sábado, 5 de maio de 2012

Deuses Cientistas

  Do texto anterior, Nascer no Pecado, recebi vários comentários, separei três bastante provocativos.
  Dois são da Nihil e um da “Gratidão”.
  (É assim que se denomina a autora do Blog Sombra do Onipotente.)

👩 - O "fruto do conhecimento do bem e do mal" pode ser uma alegoria indicando o aumento do "quociente de inteligência".
[Nihil] 

  Pode ser uma simbologia para o momento que ocorreu um up grade no cérebro humano.
  Uma experiência alienígena bem sucedida?
  Nós sapiens ficamos mais inteligentes, mas isso traz no bojo conflitos existências, conhecimento do bem, do mal, a companhia constante da dúvida.
  “Ser ou não ser, eis a questão.”

   Se existe seres diferenciados (que chamamos de espíritos) as histórias bíblicas e de outros livros “sagrados” sugerem que não são oniscientes.
  Tal qual cientistas vão fazendo experimentações.

  Acredito que a inteligência já existia, a observo em outros animais, o que deu um grande salto foi nossa CONSCIÊNCIA.
  Um cérebro com maior capacidade de pensamento abstrato.
  O fruto do conhecimento representa esta experiência que “deu certo”, era o objetivo perseguido?


👩 - A "outra árvore" eu ainda não consigo imaginar o que é. 
[Nihil] 

  A outra arvore era o fruto da vida eterna.
  Especulo que é a possibilidade de vivermos em corpos diferenciados como os dos nossos criadores.
  Manter nossa consciência além do corpo biológico.    
  Todos, muitos ou alguns ainda terão acesso a esse fruto, mas antes tem que adquirir conhecimento/ experiência.
  É o que podemos entender por “salvação”, não se trata exatamente de viver em algum paraíso nos padrões da nossa mente biológica, mas de alcançar um outro marcante up grade...

  (Upgrade significa “atualização” ou “melhoria”, normalmente utilizado para atualizar uma versão antiga para uma mais recente de um determinado produto.)

👱 - “Duas razões havia para a árvore do conhecimento do bem e do mal estar no jardim do Éden.
   O homem tem livre arbítrio desde o Éden e ali havia uma opção: comer da árvore e desobedecer a Deus, ou ser obediente e não comer.
  Adão optou por desobedecer a Deus, paciência, mas ele tinha uma opção, podia decidir entre dois caminhos.”
  
  Vamos meditar sobre isso, é muito interessante:

 Então disse o SENHOR Deus:
  Eis que o homem é como um de nós, sabendo o bem e o mal; cuida, para que não estenda a sua mão, e tome também da árvore da vida, e coma e viva eternamente.”
  O SENHOR Deus, pois, o lançou fora do jardim do Éden, para lavrar a terra de que fora tomado.
   E havendo lançado fora o homem, pôs querubins ao oriente do jardim do Éden, e uma espada inflamada que andava ao redor, para guardar o caminho da árvore da vida.”
[Gênesis 3]

  “Eis que o homem é como um de nós”

  Nós quem!?
  Deus, Jesus e o enigmático “Espirito Santo” ... ou tinha mais entidades?
  Mistéééério.
 

   Dizem que Deus respeitou o livre arbítrio de Adão e Eva.
   Mas vimos no texto anterior que eles foram obedientes até serem manipulados por Lúcifer.
   Não foram obrigados a comer o fruto, mas com a conivência de Deus foram induzidos a isso.
  A conversa da serpente com Eva foi decisiva para ela mudar de decisão.
  A pergunta é onde estava Deus?

  Minha hipótese é que como um cientista observava o que acontecia com a cobaia homo Sapiens.

  Não está convencido?
  Pela sequência Bíblica “estranhamente” não vacilaram na proteção da arvore da vida eterna.
  Antes que Adão e Eva alcançassem a tal arvore Deus (O cientista alienígena chefe 😊) os expulsou do Éden e não satisfeito colocou querubins para não permitir acesso.


  Porque Deus não respeitou o livre arbítrio de Adão e Eva na hora de comer da arvore da vida eterna!?

   Os líderes religiosos dizem que Deus tem profundo respeito pelo livre arbítrio humano.
   Que respeito profundo é esse em que a liberdade de escolha pode ser exercida em uma arvore e na outra não!?
   São dois pesos bem diferentes para situações muito semelhantes.

  Vejam mais essa passagem interessante.

9 - E o Senhor Deus fez brotar da terra toda a árvore agradável à vista, e boa para comida; e a árvore da vida no meio do jardim, e a árvore do conhecimento do bem e do mal.

15 - E tomou o Senhor Deus o homem, e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar.

16 - E ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente,

17 - Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.
[Genesis 2]

  Note que a arvore da vida estava no jardim, mas o homem não tinha consciência de sua importância.
  Vamos especular um pouco.
  Adão e Eva poderiam viver eternamente “burros” pouco acima dos chimpanzés, comeriam da arvore da vida sem nem ao menos saber do que se tratava.
  O problema com essa linha de raciocínio é a dialética.
  Se bastou um fruto do conhecimento para ficarmos mais consciente então nunca comemos da arvore da vida eterna.
   Bastaria um fruto para adquirimos a característica da eternidade.

  Você não acha estranho que Adão e Eva não tivessem experimentado o fruto da vida uma única vez mesmo isso sendo permitido?

   NÃO IDENTIFICAVAM ESSA ARVORE OU DE ALGUMA FORMA FORAM MANIPULADOS POR DEUS PARA NÃO EXPERIMENTAREM.

  Da mesma forma que foram manipulados para experimentarem o fruto do conhecimento.

  Sei, sei, você vai dizer que talvez o fruto da vida eterna fosse diferente, você precisasse comer de tempos em tempos.
  Mas então porque a pressa de Deus!?

  Notem que é contradição encima de contradição.

  Nesse breve estudo ainda identificamos outras duas falhas estruturais enormes.
  Se Deus é onisciente, sabia que Eva não resistiria a tentação da serpente então porque a surpresa!

  Outra coisa, depois de mordido o fruto Deus puniu o homem com o trabalho.
  “Ganharás o pão com o suor de seu rosto”.
  Mas notem que antes Deus já queria o homem para “lavrar e guardar o jardim” ... isso não é trabalho!!

  Enfim, já especulamos demais por hoje.

  Há quem diga que a Bíblia (e outros livros de religiões) sejam só fabulas ... pode ser.
  Mas talvez entre tanta fantasia haja alguma verdade.
  Como naqueles filmes de ficção cientifica onde pensamos que tudo veio da imaginação do autor, mas há fatos reais.

  Somos uma experiência “Cientifica Divina”?

  Decifra-me ou te devoro!



 "Decifra-me ou te devoro".
  Esse era o desafio da Esfinge de Tebas.
  Ela eliminava aqueles que se mostrassem incapazes de responder a um enigma.









                                                                                                    


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