregos para quem?


P
Para os jovens que estão chegando ao mercado de trabalho.

S -  Mas esses jovens que chegam podem ocupar o lugar dos velhos que estão se aposentando, saindo do mercado de trabalho. 

  Logo, para disponibilizar empregos aos jovens não precisamos que a economia cresça.

P – 
  Acontece que historicamente, principalmente depois da Revolução Industrial, nascem muito mais pessoas do que morrem, como a população cresce a economia tem que crescer para gerar mais empregos.

S – A economia tem que crescer porque a população cresce?

P – 
Sim.

SA população japonesa diminuiu no ano de 2011 na mesma velocidade da era pós- guerra. 

  O declínio, calculado pela dedução do número de mortes em relação aos nascimentos, veio de uma estimativa de 204 mil."
     Pelo que você me expôs a economia do Japão não precisa crescer?

P – 
Me parece que não.

S “BERLIM - O número de menores de 18 anos na Alemanha, o país mais povoado da União Européia, diminuiu 2,1 milhões na última década” 

  E a economia da Alemanha precisa crescer?

P – 
Também me parece que não.

S Me parece que esses países que já alcançaram um elevado padrão de vida ao invés de continuarem perseguindo um crescimento sem sentido, uma situação utópica onde todos podem ser ricos, deveriam zelar pelo equilíbrio das contas publicas [austeridade fiscal], manter os empregos já existentes e a qualidade de vida.


P – 
  É próprio da maioria dos humanos querer sempre mais, a humanidade ainda não tem a cultura do EQUILÍBRIO.

S -  Japoneses e Alemães podem buscar crescimento  onde é possível, nos inúmeros países em desenvolvimento, que ainda não tem boa qualidade de vida, é importante que as empresas mantenham os empregos em seus países de origem e criem novos empregos nos países em desenvolvimento.


P – 
Me parece sábio.

S -  Filosoficamente é pouco eficiente aplicarmos a mesma solução para situações diferentes?


P – 
É, situações diferentes sugerem soluções diferentes.

S – Os povos desenvolvidos poderiam buscar um CAPITALISMO de EQUILÍBRIO e os em desenvolvimento um Capitalismo de Crescimento?


P
Nunca pensei sobre isto, mas me parece lógico.

S -  Me parece LÓGICO também.







   Espero que os europeus estejam com a mente aberta para o Novo Capitalismo de Equilíbrio.
  Se não o povão ao menos os grandes Estadistas Pensadores.
  Boa sorte a futura geração!




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3 comentários:

turbilhão 949,de bom dia ao sr.! disse...

Que aler(gria) !!!

Depois de um tempo me sentindo defasada,já começo a me ver menos fora do mundo,agora.(devido às leituras,desses meses)

Mais tarde,vou reler seus textos de hoje,e de ontem,para replicar.

É. (hehe!)

No começo da crônica,vc conseguiu ser o dr.Sócrates,com perfeição.
No final,voltou a ser o sr.William.(haha!)
Não sei onde li que ele foi um "doente mental do bem".
Ele teve(?) segundo a especulação de quem escreveu o artigo,uma inversão em suas divisões personalísticas- conforme o sistema do freudianismo.
O Id estava no lugar do Superego.(então ele era corajoso, uma vez que o Id é o "reino dos instintos")
O Superego ocupava o Id.(o Daemon o acompanhou por quase toda a vida)

Na velhice, ele "se curou".
O Superego e o Id recuperaram suas funções.
Aí,ele parou de ouvir a voz do daemon.

Isso,não reflete minha opinião,naturalmente- mas é uma teoria sui-gêneris.

Um bom domingo a todos.
Hoje,vai ter festa no templo budista- e eu irei.

°°°°°°°°°°°°

William Robson disse...

OBAMA:

“O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pressionou os líderes europeus para amenizarem a austeridade fiscal e se concentrem no crescimento econômico, no encontro realizado neste sábado com a cúpula do Grupo dos Oito,” [O Globo]
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Obama não esta preocupado com o futuro econômico da Europa.
Os governos Europeus abrindo a torneira do dinheiro, produtos americanos serão comprados aquecendo a economia daquele país.
A economia Americana aquecendo neste momento garante uma reeleição tranqüila para Obama.
Obama não esta sendo ESTADISTA esta pensando só no seu projeto PESSOAL de se manter no poder a qualquer custo.
Muito dinheiro já foi despejado, o impacto mais negativo da crise foi evitado, agora é hora de equilibrar as contas.
Para o Estados Unidos o resultado de abrir as torneiras é menos ruim porque é um único país, todos colhem o “bem e o mal”, o positivo e o negativo” desta ação que pelo poderio do dólar é diluída com o mundo inteiro.
Com a Europa é diferente, é um bloco com vários países, o país inocente vai pagar pelo país pecador que continuará pecador, ou todos caminham para o equilíbrio das contas ou será um salve-se quem puder com resultados que dificilmente serão satisfatórios para europeus. Chineses e Americanos serão os grandes PREDADORES.

http://oglobo.globo.com/economia/obama-pressiona-por-menos-austeridade-mais-crescimento-4945930

Encrenca 895,texto principal disse...

Antes de começar a réplica,quero dizer que li os comentários sobre notícias de jornal,aqui,e nos espaços anteriores.
Concordei com todos os seus pontos de vista.
Também reli ontem,no ônibus,o "texto em destaque" e vi que eu estava errada.
(hahaha!)

Em nenhum momento,dr.Sócrates,se transformou em sr.William.
Vc soube interpretá-lo com perfeição.
O Platão sim- é que ficou "willianizado".
Gostei da história,mas tem uma coisa da qual discordei,ou melhor,tem uma coisa que não é fácil quanto parece.

Os países "mais velhos e experientes" vão querer continuar crescendo economicamente.
Isso,porque eles esperam voltar a aumentar o contingente populacional.
Nunca uma pessoa,ou um grupo,deixa de esperar por isso.
Todos vivem- direta,ou remotamente,girando em torno da idéia da sua própria perpetuação.

Assim como houve um terremoto em Minas Gerais,cujo relevo parece seguro,assim como os vulcões podem rejuvenescer,quem garante que europeus,e japoneses,não vão começar a "crescer e se multiplicar" de novo?

Então,por via das dúvidas,eles continuarão correndo riscos econômicos.

Uma boa manhã ao sr.
Vou meditar,agora.