"O dinheiro dos tolos é o patrimônio dos espertos."
(Denis Diderot)
(Denis Diderot)
"A Praça Nossa Senhora da Paz, segundo o presidente da Associação de Moradores e Amigos de Ipanema (Amai), Carlos Monjardim, está entre os pontos com mais moradores de rua.
Há dois
anos, ele contratou um detetive que se disfarçou de mendigo para investigar a
origem dessa população.
Monjardim
ficou surpreso ao descobrir que uma mulher, dona de imóvel na Zona Sul,
esmolava em frente à Igreja Nossa Senhora da Paz e chegava a arrecadar R$ 2 mil
por mês."[O Globo]
Há um certo consenso que devemos acabar com os "espertos" para melhorar nossa sociedade.
"O Homem é o lobo do homem."
Não sei como isso é possível.
A religião e a educação se propõem a melhorar o caráter das pessoas, mas empiricamente vemos que ... lobos são lobos ...
Para os espertos que cometem crimes, que sejam punidos na forma da lei.
Para os simplesmente "folgados" ou "aproveitadores" da bondade alheia ... não tem muito o que fazer.
Defendo que devemos zombar dos tolos.😏
Quem sabe eles se ofendam e tentem ser seres humanos melhores, menos ingênuos.
Não sei como é a realidade em outras cidades, mas aqui em Campinas acho extremamente tolas essas pessoas que dão esmolas por qualquer historinha que ouvem.
Conheço um cara que não se aperta na vida, escolhe um local movimentado próximo a um hospital e por umas 3 horas conta a historinha que acabou de descobrir que sua esposa esta com câncer, ele tem 3 filhos para criar, esta desempregado e desesperado, qualquer ajudinha serve e logo vem notas de 5, 10, 20 reais.
Vejam a matemática da coisa:
Uma pessoa que recebe salário mínimo ganha em média 22 reais por dia trabalhado. (Ano 2011)
O que este cara ganha com 2 ou 3 historinhas um gari enfrenta mais de 7 horas de trabalho!!!
O duro que não é só gente endinheirada que dá esmola, já vi muita gente que não chega a ganhar 800 reais dar esmola de 10 reais.
Não consegue entender que esta dando fácil, fácil horas do trabalho dela.
Pelo menos esta ajudando o dono do boteco mais próximo ou o traficante da boca de fumo, não raro é para esses lugares que o dinheiro das esmolas vão.
Em uma cidade como Campinas um cidadão de BOM SENSO evitaria ao máximo dar esmolas.
Aqui há muitas instituições de auxilio que fazem uma triagem de quem realmente esta necessitado, elas estão sempre precisando de donativos.
(E claro, você deve buscar informações sobre a idoneidade do trabalho, lobos estão por toda parte.)
Quem dá dinheiro para qualquer historinha que ouve na rua não passa de um tolo.
Quem dá dinheiro para qualquer historinha que ouve na rua não passa de um tolo.
Confesso que entendo muito bem os tolos, fui um deles por muito tempo.
Me sentia muito bem "ajudando os excluídos" até que comecei a entender melhor o "Mercado", o movimento das "engrenagens".
Se colocar crianças no sinaleiro se torna um bom negócio, mais crianças irão para o sinaleiro.
Se colocar crianças no sinaleiro se torna um bom negócio, mais crianças irão para o sinaleiro.
Se nós enquanto sociedade tornamos a atividade de pedir emolas lucrativa é essa forma de sustento que muitos vão priorizar.
Tem gente que diz não se importar com o que o pedinte faz com o dinheiro, o que importa é que a ação dela foi certa.
"Faça o bem sem olhar a quem!"
Acho certo ajudar quem eu sei da dificuldade que esta passando, conheço a história.
Dar dinheiro para qualquer um que esteja mal vestido ou conte um "causo" ... prefiro evitar.
Sou pobre, não tenho dinheiro sobrando.
Até para fazer caridade analiso a situação antes de ir gastando com qualquer um.
Tem também a questão da "fé".
“Quem dá aos pobres empresta a Deus”.
Quanto a isso prefiro não comentar, fica para alguma outra meditação.
Olá.
ResponderExcluirFalei nisso um tempo atrás,mas não lembro mais a data do texto.
(tentarei um resumo)
Já fui mais otária nessa parte.
Acabei estipulando uma fração do meu salário para esmolas, instituições e "causas".
Se chego no "limite",não abro mais a carteira.
Para a maioria dos pedintes(desconhecidos), dou moedas.
Tenho destinado pequenos valores "significativos" para instituições que eu acho fácil ajudar.(tipo,se tem conta no Bradesco,porque aqui onde moro,só tem banco Bradesco)
Em casos de sinistros por causa das chuvas, ou por outras situações pelo mundo,colaboro com todos-mesmo que demore.
Veja algumas histórias,para os "seus controles", sr.William.(hohó!)
-Uns anos atrás,um senhor me pediu esmolas num ponto de ônibus.
Eu dei a ele uma moeda de um bom valor.(dava para comprar dois pãozinhos,na época)
Um mês depois,eu vi esse mesmo senhor..."chumbado".
A polícia deve tê-lo levado de lá.
(Humpf...ou era isso que ele fazia com as esmolas,ou algum malvado pagou a conta para ele,em algum bar)
-Muitos que iam na minha casa anterior pedir esmolas,estavam fumando.
Eu dricava com isso,até me contarem que mesmo os cigarros,essas pessoas ganhavam.
-No trajeto onde eu trafegava de ônibus,antigamente, dois ou três vendedores ambulantes apareciam, no percurso,e eu ficava frustrada por não poder comprar nada,porque normalmente estava em pé,a bolsa no chão,e eu também estava com fome nessa hora,e por isso,um pouco mais "xarope".
A compra dos ítens por eles vendidos,também há muito,tenho contabilizado "no limite estipulado para causas".
-Algum campinense podia passear pela Paulista,ou pelo vale do Anhangabaú,num dia útil de semana.
Quem ouvir a história de um,terá que ouvir a história de mais uns dez.
Eles nem cansam os ouvintes mais- para não se prejudicarem,pois sabem serem vários.
É bom sempre ter uma carteira de moedas pequenas,para essa gente.(uma moedinha para cada um)
-Uma vez, o Ctátil,do gd do Terra, indicou uma instituição de caridade que ele considerou confiável.
Mantinha(mantém) um orfanato,e tudo o mais.
Fui depositar uma quantia considerável,em sua conta,no banco Itaú.
O recibo saiu no nome de uma pessoa física.
Percebendo que a situação legal da empresa não estava regularizada,pedi o extorno do valor.
continua
continuação das "histórias".
ResponderExcluir-melhorando uma delas.
No trajeto de ônibus que eu fazia antigamente,entre casa e serviço,dois ou três ambulantes aparecem sempre,nas viagens.
Não importa o quanto o "coletivo" esteja lotado.
-uma vez,eu,para escapar a barulheira que impera nesses ônibus "centro bairro", optei pelo metrô,e na estação, entrei em outro ônibus.
Apareceu um vendedor ambulante,com uma história tão "fora do comum"- que eu comprei "não sei o que" que ele vendia.
Disse ser um ex-presidiário.
Bom, o problema é que ele continuou contando essa história.(nem vou dizer qual)
Uma vez que se tornou conhecido ,não precisava mais fazer isso.
Por isso,passei a suspeitar.
Oxalá aquilo tudo seja uma falácia,e que ele nunca tenha vivido tal drama realmente.
Se é um truque,para poder sustentar sua casa,tudo bem.
Deus vai desculpar ele,só não acho que ele podia ficar "se repetindo".
Se for verdade, ele vai "dar a volta por cima".
(talvez já tenha parado a "palestra"- pois faz uns três anos que eu vi esse hippie pela última vez)
-No metrô, está proibido o comércio feito por ambulantes dentro dos trens- bem como o pedido de esmolas,mas pedintes e ambulantes aparecem mesmo assim.
Lá,eu não "compro nada para ajudar",porque normalmente dá confusão,pois não dá tempo -mas é possível dar moedinhas a quem só está pedindo.
-Recentemente,vi um rapaz bem vestido,entrar num "coletivo" ,carregando a filha no colo.
Pela expressão dele,logo imaginei que iria pedir.
Não fez isso,mas andou de graça.
Ou seja, muitas vezes, por mais que cuidemos da aparência, transmitimos ao mundo,pelo nosso olhar,nossa real situação de vida, ou de saúde.
-As balas que compro,sempre dou para qualquer criança que aparece,depois- contando sempre que comprei do "camelô".
-Não ligo para o destino das moedas que destino a esse ou aquele.
Os que dizem a verdade sobre o que vivem, irão sobreviver,com a soma das ajudas que receberem,incluindo as minhas.
Os que mentem, ficam logo "queimados",e tem que mudar de ponto,sempre.
-Quantidades maiores de dinheiro, eu vigio mais.
Quando frequentei o templo Zu-Lai, ajudei por um tempo, a escola para crianças pobres da cidade.
Em geral,era eu quem procurava o cofre de contribuições,e a primeira a perguntar aos monges "se estavam ajudando as vítimas dessa ou daquela tragédia climática".
Alguns donativos para o alívio desses problemas,eu dei via templo Zu-Lai.
Duvidaram que a escola "para gente pobre" em Cotia, fôsse realmente usada por eles,e então eu repliquei que eu não imagino uma igreja,que não colabore para a melhoria das condições sociais ao menos,da cidade onde se localiza.
"Tentar reduzir a miséria das nações é dever de toda instituição religiosa- e o Budismo não é diferente nisso."
A resposta foi o silêncio.
Estou agora numa igreja budista que ainda não tem uma instituição de benemerência.
Mas, recomenda e incentiva o envolvimento em causas assim.
Isso ajuda os devotos a terem pontos mais cedo,para praticar meditações avançadas.
Objetos,e roupas antigos,costumo levar para um bazar espírita daqui do bairro,que tem boas ofertas a preços baixos.
A loja reverte sua renda para um orfanato.
Enquanto eu tiver muita colaboração "em espécie" para dar a certos locais,o valor em dinheiro para "outras causas" ,irá permanecer "na mesma".
Quando eu não tiver mais o que dar, e quando eu estiver em outro serviço,aí esse valor estipulado,irá "subir um pouquinho".
Mas,é assim.
Ele é estipulado sobre o salário.
Se eu passar um período desempregada no ano que vêm, ele será reduzido à metade,ou a uma terça parte,por mês.
Isso aí.
Cada pobre,ou cada rico,tem que encontrar seu jeito de colaborar com os que precisam,sem se prejudicarem muito.
Isso tem ocorrido.
(li uma reportagem da Veja sobre isso,uns meses atrás)
Se eu lembrar de algum acréscimo ao tema,depois será registrado.
Não tem nada a ver com o texto, mas quero comentar este ocorrido.
ResponderExcluirEu gosto do Rafinha Bastos e realmente o que ele disse nem pode ser considerado uma piada devido o extremo mau gosto.
No entanto mais uma vez não sei porque de tanta repercussão e suspensão.
É um programa ao vivo e certas coisa escapam, acredito que ele mesmo se arrependeu do que disse logo em seguida, mas já tinha dito.
Ele poderia ter pedido desculpas a Vanessa e pronto, agora suspensão é um pouco demais.
Por estes dias no Faustão a Suzana Vieira apareceu com os seios de fora, coisa que não iria ao ar se o programa fosse gravado.
Programa ao vivo tem seu charme justamente nestas saias justas.
O que disse Rafinha foi horrível a reação da Band é patética.
Rafinha disse sem pensar, a Band fez reunião, planejou a patetice é lamentavel.
http://oglobo.globo.com/cultura/revistadatv/mat/2011/10/11/rafinha-bastos-pode-deixar-band-apos-piada-polemica-suspensao-do-cqc-925555637.asp
Boa noite,sr.William.
ResponderExcluirNão consegui abrir a página,então,li a notícia no jornal "Estado de São Paulo".
Nessa semana -passei por uma experiência de "dever de discrição".
Em conversa com alguém- no dia da festa, de repente,me vi entusiasmada,e percebi minha propensão a "falar muito".
Para "recuperar controle", me afastei,e vim ficar um tempo consultando a web.
Quando retornei, já estava com menos "entusiasmo".
Esse moço não tem autocontrole.
(pelo que se fala sobre ele, isso é visível)
Não duvido que ele sofra de transtorno de atenção.
Problema que costuma atrapalhar,entre outras funções da memória- a fala,e o discurso.
Não acho que o "caminho" para o mesmo,seria a demissão.
Assim como eu fui aprendendo,nesses anos,a prosear melhor,e a escrever "lucidamente", ele deveria ficar no emprego,e ir para uma escola de comediantes,de artes dramáticas,ou ir para uma faculdade - para adquirir melhor repertório.
Eu tenho uma "pequena compreensão" por quem fala muita bobagem.
Esse é um limite a ser corrigido.
E que exige uma boa dose de autovigilância.
Outro emprego,não é o que vai ajudar.
Tentar ter mais disciplina, irá fazer um pouco mais por esse moço.
Essa prática de disciplina,sempre foi uma "boa amizade" para eu.
Eu estava com alguma dificuldade hoje,e acabei "obscurecendo" um trecho na parte "dois" da réplica ao tema em destaque.
ResponderExcluirQuando descrevi minha reação -ante uma incredulidade sobre a utilidade social da escola para pobres em Cotia-SP, falei sobre uma conversa que tive com alguns, a respeito.
Esses tem o hábito de duvidarem de fatos inquestionáveis,mas se enganam em circunstâncias óbvias.
Tem gente assim- mas não vêm ao caso.
Meu interesse, foi aclarar o trecho.
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Ainda sobre o tema "Esmolas", lembrei uma vez em que eu, saindo de uma agência bancária,onde havia ido pagar umas contas da firma, vi um homem sentado na calçada,se recuperando de uma "consequência alcoólica", enquanto, de mão estendida,pedia esmolas para "o almoço".
Perto,havia o restaurante "Bom Prato" que não sei se ainda existe,e vendia refeições por um real.
Talvez, ele costumava "se abastecer" ali.
Um moço bem arrumado,parou perto dele,e ao invés de lhe dar dinheiro, perguntou-lhe porque ele estava "naquela situação".
Disse que "Deus oferecia mais às pessoas,e que ele precisava se apoiar nesse nome."
Acho que era um fiel da Assembléia de Deus,e eu foi bonita a tentativa dele,pois mais do que recurso de sobrevivência,ele tentou dar sentimento de dignidade ao desvalido.
Pode ser que isso tenha adiantado.
(não duvido que depois da prosa,tenha dado algum dinheiro ao homem)
Fui aprendendo a indicar para alguns pedidores, locais e instituições de ajuda.
A um ou outro,eu paguei um lanche-ou entreguei o meu,ao invés de dar moedas.
Fiquei conhecendo uma "brother budista", que vi fazendo o mesmo, ali nas imediações do centro da cidade(onde se localizava a firma,antes)- mas ela frequenta o budismo Shin.
Certa vez,um menino apareceu em casa pedindo dinheiro para fazer um telefonema,e eu entreguei ao mesmo, o meu cartão telefônico no qual haviam uns cinco impulsos.
Ele se deu por satisfeito.
Outro, que pediu moedas para comprar um "lanchinho", ganhou de mim,um contravale de ticket refeição, junto com a informação de onde ficava a padaria "do contravale".
Lá se foi ele correndo para o estabelecimento comercial.
Me falaram que ele não ia saber o que fazer com o contravale.
Claro que soube.
Deve ter feito boas escolhas na gôndola de pães,doces e sonhos.
Coitados desses pequenos que ficam pelas ruas, porque talvez não podem ficar em casa o tempo todo.
Faz muita falta um lar seguro, e uma família estável é o que existe de mais importante na vida.
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O artigo de hoje,não teve a pretensão de refletir meus princípios sobre isso.
Sobre eles, eu falei em outros textos a respeito.
Agora -principalmente, lembrei de histórias prosaicas sobre a exclusão social.
E sobre como nós pessoas, convivemos com essas incoerências.
Isso aí.
(tentarei escrever alguma crônica ainda,no espaço da "Vida de addulto")