domingo, 9 de outubro de 2011

Diferenças

 
  Qual método mais igualitário de compensação que o da OFERTA e PROCURA?
 

  

   “Socialismo ... administração dos meios de produção e distribuição de bens de uma sociedade caracterizada pela igualdade de oportunidades/meios para todos os indivíduos com um método mais igualitário de compensação."    
   [Wikipédia]
 Texto Anterior

 

 

 

  Sei que o trabalho de um gari é importante e nada fácil de ser realizado, mas será que seria uma "justiça social" pagar-lhe o mesmo salário de um neurocirurgião?

  Uma sociedade "igualitária" (na minha concepção) é aquela que tem meios para que mesmo o filho de um gari (se tiver talento e vontade) possa se tornar neurocirurgião.
  Bolsa de estudos para quem tem talento e dedicação a alguma profissão útil a sociedade considero uma ótima utilização do dinheiro dos impostos.


  Uma sociedade igualitária é aquela que um cidadão não fique acima da lei só porque é endinheirado.
  Se cometer um crime deve ter a punição prevista em lei, não importa se é gari "negro" ou cirurgião "branco".
  Não importa se é homem, mulher ou "indeterminado".
  A pena deve ser "igual" para todos.
                                                   

  O Estado deve ser um garantidor de direitos e cobrador de deveres.

 

   Mas preste atenção:

  Uma coisa é defendermos que todos sejam iguais perante a lei outra coisa é defendermos que todos sejamos iguais.

  Vamos falar de "compensação salarial".

  Defendo que o neurocirurgião "merece" ganhar mais, pois seu tipo de especialização exige muito mais investimento financeiro e pessoal. 
  Há poucos cidadãos com capacidade para a neuro cirurgia e muitos com capacidade para serem garis...oferta e procura.
  Não devo decidir pagar pouco ao médico porque ele é igual o gari!
  Enquanto cidadão sim, mas enquanto PROFISSIONAL não.

  Tem a consequência óbvia, lógica, natural...
  Se médico e gari forem sujeitos “normais” (ajuizados financeiramente), o médico vai acumular muito mais capital no decorrer da vida.
  “Financeiramente” vai fazer parte de uma classe social mais elevada.

  O Estado querer a eliminação de "classes" é algo tão bizarro que nem sei como essa ideia sobrevive na mente de tantos.

  Pregam que se o rico tem alguma coisa, necessariamente "roubou" do pobre!

  
Bill Gates é um dos  caras mais ricos do planeta, o poderoso dono da Microsoft.
  Eu uso o Windows desde 2000 quando comprei meu primeiro computador.
  Se não fosse as facilidades que esse produto nos trouxe a um preço acessível dificilmente eu escreveria tantos textos. 


  Não me sinto roubado por Gates e outros ricaços da computação, de uma certa forma sou até agradecido, na minha infância nem sonhava com algo tão eficiente como a Internet.
  Acho justo que a IBM, Apple, Microsoft, Oracle, Google, Intel...tenham acumulado muito dinheiro por conta de estarem a frente desse grande negocio.


  Não deveríamos amaldiçoar tanto a riqueza e enaltecer tanto a pobreza como se uma fosse coisa do demônio e a outra de Deus.

  Precisamos ter a "consciência social" que não somos todos iguais e poucos ficarão ricos.

  Em uma sociedade "civilizada" a maioria chega a "classe média".
  Condições satisfatórias de alimentação, saúde, escolarização e segurança.

  Porem nós humanos somos seres complexos.
  Vejamos algumas ocorrências:


 - Vicio em drogas, álcool.

 - Vicio em jogos.

 - Falta de juízo financeiro, gasta mais do que consegue ganhar.

 - Ter mais filhos do que consegue criar.

 - Pouca disposição para o trabalho, sem senso de responsabilidade.

 -Pouca disposição para estudar, gosta de viver o momento.



  O Estado não deve distorcer a "dinâmica da vida em sociedade"  dando de "graça" ao cidadão uma situação financeira que ele não fez por merecer.

  Para evitar a "miséria" (pobreza extrema) devemos
criar uma REDE DE PROTEÇÃO SOCIAL onde os "menos adaptados" (se tiverem vontade)  possam ser tratados de seus vícios.
  Devemos destinar parte dos impostos para que tenham ao menos um bom albergue, não lhes falte o que comer ou acesso a higiene pessoal.

  

 
Apesar de sermos diferentes precisamos uns dos outros, precisamos ter essa consciência social e estabelecermos interesses em comum de uma vida longa, próspera e pacifica.

  Amém?

Ah, moleque! 😏




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5 comentários:

William Robson disse...

http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2011/10/08/dalai-lama-diz-que-china-dirigida-por-hipocritas-925539824.asp

Encrenca 585 disse...

Olá, sr.William.

Estou lembrando agora de uma série de "ficção científica" que escrevi para o gd do Terra,em 2.007.
Nele,especulei sobre as futuras consequências dos problemas ecológicos que conhecemos hoje- e depois,eu imaginei,superficialmente,um socialismo capitalista imperando na sociedade.

Não será um mundo maravilhoso,mas a pobreza não irá persistir nesse mesmo mundo.
Todos serão iguais "perante a lei",e terão oportunidades não muito díspares.
Nunca pularão de alegria,mas viverão em "paz de espírito".

O senhor descreveu melhor esse "futuro".
Não importa em que governo ele irá existir.
Aquele no qual isso der certo,será uma estrutura política que irá permanecer.

º
º
º
Tive um dia divertidíssimo-
Nesse mês, alguns parentes aniversariam- e eu contei(no último blog) que estou relativamente cercada de librianos.

Quem sabe...todos "devotos de outros tempos" da deusa da civilização,e das primeiras premissas do intelecto pessoal-abstrato,político e social.

Aquela série escrita para o gd do terra, diferentemente do destino que teve "Quase um Brâmane", está devidamente xerocada em minha estante,agora.
Terei que aprender ainda,a fazer uso de pendrives.

A internet está no ar.
Oxalá, essa mensagem chegue.

Muito boa noite ao sr.
Espero que tenha tido um ótimo dia também.
(a balada aqui perto,hoje,está mais silenciosa)
E eu estou "quase" feliz.
Procurando aproveitar o tanto que posso,esse estado de maior paz.

Até breve.

Hierofante disse...

Quando penso- "de verdade"
... eu queria ter a futilidade
dos que vivem intensamente
sem pensar, sem sentir,
anestesiados da dor de existir,

Muitos fingem não perceber
a vacuidade em si
a vacuidade dos acontecimentos
se fazem de felizes
fingem sentimentos
são ídolos ôcos.

O mundo é um teatro
onde as coisas,gradualmente
perdem predicados
onde constrangem os paradoxos.
-todos estão sonolentos
eu não sinto em mim,coerência.

Me acham sociável
mas me sinto "de lado"
como se a tudo observasse
numa bolha,em separado-
eu não devo ser "do planeta"
-alguém pôs um lauto jantar na mesa
o teto caiu sobre ela,e sobre sua cabeça
foram os seus amigos a derrubá-lo.
-alguém serrou a muleta
do aleijado
que pagava as despesas
dos seus inimigos atoleimados.

O mal que existe em nós pessoas,
reflete o acaso e as circunstâncias
que nos dividem,
que nos deixam tristes
e que destróem paulatinamente
nossas idéias e tentativas
até o fim da nossa pequena vida,
-tudo é fugaz -demais.

O mundo se convenceu de não saber
que existe algo errado
-eu sempre estive "de lado"
não sei porquê
enquanto muitos fazem a festa,
eu simulo felicidade,
mas me envergonho
de ser cúmplice desse evento.

Essa história é inevitável,
o que eu não podia
era considerar tudo,um fato inefável
Eu tinha
que derrubar muros, portas,cancelas
eu tinha
que "cair da janela".

Em algum momento passado,me perdi
Não sei aplicar meus ideais presentes
Eu me sinto revolucionária
e ao mesmo tempo,velha
muito velha
como um círio cheio de lágrimas.
Sou paralela
ao tempo
em que nasci.

Vultos de uma tradição
passam perante meus olhos
Filmes de uma antiga ficção
que ainda me consolam.

A natureza me encanta
me mantêm em deferência
e em silêncio
triste com a sua impermanência
e com o medo-
da perda e do passamento
que faz parte da vida de todos
os que "desejam",
-de todos os que amam.

versão melhorada disse...

(o título dessa poesia,agora melhorada,será "Hierofante" ou "Vida de adulto", caso for para o "destaque"(eu gostaria que ela fôsse para o "destaque")
º
º
º

Quando penso- "de verdade"
... eu queria ter a futilidade
dos que vivem intensamente
sem pensar, sem sentir,
anestesiados da dor de existir,

Muitos fingem não perceber
a vacuidade em si
a vacuidade dos acontecimentos
se fazem de felizes
fingem sentimentos
são ídolos ôcos.

O mundo é um teatro
onde as coisas,gradualmente
perdem predicados
onde constrangem os paradoxos.
-todos estão sonolentos
mas em mim,também não há coerência.

Me acham sociável
mas "estou de lado"
como se a tudo observasse
numa bolha,em separado-
eu não devo ser "do planeta"
-alguém pôs um lauto jantar na mesa
o teto caiu sobre ela,e sobre sua cabeça
foram os seus amigos a derrubá-lo.
-alguém serrou a muleta
do aleijado
que pagava as despesas
dos seus inimigos atoleimados.

O mal que existe em nós pessoas,
reflete o acaso e as circunstâncias
que nos dividem,
que nos deixam tristes
e que destróem paulatinamente
nossas idéias e tentativas
até o fim da nossa pequena vida,
-onde tudo tem a eternidade
de um lampejo.

O mundo se convenceu de não saber
que existe algo errado
-eu sempre "fiquei de lado"
não sei porquê
enquanto muitos fazem a festa,
eu simulo felicidade,
mas me envergonho
de ser cúmplice dela.

Essa história é inevitável,
o que eu não podia
era considerá-la,um fato irretocável
Eu tinha
que derrubar muros, portas,cancelas
eu tinha
que "cair da janela".

Em algum momento passado,me perdi
Não sei aplicar meus ideais presentes
Eu me sinto revolucionária
e ao mesmo tempo,velha
muito velha
como um círio cheio de lágrimas.
Sou paralela
ao tempo
em que nasci.

Vultos de uma tradição
passam perante meus olhos,
filmes de uma antiga ficção
que ainda me consolam.

A natureza me encanta
me mantêm em deferência,
em silêncio,
triste com a sua impermanência
e com o medo-
da perda e do passamento
que faz parte da vida de todos
os que "desejam",
-de todos os que amam.

Bom dia, disse...

...acho que a reforma da sua casa está dando certo.

Tenha uma ótima segunda.
Até breve ao senhor, oxalá, seu ambiente fique bonito.

Boa sorte a todos nós nessa semana.
Talvez,escreverei um ou outro texto no espaço da primeira mensagem visível ao inverso,no blog, no dia de hoje.