sexta-feira, 30 de junho de 2017

Eutanásia

 

   Quando sacrificar seu animal de estimação?

 

  “Qualquer dono de cães, gatos ou outros animais de estimação, podem passar por esta dolorosa experiência de ter que escolher pelo sacrifício de animal.

   Certamente é uma decisão bastante difícil, principalmente quando a relação com seu animal de estimação é muito forte.

 

  O pior de tudo é que esta escolha é única e exclusiva do dono do animal, o veterinário estará sempre pronto para lhe orientar sobre a situação e o estágio da doença.

  Quando as chances de cura são mínimas ou inexistentes, ele pode sugerir o sacrifício do animal.

 

  O dono deve pensar que na hora da decisão, ele vai precisar deixar de lado a paixão para somente assim poder enxergar a qualidade de vida que o animal terá dali pra frente.

  Mas isso tudo é muito relativo, existem casos em que um cão perde completamente a mobilidade das patas traseiras.

 

  Alguns donos creem que o cão viver se arrastando durante o resto da vida, seja uma vida muito sofrida para seus animais e optem pelo sacrifício.

  Em contra partida, existem donos que consideram o sacrifício de animais como crime, e acham que devem cuidar do cão, e ajudando-o em todas as suas necessidades até o dia final natural de sua vida.     

  Apesar de serem visões diferentes, o respeito deve prevalecer em ambas.

 

  Apesar de sempre existir uma esperança de ver o animal curado novamente, deve haver um cuidado extremo para que este amor não se torne obsessão.


   Esta obsessão certamente vai fazer o animal sofrer muito e o dono sem perceber, poderá fazer seu animal sofrer bastante em situações irreversíveis com condições inimagináveis.”


  [Estimação – Matéria completa]


  

 


  Quando sacrificar o animal humano?


 (Vou apenas “plagiar” o texto considerando uma “Sociedade Evoluída” onde a eutanásia e morte assistida sejam permitidas.)

  Qualquer pessoa pode passar por esta dolorosa experiência de ter que escolher pelo sacrifício de alguém querido.
   Certamente é uma decisão bastante difícil, principalmente quando a relação com o indivíduo doente é muito forte.

  A escolha é única e exclusiva do familiar, o médico estará sempre pronto para lhe orientar sobre a situação e o estágio da doença.
  Quando as chances de cura são mínimas ou inexistentes, ele pode sugerir o sacrifício do humano.

  O familiar deve pensar que na hora da decisão vai precisar deixar de lado a paixão para somente assim poder enxergar a qualidade de vida que o humano doente terá dali pra frente.

  Evidente que o paciente estando consciente a decisão deve ser dele, estou falando nos casos que o paciente está vegetativo ou com o cérebro degenerado, não responde mais por si.

  Em contra partida, existem pessoas que consideram o sacrifício de humanos como crime, e acham que devem cuidar do parente o ajudando em todas as suas necessidades até o dia final “natural” de sua vida.     
  (O natural seria não depender de remédios anestésicos ou de maquinas.)
 
  Apesar de serem visões diferentes, o respeito deve prevalecer em ambas.

  Apesar de sempre existir uma esperança de ver o humano curado novamente, deve haver um cuidado extremo para que este amor não se torne uma obsessão.

   Esta obsessão certamente vai fazer o paciente sofrer muito e o familiar sem perceber, poderá fazer aquela pessoa muito querida sofrer bastante em situações irreversíveis com condições inimagináveis.

 

 Como é feita a Eutanásia?

 

  O CFMV estabelece como aceitáveis cerca de 20 técnicas de eutanásia, entre métodos físicos ou químicos.

  Especificamente para cães e gatos, a forma mais comum é pela injeção letal, que é um método químico.

  Esta injeção letal, na verdade, não é uma droga especificamente; existem diferentes drogas que podem ser usadas para este fim.

  A eutanásia feita com agentes injetáveis SEMPRE, sem exceções, inclui o uso de algum anestésico geral.

  O anestésico geral usado, tal como acontece nas cirurgias, deixa o cão inconsciente e livre de dor.


[Meu cão velhinho]


  

 


  A grande provocação desse texto é perceber que em nossa sociedade brasileira pouco evoluída somos mais “humanos” (no sentido de compaixão) com animais que com outros humanos!

  
  Os sites escolhidos por mim são de pessoas que adoram animais então não me venham falar de frieza, materialismo, insensibilidade, assassinato...

  Estamos evoluindo muito lentamente, seria interessante uma acelerada nesse processo.
  Espero que mais brasileiros repensem seu posicionamento sobre eutanásia e suicídio assistido.
  Por enquanto... nem acredito que preciso escrever certas coisas tão obvias!
  Me sinto um "holandês” exilado no Brasil.😔


  

     O primeiro país do Mundo a permitir a eutanásia foi a Holanda.

 

    Saiba quais países já permitem a eutanásia.

   




 

 


 


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quarta-feira, 28 de junho de 2017

Desapego a Matéria

  Escritor maldito é aquele que tem suas obras censuradas em sua época e obtêm reconhecimento muitos anos após sua publicação.

  Sou um escritor maldito?

  Se algum dia depois de minha morte vou ter algum reconhecimento é impossível dizer, provavelmente não.
   Escritor eu sou, textos me vem fáceis.

  Não escrevo bem?

  Por vezes gostamos muito de uma atividade, mas infelizmente não a fazemos bem.
  O indivíduo gosta muito de cantar, mas não nasceu com uma voz apropriada.
  O garoto queria ser um recordista em natação, mas a genética do seu corpo não ajuda.
  A moça gostaria de ser uma Top Model, porém não cresceu mais que 1,65.

  No meu caso eu gosto de escrever e "deduzo" que escrevo bem.
  Uma coisa comum é alguém me adicionar ou propor amizade no Face para pouquíssimo tempo depois me excluir.
  Sou xingado de muitas coisas a mais suave (que nem chega a ser um xingamento) é que sou “bipolar”.

  Essa “critica” dos leitores considero bastante esclarecedora.
  O ateu lê um texto meu onde há alguma crítica a religiosidade, gosta tanto que me adiciona instintivamente ... “esse cara é bom!”
  O problema é que ao me adicionar, os textos que criticam o ateísmo começam a aparecer ... “esse cara é um idiota!”

  Minha dedução é que escrevo bem, tão bem que o indivíduo ao invés de defender seu ponto de vista prefere me xingar ou excluir, lhe falta argumento.

  Um exemplo:

  Cada vez que escrevo sobre Suicídio a indignação dos leitores comigo chega ao máximo.
  Sou um dos raros pensadores que defende o ato...

                                                    


   Espero que no futuro ocorram muito mais suicídios e mortes induzidas.
    [William Robson]

 

 

  Em geral, a maioria dos pensadores que li são contra o suicídio ao mesmo tempo que pregam desapego a matéria!!
  Nessa questão apenas me considero mais coerente que eles.
   Sócrates pregava uma vida bem frugal, sem muitas posses.
   Nietzsche, Rousseau, Karl Marx ... maldiziam o consumo de “supérfluos”, condenavam até a posse de propriedade.

  Eu gosto do conforto, condeno apenas o desperdício e o “consumismo”, no sentido de comprar compulsivamente.

  Gosto de ter propriedade, de tecnologia, de fartura de alimentos.
  Se o cidadão gosta de uma Ferrari e tem dinheiro para comprar ... compre o carro sem culpa.
  Desde que você ganhe o dinheiro honestamente e não gaste mais do que ganha ... para mim esta tranquilo.

  Entretanto eu também defendo o desapego a matéria, mas qual matéria?

  O “corpo físico”, a “maquina biológica” ... como queiram.
  Se você é um filósofo materialista (ateu) não deveria se apegar tanto a máquina biológica.
  Se você é um filósofo espiritualista não deveria se apegar tanto ao corpo físico.

  Na minha visão de mundo viveríamos muito melhor se aceitássemos com mais tranquilidade a morte, até porque isso é muito lógico.

  Enquanto podemos ter uma vida biológica satisfatória compensa estarmos vivos.
  Quando a vida biológica se torna extremamente insatisfatória com probabilidade baixíssima de melhora ... para que continuar vivo!?

  Com essa visão de mundo defendo até o aborto.
  Se é para alguém nascer em um situação tão horrível que nem a própria mãe o quer ... pra que nascer!?

  Imagine você sendo mais uma daquelas crianças subnutridas que aparecem naquelas fotos dantescas, geralmente de regiões da África?
  Eu preferia não nascer.

  Evidente que meu ideal é que casais planejem os filhos (De preferência tenham no máximo dois), sou contra o aborto diante de tantos métodos anticoncepcionais.
 Mas sem dúvida prefiro a cultura abortiva de Cuba que a paternidade irresponsável africana.

  São nesses tipos de assuntos que me chamam de "bipolar", insinuando grandes contradições.
  O problema é que tiram do contexto...

  😠"Como alguém que se diz contra o aborto, aceita sua pratica?"
   (Comentarista)


    
  

  Separei dois comentários que me levaram a escrever essa meditação.

 


 

 😒 “Embora eu acredite na reencarnação, acho o suicídio algo e ser estudado, porque não acredito em sofrimento eterno, já li que o suicida não tem o "direito" de reencarnar de novo.
  Se Deus é amor, perdão, claro que ele perdoa as fraquezas humanas.
  Acredito que quando nos arrependemos de fato, somos perdoados, então começamos outra jornada!”

[Comentarista]         

 
 “Focando no Cristianismo.”
  Em caso de doença altamente debilitante não consigo entender o motivo de persistimos até o final.
  Em que isso apraz a Deus de Abraão!?
  Passar dia e noite com dor, em que melhora o meu caráter ou espírito?
  Ser um fardo pesado para minha família vai melhorar minhas chances de “salvação”?
  É dito que a salvação é um dom de Deus, logo, não conquisto isso sofrendo em uma cama.
  Se Jesus já fez o sacrifício, em que o sacrifício da minha família vai fazer diferença?
 
  E quanto a Deus “perdoar fraquezas”?
 
  Não tenho nenhuma ilusão que se matar é fácil, se acontecer comigo sei que será um momento angustiante.
  Acredito que precisamos ser muito fortes, corajosos, para cometer o suicídio.
  Muitos não se matam por não ter essa força.
 
  Se você viveu dignamente e não há nada mais de bom a esperar dessa vida, Deus deve te dar a possibilidade de se retirar dela e viver uma outra ou ser aniquilado.
 
   Na hora da minha morte quero sair da vida em meu último ato de força, coragem e nobreza.
  Vencer o medo da morte.


 




 😭“Nem sei o que falar, meu irmão se matou ... é uma situação bem difícil, era um jovem de apenas 18 anos que desde os 16, sofria de depressão e transtorno bipolar... então, não sei o que achar!”

 [Comentarista]         

 

  Se ele tinha graves problemas de transtorno bipolar então ... era um grande “estorvo” para quem estava a sua volta.

  Se percebeu isso em seu momento de lucidez e foi forte para se matar é louvável, muito nobre.

 

  Sou muito desajustado, mas não atrapalho as pessoas.

  Me isolo bastante, mas me sustento, cumpro com minhas obrigações, na maior parte do tempo fico em silêncio não causo transtorno.

 

  Entretanto eu separo o suicídio...digamos... por necessidade do suicídio por “perspectiva”.

 

 ➽ O que leva ao suicídio?

 

  Há pessoas que tem uma visão limitada da vida, só veem as coisas pelo ângulo que elas escolheram e se prendem a ele.

 

  Se matar por amor é bem isso.

  Por mais que você ame uma pessoa, pode se distanciar dela e aparecer um outro amor ou pelo menos perceber que a vida tem outros prazeres, enxergar outras perspectivas.

 

  Mas se ocorreu uma incontrolável atração, a qual você não consegue viver sem a pessoa...é melhor se matar do que assassinar alguém.

 

  Temos que tentar mudar a perspectiva da pessoa, mas se ela quiser mesmo desistir da vida arrumará uma maneira.

 

  Mesmo nesse caso não sei porque Deus não pode dar uma outra chance, precisa nos punir até depois do suicídio!?

 

  Seu filho faz uma traquinagem e quebra o braço, você o leva ao médico ou o deixa agonizando de dor?

  A resposta para nós é fácil/óbvia, para Deus deve ser também.

 

  Se você tinha algo importante para fazer e saiu antes do tempo... descanse um pouco, receba bons conselhos espirituais, depois volte mais preparado para enfrentar o desafio.

 

 Se é para pensar em algum Deus, prefira pensar em alguém justo e bom.

 

  Se não tiver nenhum “pós vida” e for só o fim...o suicida não queria mais existir mesmo...

 

  Já tive muita vontade de morrer, só queria sumir, não existir mais.

  É estranho pensar em um Deus que aprove ou queira tanto sofrimento não é mesmo?

  Desde que me conheço por gente as pessoas tentam me convencer que Deus é sádico.

  (Não que elas tenham consciência disso.)

  Fica colocando provações dolorosas na vida dos indivíduos.

  Trabalho em um hospital e vejo pessoas submetidas a dolorosos tratamentos que só adiam sua morte sem possibilitar uma boa qualidade de vida.

   Se um dia viver essa situação espero ter força e coragem para abreviar meu sofrimento, se algum deus não quiser...depois eu vejo.

 

  Um deus onipotente, onisciente, onipresente poderia tirar a minha dor, me restituir a saúde, se não fez... deduzo que de certa forma fui induzido ao suicídio, não devo ser punido por isso.

 


 

 

  Espero que no futuro ocorra muito mais suicídios ou mortes induzidas/assistidas.

   Aposto que a humanidade vai ficar mais adulta, mais civilizada.
  Esse dogma que a vida pertence a algum espírito e só ele pode tirar não resiste a menor lógica.
  Quando tratamos alguém de uma doença que o levaria a morte não estamos interferindo no seu tempo de vida!?

  Em toda Bíblia “não me lembro” de nenhuma recomendação para procurarmos médicos.

  Se adoecer repouse e ore, que seja feita a vontade de Deus, é o que está na Bíblia.
 
  Não desejo sofrer nenhum acidente que me tire repentinamente da vida, pra falar a verdade não queria nem morrer.
  Ficar para sempre com a aparência e disposição dos 25 anos seria algo muito bom.
  No desejo/imaginação podemos tudo, a realidade não é muito elástica.

  Se nenhum acidente ocorrer a lógica me diz que cometerei suicídio por debilidade física.
  Tenho tudo mais ou menos planejado.
  Não deixarei carta de despedida, todos que me conhecem já sabem meus motivos, minha “visão de mundo”.
  Se tiver algum órgão ainda aproveitável que seja doado.
  Quero ser cremado então deixarei tudo pago, acertado.

  Prefiro morrer dormindo, torço para que leis de eutanásia e morte assistida sejam aprovadas.

  Dar tiro na cabeça, ingerir veneno, se enforcar, cortar pulso, se jogar de lugar bem alto ... são procedimentos bárbaros.
  Não gostaria de ter que recorrer a um desses métodos.

  Mas se for preciso...
 
  Ligarei meu MP3, um bom fone de ouvido, musicas maravilhosas que me marcaram.

  Cheguei chorando sairei cantando e dançando.
  Foi bom, uma experiência fascinante.

  Adeus pessoas amadas, irmãos de humanidade; ou ... até a próxima ... fui!


  Dez anos depois...

Pobre em país subdesenvolvido, pelo amor de Deus, NÃO!









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segunda-feira, 26 de junho de 2017

Suicídio

                                                  


  “Existe apenas um problema filosófico realmente sério, o suicídio.

   Julgar se vale a pena viver ou não, significa responder a questão fundamental da Filosofia.”

   [Albert Camus]

 

 


  Não acho que seja uma questão fundamental da "Filosofia Geral", aquela que você analisa a vida holisticamente.
  Tenho como uma decisão fundamental individual, Filosofia Pessoal.

  Filosoficamente não faz sentido viver em condições físicas muito precárias.
  Seja por doença, seja por situação muito difícil de sobrevivência ... fome, tortura, prisão ...

  Eu não tenho como ser contra o suicídio, é uma decisão pessoal que na maioria das vezes é a melhor.

   Vou analisar duas questões pessoais.

1 - ESPERANÇA.

  Com base em FATOS, quanto você acredita que pode melhorar suas condições de vida?
  Isso varia infinitamente de pessoa para pessoa.
  A variável complicada é a “ilusão”.
  O indivíduo deturpa os fatos.

  Exemplo rápido:
  Um cidadão depois de anos lutando contra o vício em drogas, já perdeu tudo, vive na rua, faz mal as pessoas praticando furtos, é um transtorno para família.
  Diante desses fatos o suicídio é a melhor decisão.

  Entretanto o indivíduo se apega a outro fato.
  Muitos que quiseram realmente deixar o vício em drogas conseguiram.
  Sem dúvida é um fato inquestionável.
  Acontece que estamos falando de um indivíduo que já tentou a reabilitação várias vezes e agora está no fundo do poço.
  É difícil saber onde termina a esperança e começa a ilusão.
  Outro conseguir a reabilitação não é garantia nenhuma que eu também consiga.
  Muitos já ganharam na loteria, eu nunca ganhei.

  “Minha regra geral” é que quando acaba a esperança o suicídio é a melhor opção.

  Aquela situação a qual você não encontra mais razão para viver.    
  Continuar vivo vai trazer muita dor e sofrimento pra você ou aos que estão a sua volta.

  Você não concorda que o suicídio seja a melhor opção, nesse caso das drogas em que o cidadão visivelmente não tem controle?

  Saudações democráticas, mas...

                                           

   

   “Mais de 60% dos assassinatos ocorridos no Brasil em 2010 tiveram qualquer tipo de ligação com o tráfico de drogas, o número aumenta ainda mais, se excluirmos as mortes e destacarmos apenas os crimes convencionais, como roubos e furtos, eleva o número para mais de 80%.”
[Antidrogas]


 

   É, o cidadão continua provocando colapsos familiares, provocando o mal em inúmeras pessoas, inclusive homicídios.
  Eu particularmente recebo com certo alivio quando um drogado problemático morre por over dose.
  Se comete suicídio ... eu respeito sua decisão.

2 - IDEOLOGIA

  A “crença” do indivíduo é o que mais interfere na sua visão do suicídio.

                                              

   

  “Seguidores de crenças têm taxas mais baixas de suicídio que ateus”.

  [Estadão]


 

  A maioria das religiões são contra o suicídio, como vivemos em uma nação cristã vou focar no Cristianismo.

  “Não lembro” de ter lido na Bíblia nenhuma advertência direta contra o suicídio. ​​
  Os "teólogos" decidiram que o suicídio é um grande pecado, mas suas bases são muito subjetivas.

  Não matarás é o mesmo que NÃO SE matarás? 

                                            

   

  “Vai, pois, agora e fere a Amaleque; e destrói totalmente a tudo o que tiver, e não lhe perdoes; porém matarás desde o homem até à mulher, desde os meninos até aos de peito, desde os bois até às ovelhas, e desde os camelos até aos jumentos.”
 [1 Samuel 15:3]


 

  Leio muitas críticas a Saul por ter praticado suicídio e muita exaltação a Davi por ter cometido muitos assassinatos!
  Lembremos que Davi nasceu muito depois de Moisés.

  Pra você que não lê a Bíblia...
  Moisés foi o cara que esteve na presença do Deus de Abraão e trouxe os Dez Mandamentos cujo o quinto é NÃO MATAR.
  Deus dá um mandamento e ele mesmo contradiz essa lei!

  Pastores e padres dizem que o suicídio é um “auto assassinato”
  O que vai contra nossos dicionários:

                                             

   

   Assassinato: Ação ou efeito de assassinar; ação de assassinar (matar) uma outra pessoa.


 

  A IDEOLOGIA “cria” conceitos e o “crente” não pode pensar/questionar.

  Alguns decidiram que suicídio é um dos maiores "pecados", e ai de quem não aceitar isso como a mais pura verdade.

  Eu não aceito.
  Tenho bons argumentos.

 


 “A vida a Deus pertence.”




Porque não posso devolver a Deus se está insuportável!?


  

  De repente voltamos para aqueles questionamentos básicos a respeito da doutrina/ideologia cristã.

  Se Deus está no controle de tudo poderia fazer com que só ótimos governantes fossem eleitos, isso eliminaria as guerras, fome, condições precárias de vida.
  Da mesma forma vírus nocivos poderiam desaparecer da Terra, não ficaríamos doentes.
  Drogas de todo tipo não vieram de outro mundo, foram criados nesse.
  As plantas que formam a maconha, opio, cocaína, álcool, fumo ... não foram criadas por Deus?
  Quem mais tem o poder da “criação”?
  Nós humanos, Lúcifer?
 
  O objetivo desse texto é você entender que “caso” deus/espíritos existam NÃO dá para afirmar o que acontece com um suicida no “pós morte”.

  Tudo não passa de suposições dos antigos propagada por lideres religiosos.


  Vamos a um caso prático:

                                             

   

   "Marcelo Rezende fala sobre morte e diz que acredita em cura divina."

   [Google - Setembro 2017]


 


   A Filosofia MATEMÁTICA (Ciência) diz que o câncer em Marcelo é muito agressivo, possibilidade de cura ... menos de 5%.
  Os fatos dizem que Marcelo vai morrer, não podemos nem falar em esperança.
  A ideologia de Marcelo o induz a Fé e esta é uma expectativa positiva contra todos os fatos...
  Se ele se curar, realmente pode ser considerado um milagre, uma intervenção espiritual.

  No caso dele, “EU” já teria perdido a esperança e o suicídio seria uma boa decisão.
  Geralmente o tratamento de câncer em si é muito dolorido, o câncer dói ainda mais.
  Em estágio avançado são ministrados anestésico fortíssimos que em muitos casos ainda não são suficientes.
 Trabalho em um hospital “vivencio” o que estou escrevendo.

  Marcelo Rezende tem dinheiro, eu não.
  O meu sofrimento seria multiplicado várias vezes, meu tratamento não seria tão bom quanto o dele.

  E minha família?
  Sem dinheiro para contratar auxiliares, minha esposa e filhas ficariam com todo peso do meu tratamento.
  Um desgaste enorme em um “jogo” que eu teria apenas 5% de chances de “sobreviver”.
  Em se tratando de câncer a “reincidência” não pode ser descartada, graves sequelas também não.

  Marcelo Rezende tem 65 anos, hoje em dia uma pessoa “saudável” com essa idade pode produzir muita coisa, os trabalhos não exigem grande esforço físico graças a tecnologia.
  Silvio Santos tem 86.
  Abílio Diniz 80.

  A palavra-chave é “saudável”.
  Depois dos 60 as recuperações do organismo se tornam muito lentas.

  Se eu estivesse fisicamente na situação de Marcelo Rezende e na minha situação econômica ... uns comprimidinhos para dormir eternamente viriam bem a calhar.

  Eu consideraria o suicídio um ato nobre da minha parte.
  Me poupar de dor desnecessária e evitar enorme sofrimento para minha família.

  “Obrigado” Deus pelo “presente”, mas ficou insuportável pra mim ...

  Se o Senhor está chateado ... imagine eu velho e doente...


  




  Link

  Esse povo é demais!
  É uma das CULTURAS que mais admiro.

  “Existe apenas um problema filosófico realmente sério, o suicídio.
   Julgar se vale a pena viver ou não, significa responder a questão fundamental da Filosofia.”
[Albert Camus]

  Não acho que seja uma questão fundamental da "Filosofia Geral" (aquela que você analisa a vida holisticamente) tenho como uma decisão fundamental pessoal. (Filosofia Pessoal)

  Filosoficamente não faz sentido viver em condições físicas muito precárias.

  Seja por doença, seja por situação muito difícil de sobrevivência ... fome, tortura, prisão ...

  A Filosofia não tem como ser contra o suicídio, é uma decisão pessoal que na maioria das vezes é a melhor...









  

  Nossos "últimos dias" geralmente são cruéis e podem demorar anos.
  A maioria de nós vai definhando aos poucos atingido por alguma doença incapacitante.
  Trabalho em um hospital, tenho diariamente visões bem deprimentes.
  É uma decisão muito pessoal, até quando prosseguir com o sofrimento?
  Espero ter coragem para “me abortar” quando minha saúde estiver bem precária...
 
  Continuar lendo...


 

 



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