Senado reconhece
música gospel como manifestação cultural.
Projeto aprovado pela Casa dá acesso a cantores do gênero à
Lei Rouanet.
“Tem verba federal
para cultura afro, para a música sertaneja e até para o Funk.
Por que não para a
música gospel?”
(Marco Feliciano)
➥Globo 28/12/2011
Os prazeres são muitos, por
consequência os gostos variados.
Há pessoas que curtem colecionar miniaturas,
outras que gostam de escalar grandes montanhas.
Desde que o prazer do indivíduo não seja
crime e pague por ele ... eu aceito.
Se alguém por livre espontânea vontade aceita
bancar o prazer ou atividade de outro, também aceito.
Não entendo ser obrigado a pagar pelo prazer de outra pessoa.
É o que acontece com a Lei Rouanet.
“Governo abre mão de parte dos impostos (que recebe de pessoas físicas ou jurídicas), para que esses valores sejam investidos em projetos culturais que ajudam a mudar e até transformar o cenário da comunidade.”
Sério que a música gospel, funk, sertaneja,
bossa nova ... fazem isso!?
Um filme ou peça de teatro ajudam a mudar o cenário
da comunidade!?
(Observem que
malandramente colocam a palavra “ajudam”, algo subjetivo, difícil de
quantificar)
Pensei que fosse escola, segurança, saúde,
infraestrutura.
Sou contra a Lei Rouanet.
Difícil é explicar porque ... vou tentar.
“Eu” considero a arte antes de tudo um
prazer.
Prazer de quem produz e prazer de quem
consome.
Então, reforçando:
Não entendo eu ser obrigado a pagar pelo prazer de outra pessoa.
Quem de livre e espontânea vontade pinta
quadros é porque tem prazer nessa atividade.
Quem de livre e espontânea vontade compra
quadros é porque aprecia pintura.
Alguém que gosta muito de pintura quer
levar essa arte para crianças no morro.
(Só um exemplo para ilustrar)
Pode fazer isso com recursos próprios, se não
tem ... paciência.
Obrigar toda sociedade bancar o projeto ...
eu não apoio
E a criança do morro?
Defendo que o
dinheiro dos impostos deve ser gasto basicamente com saúde, "escolarização”,
segurança e regulamentações.
Coisas como
alimentação, moradia, lazer, “educação”
... devem ficar prioritariamente a cargo da família.
Logo.
Se a criança
demonstra algum gosto por pintura, os pais dentro de suas possibilidades devem
verificar o que é possível fazer, se não tem condições para nada ... paciência.
Minha filha
queria muito estudar na Inglaterra ou Canada, eu não tenho condições para isso
, ela não foi.
O casal ter filhos é um direito, querer que a sociedade realize todos os sonhos da criança é insano.
Tenho certeza que muitos talentos são
desperdiçados por falta de oportunidade, mas precisamos entender que:
Os principais responsáveis por gerar oportunidades são os pais e o próprio indivíduo.
Nasci numa família desestruturada, aula de educação artística era um terror.
Meus pais não tinham dinheiro sobrando nem
para comprar uma folha de cartolina.
O governo (com dinheiro dos impostos) montou
escola perto de casa, pagou professores, elaborou currículo escolar ... será
que tem que disponibilizar absolutamente todo material escolar?
Da borracha até material para o projeto de ciência!?
Fiz o que meus pais não fizeram.
Antes de ter filhos desenvolvi condições para
que isso acontecesse.
Material escolar nunca faltou para minhas
filhas.
Se uma delas se
interessasse por pintura, não dá para colocar em uma escola de elite, mas dá
para fazer alguma coisa.
Se realmente tiver talento (ou sorte) vai se
destacar senão vai pintar por prazer ... paciência.
E aqui
chegamos em um ponto importante.
Quem sente prazer em pintar quadros e
consegue ganhar dinheiro com isso ... ótimo.
Vincent
van Gogh não conseguiu.
“Van Gogh não obteve sucesso durante sua vida, sendo considerado um louco e um fracassado.
Ele ficou famoso depois de seu suicídio, existindo na imaginação pública como a quintessência do gênio incompreendido, o artista "onde discursos sobre loucura e criatividade convergem"
(Wikipédia)
Um dos meus
prazeres é escrever, seria legal fazer parte de uma editora, ter leitores
dispostos a pagar por meus livros.
Isso
não acontece.
Você considera justo por meio de alguma
brecha (influência) o Governo bancar minha obra?
Evidente que considero
“minha arte” importante, interessante.
As pessoas que produzem música gospel, samba,
hip hop ... teatro, cinema ... acreditam que estão fazendo algo importante,
seja pela mensagem na música (peça, filme) ou para o lazer da
"sociedade".
Convenhamos que não é nada essencial a ponto
de desviarmos dinheiro dos impostos.
Principalmente em um país com déficit fiscal
monumental e outras urgências.
Enfim.
Se você gosta de alguma coisa e ela não é
vendável faça por prazer ou deixe de fazer.
Desviar dinheiro público para satisfazer prazeres
pessoais é insensatez coletiva.
Dá até saudades daqueles artistas “românticos”
que não queriam “sujar” sua arte com dinheiro.
Quem gostasse dava um “agrado”.
Hoje querem “paitrocinio do Estado”.
Provocação final:
Gastamos muito dinheiro com orquestras sinfônicas.
Não podemos dizer que música clássica faz
parte da nossa “cultura”.
Porque ninguém questiona os gastos com
orquestras (até querem que aumente), mas questionam gastos com músicas “regionais”
!?
Tirando os gastos com Museus, que para mim
seriam uma espécie de “arquivo nacional”, e naturalmente há exposição de artes
... todas as outras artes devem se sustentar ou existirem pelo puro prazer.
Se ninguém quer pagar e nem tem mais prazer
em fazer ... deixe a tal arte morrer.
Que fique gravada em vídeo no museu, quem
sabe alguém a ressuscite ... por prazer, não para reivindicar dinheiro dos impostos.
😒“Porque William Shakespeare falou que nossa
Filosofia é vã?”
(Comentarista)
William Shakespeare
viveu por volta de 1600.
Filosofia era
sinônimo de racionalidade, lógica, pensamentos bem estruturados.
A palavra “Ciência”
não tinha o status que tem hoje.
Filosofo era um
intelectual que especulava sobre fatos concretos.
Se Shakespeare
vivesse hoje diria:
“Existe mais
mistérios entre o céu e a terra do que supõe nossa ciência.”
E o “vã”?
Vã quer dizer
inútil, insignificante.
Foi uma palavra
colocada com apelo emocional/teatral.
Apelo emocional fica
interessante em frases.
“Só sei que nada
sei”.
“Penso logo existo”.
“Quem espera sempre
alcança”.
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