“Não
se esconda atrás de um falso sorriso.
Você tem o direito de
não estar bem.”
(Paulo Coelho)
Vamos onde Paulo
Coelho não foi com essa frase, vamos andar algumas casas além da virgula.
Eu
posso estar bem e não ter vontade de sorrir.
Ao levar minha
filha para escola sintonizo a Hora do Leite, um programa da rádio ☛Educadora.
Essa coisa do politicamente correto é muito
opressora.
Eu não gosto de
ficar falando bom dia, sempre que possível reduzo a um "oi".
Evidente que não
desejo um "mau dia" para ninguém.
Claro que desejo
um bom dia a todos e se eu desejasse mau dia a alguém... não diria.
Outra coisa que
me incomoda é ter que sorrir sem ter vontade.
Porque as pessoas
não se contentam com um aceno de cabeça!?
Precisam do “bom
dia” e um sorriso.
Não, eu não
acordo feliz da vida.
(Também não acordo triste.)
Eu entendo o segurança da emissora, ele faz um
serviço só por dinheiro, que deve ser bem pouco.
Se passar cem
pessoas são cem bom dias e cem sorrisos forçados.
Ele ganha para
isso?
Claro que não.
O cidadão ganha
para controlar o acesso.
Quem quer “se
sentir bem” vai para um retiro espiritual. 😏
Quando rio espontaneamente é uma delícia, mas ser forçado a sorrir é um horror, parece que meu rosto está todo engessado e aquele sorriso falso vai trincar toda minha pele.
Quando rio espontaneamente é uma delícia, mas ser forçado a sorrir é um horror, parece que meu rosto está todo engessado e aquele sorriso falso vai trincar toda minha pele.
Tudo já começa na
Internet, você abre a rede social e nenhum assunto interessante, as pessoas
enchem a tela de repetitivos "bom dias" sem postar nenhum conteúdo.
Nada contra quem
acorda feliz da vida, mas deveriam
ser mais compreensivos com nós que acordamos "normais".
Porque a maioria de nós não acorda
radiante?
Geralmente gostaríamos
de ficar um pouco mais na cama é meio automático/natural.
Quem não trabalha
no que gosta dificilmente fica animado para trabalhar.
Se o cidadão
precisa trabalhar e está desempregado ... dispensa comentários.
Não sei porque
temos essa "obrigação" de acordarmos radiantes.
Tá, o dia está
lindo, estou com saúde, estou empregado, está tudo em paz... não estou de mau
humor apenas não consigo acordar radiante de felicidade.
Hoje em dia as
pessoas admitem e até defendem um cidadão dar o rabo para outro ou um menor ter
o direito de matar e roubar, porque se incomodam tanto com alguém que não
acorda radiante de felicidade!?
Sou sempre PROFISSIONAL,
faço meu serviço o melhor possível, trato as pessoas com educação, agora, ficar
rindo que nem bobo...não tem lógica para mim.
Acredito que meus
vizinhos não tem o que reclamar, pago meu condomínio em dia, respeito as
normas, se não posso ajudar não atrapalho.
Companheiros um
“oi” e aceno de cabeça está bom, não me exijam mais.
Rir
espontaneamente é tão gostoso, não me obriguem a falsidade.
Nem sua mãe te recebe sempre com um sorriso,
porque cobrar isso dos outros!?
Puxa vida!
ResponderExcluirPor que eu não esperei mais uns dias para ir para o blog da Sonia; nesse tempo?
Eu ia gostar muito desse texto- e gostei agora.
2013 tão perto e tão longe...
ResponderExcluirSabe aquele gatinho que apareceu na minha casa em outubro de 2.011, e que recebeu o nome de Pitaco, pois na época eu estava pesquisando a vida da Safo de Lesbos- a minha versão "das cavernas"?
ResponderExcluirEntão eu ficava todo dia no seu blog.
Conversamos sobre tantas coisas.
Eu ainda usava um notebook pesadão, e o Pitaco sempre entrava de madrugada no meu quarto para dormir na minha cama, enquanto eu escrevia os meus textos e me assenhoresava do "poder da linguagem.
O nosso menino teve uma vida longa e feliz.
Acabou cativando todo mundo.
Ele entendia quando falávamos para não ficar no caminho dos idosos pois eles podiam cair e se machucar.
Era comovente.
Ele morreu por esses dias.
Em paz e sem sofrimento.
De manhã ele tentou ainda caçar uma borboleta.
De noite, fez a grande viagem que todos os seres vivos um dia fazem.
Foram treze anos de alegrias e crescimento para nós todos, e de alguma evolução para o ser querido que nos deixou.
A morte faz parte da vida, ninguém escapa, nem homens, nem gatos ...
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