sexta-feira, 31 de maio de 2013

Soluções Problemáticas

  “O auto respeito é a raiz da disciplina; a noção de dignidade cresce com a habilidade de dizer não a si mesmo.”
 [Abraham Lincoln]



  Se eu não me digo não...alguém tem que dizer, me impor limites.
[William Robson]

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 “Um condomínio é o reflexo do que acontece no transito. 
  O transito é o reflexo do que acontece num condomínio.
  Isto é, num país com gente igual ao que temos no Brasil, tudo é uma droga mesmo.
  Ninguém se respeita e assim "Caminha o Brasil”.
  [Comentarista no G+]           
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  Humm ... observo que a maioria das pessoas são gente de bem e para as que não são basta endurecermos as leis.
  Para os que raramente “se dizem não” a Sociedade tem que dizer através de leis e consequentes multas e punições.

  Estava em um debate sobre educação e as pessoas praticamente decretaram a falência dos pais brasileiros!

  O que observo é que a maioria dos pais fazem de tudo para dar uma boa educação a seus filhos, acontece que os filhos não são um reflexo perfeito dos pais, eles tem identidade própria.

  Logo temos aqui duas situações:

  1 - Criança mal comportada por falha na educação de “alguns” pais.

  Não temos como obrigar a todos pais serem tão “eficientes” quanto eu e você.
 [Isso é uma pegadinha filosófica] 

2 – Criança mal comportada por característica de personalidade própria.

  Não temos como interferir no caráter de um espirito soprado por Deus, ou na personalidade de ilimitadas possibilidades genéticas.
 [Como preferir]

  Nos resta agir no FATO.

  “Criança mal comportada”, independente da causa como podemos amenizar os efeitos indesejados?

  Moro em condomínio e 95% dos meus vizinhos são gente muito boa, honesta, trabalhadora.
  É mais fácil forçar a uma disciplina os 5% encrenqueiros que dizer que o condomínio não presta e maldizer a todos ...dar um status de “causa perdida”
  O cão (maioria) deve balançar a cauda.
  A cauda (minoria) balançar o cão ...não é lógico.



  Não temos como obrigar a todos pais serem tão “eficientes” quanto eu e você.

  Eu “me acho” um bom pai.

   Quando nos achamos bom em alguma coisa não temos disposição em mudar.

  A grande maioria de homens e mulheres se acham bons pais e mães e pelo que observo realmente são.

 [Os que não são bons pais “e reconhecem isso” nem sempre conseguem mudar...não vou me aprofundar agora nessa questão apenas pense em uma mãe que usa drogas, por conta disso ela não se reconhece uma boa mãe, mas não consegue mudar.]

  Será mais útil hoje nos atermos na questão dos bons pais ou pelo menos “aceitáveis”, “satisfatórios” do ponto de vista lógico.


  Minhas filhas tem acesso total a computadores desde muito pequenas.
  No final de 2000 comprei um computador e minha filha nasceu nesse ano, em 2001 ela já ficava no meu colo apertando teclas e se encantando com as figuras.
  Eu oriento, mas não fico policiando o que minhas filhas fazem na rede.
  Aqui em casa nunca tivemos menos de 2 TVs, então é normal eu estar assistindo algum filme ou jornal e minhas filhas estarem assistindo outra coisa do interesse delas.
  Eu “me acho” um bom pai deixando minhas filhas antenadas com a tecnologia atual, permitindo acesso a abundância de informações e apenas ajudando nas dúvidas.

  Elas “comem do fruto do conhecimento” e não são ameaçadas de abandono por conta disso, eu e minha esposa estamos do lado delas sempre que nos solicitam.
 [Isso é uma alusão a narração bíblica onde Deus de Abraão não quer que Adão e Eva adquiram conhecimento]



  Por outro lado:
 
  Conheço um monte de pais que controlam o uso da TV e Computadores com mão de ferro, em muitos lares isso nem é permitido a crianças.

  Não vou entrar no mérito da questão apenas perceba que eu liberando o uso da TV e Computador “me acho” um bom pai e não tenho a intenção de mudar.

  Os pais que consideram a Internet e a Mídia péssimas influências para seus filhos também se acham bons pais e não tem a intenção de mudar.

  Colocando isso na matemática vamos dizer que 90% dos pais se acham bons e não tem intenção de mudar.

  Vamos onde quero chegar audaciosamente indo onde nenhuma mente jamais esteve...

  Os pensadores que colocam a essência da falha da nossa Educação na estrutura familiar não contribuem em nada para melhorarmos a situação de nosso ensino.

  Porque fica claro que o problema são sempre “todos os outros pais”.

  Com esse ponto de vista o problema da educação fica uma causa perdida...




    A melhor maneira de NÃO resolver [ou amenizar] um problema é arranjar para ele uma “solução” impraticável.

  “- Doutor, quando eu respiro meu peito dói.”
   - Pare de respirar...

  Percebe?
  A “solução” que o médico dá para o problema do paciente é impraticável.


  No dia a dia e na Internet o que mais se vê são essas “soluções” que transformam o problema em solucionável...isso é complexo, sigam-me os bons.

 “Nossos professores ensinarão bem nossas crianças o dia que os pais forem quase perfeitos.”

  Caraca!
  Então a eficiência dos professores não acontecerá nunca.
  O pai que controla com mão de ferro o uso da tecnologia por seus filhos me acha um péssimo pai.
  Eu acho pouco eficiente um pai que não se preocupa em inserir seu filho em nossa avançada tecnologia.

  E o professor no meio de tudo isso?

  O que acontece em minha casa ou na do outro pai NÃO É DA CONTA DO PROFESSOR.
  [Estou falando de circunstancias normais]

  Pagamos o professor para ensinar Matemática, Geografia, História, Física, Português, Química...transmitir CONHECIMENTO e não para impor “seus valores” a nossos filhos.

  Para quem ainda não entendeu quero dizer que:

  A escola deve se adaptar as famílias e não as famílias a escola, o rabo balançar o cão NÃO É LÓGICO.

  Na escola deve ter LEIS e as crianças devem se enquadrarem nelas.
  Se minha filha não pode usar celular na escola então ela não deve usar e se usar cabe alguma punição como ter seu aparelho recolhido até o final da aula.
  Se eu pai, não concordar com a lei da escola que eu procure uma outra escola.

  Meditem sobre isso:

  A escola é tipo um local de trabalho para criança, é assim que eu penso deve ser.

  Na minha casa durmo a hora que quero, ouço música, vejo TV, como alguma coisa...
  Já pensou se a Empresa que trabalho só me empregasse se na minha casa eu agisse como um funcionário, teria um cartão de ponto na cozinha e nos dormitórios!
 E o inverso, eu só aceitar trabalhar na Empresa se eu puder ser como sou em casa!!

  Essa preparação do indivíduo para a vida em sociedade já começa em seus primeiros anos de instrução.
  Se a criança fica em uma creche tem que respeitar as normas do estabelecimento.
  Escola é a local de estudo para o indivíduo e local de trabalho para o professor.

    Escola não tem porque ser a extensão da nossa casa.

  Desde de cedo precisamos aprender a separar o público do particular.


Obs: É evidente que familiares e escola tem que manter uma comunicação, só acho utópico os professores esperarem nas escolas crianças perfeitas vindas de lares perfeitos, se um dia isso acontecesse...não precisaríamos nem de professores.
  Pais perfeitos educariam seu filhos e lhes transmitiriam CONHECIMENTOS.








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