No
Comunismo idealizado por Karl Marx, o trabalho seria mais agradável que no
Capitalismo?
“A PLANIFICAÇÃO ECONÔMICA refere-se
à centralização, por parte do Estado, dos poderes de planejamento e execução
das políticas econômicas, suprimindo o Mercado e a livre concorrência.”
(Wikipédia)
Não precisa ser
muito esperto para deduzir que geralmente você irá trabalhar no que o Estado “precisa”
que você trabalhe e não no que você efetivamente quer trabalhar.
Isso por si só
torna menos provável que você trabalhe em algo que goste.
Se na
planificação chegou se a conclusão que 60% dos trabalhadores devem ficar na
agricultura é assim que vai ser.
Na China você NÃO
pode mudar livremente de região é preciso ter autorização do Governo.
O controle de uma
população tão grande não é eficiente, muitos chineses mudam em busca de melhor
condição de vida, principalmente de regiões rurais para urbanas.
Acontece que eles
viram imigrantes clandestinos em seu país!
Ao mudar o “clandestino”
tem que viver nas sombras.
Por exemplo, não tem
direito a atendimento médico público fora da sua região.
Você enquanto
cidadão está no planejamento para uma região a mudança tem que ser permitida
pelo governo, não pense que é fácil.
Aqui no Brasil se
você mora em Londrina e decide vir para Campinas trabalhar e morar não tem
problema.
Na China não.
O que é Fetiche da Mercadoria?
Os Comunistas
tratam certas variações no produto/mercadoria como “luxo burguês”, logo certas
diversificações eram mal vistas.
Isso é baseado no que Marx pregava sobre o
“fetiche da mercadoria”.
“Marx
afirma que o fetichismo da mercadoria é algo intrínseco à produção de
mercadorias, já que na sociedade capitalista, o processo de produção se
autonomiza com relação à vontade do ser humano.
Tal
autonomia desaparecerá apenas quando o ser humano controlar de maneira
consciente o processo de produção, numa livre associação de indivíduos, O QUE SÓ É POSSÍVEL DE SER FEITO ABOLINDO A PROPRIEDADE
PRIVADA DOS MEIOS DE PRODUÇÃO E TRANSFORMANDO-OS EM PROPRIEDADE COLETIVA; acabando
com o caráter mercantil dos bens e PRESERVANDO
SOMENTE SEU VALOR DE USO.
Isso
significa uma revolução nas relações de produção e de distribuição dos meios de
vida.”
(Wikipédia)
“Tentando”
simplificar ao máximo o pensamento:
Vamos pensar na
mercadoria chinelo.
Marx está dizendo
que o chinelo é um calçado, apenas isso, essa utilidade dele não
enfeitiça/encanta ninguém, você compra o chinelo só quando precisa de calçado
informal/caseiro, um ou dois são suficientes.
Um chinelo para
uso outro de reserva.
Sem “luxo/supérfluo”
apenas necessidade básica.
Os malditos
burgueses capitalistas fazem chinelos de várias cores e modelos, a mercadoria
te encanta, te enfeitiça, você compra mais chinelos do que seriam necessários.
Você tem um
chinelo preto em casa, mas se encanta também pelo branco, sua esposa se encanta
com o de pedrinhas...
Você e sua família
estão sendo “enfeitiçados” pela mercadoria, ela já não tem só sua utilidade
básica de calçar os pés, mas também de ENFEITAR seus pés, isso o leva a
consumir mais chinelos do que o necessário.
Do lado do fabricante seria muito mais
fácil produzir apenas um tipo e cor de chinelo.
Mas se ao
produzir cores e modelos diferentes ele aumenta as vendas ... é isso que ele acaba fazendo mesmo que seja
mais complexo e dê mais trabalho.
Quem produz não
produz mais o que quer, mas o que vende mais, o que o MERCADO deseja.
(“O processo de produção se autonomiza com relação à vontade do ser
humano.” - Marx)
Perceba que o
marxismo tem tudo a ver com uma comunidade riponga que odeia o consumismo,
odeia o supérfluo.
Precisamos voltar
às nossas raízes indígenas plantar para subsistência, viver do básico.
A indústria deve
produzir o básico com a menor variação possível.
Chinelos de vários
tamanhos é uma necessidade de várias cores e modelos não.
O
Fetiche do Comunismo
O Comunismo/Marxismo enfeitiça corações e
mentes.
É encantador
porque se fundamenta em uma visão "romântica" da vida que inúmeros
pensadores sustentaram por muito tempo.
Meu amigo
Sócrates por exemplo defendia uma vida sem apego a bens materiais.
Se uma roupa
ainda te serve e está em boas condições de uso...porque comprar outra!?
O problema é que não dá para “impor”
sabedoria a todos.
Usando a força conseguimos
obrigar a pessoa a fazer o que “nós” achamos certo, mas sempre que afrouxar o
poder ela volta a fazer o que ela acha certo.
Eu não tenho muito
apego a bens materiais, mas sou apegado a CONFORTO.
Gosto muito da
diversificação dos produtos porque sempre tem um que se adequa mais ao meu
gosto, necessidade e possibilidade financeira.
Mas vamos além.
Porque viver apenas do básico é “sábio”
se a natureza e nossa inteligência tem tanto a nos oferecer?
(Por favor, não estou falando de desperdício)
Karl
Marx foi um gênio ao propor uma vida coletiva e frugal?
Ele nem ao menos
foi original ...
“DIÓGENES DE SÍNOPE foi exilado de sua cidade
natal e se mudou para Atenas, onde teria se tornado um discípulo de Antístenes,
antigo pupilo de Sócrates.
Tornou-se um mendigo que habitava as ruas de Atenas, fazendo da pobreza
extrema uma virtude; diz-se que teria vivido num grande barril, no lugar de uma
casa, e perambulava pelas ruas carregando uma lamparina, durante o dia,
alegando estar procurando por um homem honesto.
Eventualmente se estabeleceu em Corinto, onde
continuou a buscar o ideal cínico da autossuficiência: uma vida que fosse natural
e não dependesse das luxos da civilização.
Por
acreditar que a virtude era melhor revelada na ação e não na teoria, sua vida
consistiu duma campanha incansável para desbancar as instituições e valores
sociais do que ele via como uma sociedade corrupta.”
(Wikipédia)
Já escrevi sobre
Diógenes e Epicuro.
Porque gosto de
Diógenes e não gosto de Marx?
Diógenes não era
hipócrita, ele vivia a filosofia que pregava.
Eu vivo a
Filosofia que prego.
Comunistas são
hipócritas, eles defendem uma vida frugal para o povo, mas seus líderes sempre
vivem na abundância “capitalista”.
Vamos concluir
nosso enigma.
No Comunismo idealizado por Karl Marx o trabalho era/é mais agradável
que no Capitalismo?
É pouco provável, uma vez que a
diversificação do trabalho era menor, você tinha bem menos oportunidade de
experimentação.
Se seu pai
trabalhasse em uma mina de carvão, seu futuro estaria praticamente
“planificado” decidido pelo “Partidão”.
Vamos supor que
você fosse chinês, gostasse de cães e quisesse ser proprietário de um simples
petshop...
(“Proprietário” no
Comunismo, essa foi boa 😏)
Ter cães é um
luxo capitalista burguês você poderia ser preso ou fuzilado com esses
pensamentos subversivos.
“Na
era comunista, os cachorros tinham mais um papel de guardas, pastores OU
REFEIÇÕES, do que companheiros.
Dogmas
ideológicos e necessidades durante os muitos anos de vacas magras da China
renderam aos animais de estimação um caráter de luxo
burguês.
De
fato, depois que os cachorros começaram a aparecer nos lares de Pequim, o
governo decretou, em 1983, a proibição na cidade dos cães e sete outros
animais, incluindo porcos e patos.”
☛ (bitscaverna)
Para quem estudou
a fundo as culturas Grega e Romana certos pensadores tão idolatrados como Marx
não trouxeram nada de novo ou genial.
O FATO NOVO foi
que muitas teorias puderam ser testadas a fundo no decorrer do século passado e
EMPIRICAMENTE se mostraram EQUIVOCADAS.
Não duvido das
ótimas intenções de Karl Marx então vou deixar que ele termine esse texto:
“O caminho do inferno está
pavimentado de boas intenções.”
(Karl Marx)
Marx tinha ótimas
intenções, mas criou infernos na Terra.
"Luxo Burguês", concordo com Marx, ☛
cães são pouco uteis, mas tem uns bonitinhos 😏
William Robson, Capitalista sem perder a ternura.
.
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