“Existe apenas um problema filosófico realmente sério, o suicídio.
Julgar se vale a pena viver ou não, significa responder a questão fundamental da Filosofia.”
[Albert Camus]
Não acho que seja
uma questão fundamental da "Filosofia
Geral", aquela que você analisa a vida holisticamente.
Tenho como uma
decisão fundamental individual, Filosofia
Pessoal.
Filosoficamente não faz sentido viver em
condições físicas muito precárias.
Seja por doença, seja
por situação muito difícil de sobrevivência ... fome, tortura, prisão ...
Eu não
tenho como ser contra o suicídio, é uma decisão pessoal que na maioria das vezes
é a melhor.
1 - ESPERANÇA.
Com base em
FATOS, quanto você acredita que pode melhorar suas condições de vida?
Isso varia
infinitamente de pessoa para pessoa.
A variável complicada
é a “ilusão”.
O indivíduo
deturpa os fatos.
Exemplo rápido:
Um cidadão depois
de anos lutando contra o vício em drogas, já perdeu tudo, vive na rua, faz mal
as pessoas praticando furtos, é um transtorno para família.
Diante desses
fatos o suicídio é a melhor decisão.
Entretanto o indivíduo
se apega a outro fato.
Muitos que
quiseram realmente deixar o vício em drogas conseguiram.
Sem dúvida é um
fato inquestionável.
Acontece que
estamos falando de um indivíduo que já tentou a reabilitação várias vezes e
agora está no fundo do poço.
É difícil saber onde termina a
esperança e começa a ilusão.
Outro conseguir a reabilitação não é garantia nenhuma que eu também consiga.
Muitos já ganharam na loteria, eu nunca ganhei.
“Minha regra geral” é que quando acaba a
esperança o suicídio é a melhor opção.
Aquela situação a qual você não encontra mais
razão para viver.
Continuar vivo
vai trazer muita dor e sofrimento pra você ou aos que estão a sua volta.
Você não concorda
que o suicídio seja a melhor opção, nesse caso das drogas em que o cidadão visivelmente
não tem controle?
Saudações democráticas,
mas...
“Mais de 60% dos assassinatos ocorridos no Brasil em 2010 tiveram qualquer tipo de ligação com o tráfico de drogas, o número aumenta ainda mais, se excluirmos as mortes e destacarmos apenas os crimes convencionais, como roubos e furtos, eleva o número para mais de 80%.”
[Antidrogas]
[Antidrogas]
É, o cidadão
continua provocando colapsos familiares, provocando o mal em inúmeras pessoas,
inclusive homicídios.
Eu particularmente
recebo com certo alivio quando um drogado problemático morre por over dose.
Se comete suicídio
... eu respeito sua decisão.
2 - IDEOLOGIA
A “crença” do indivíduo é o
que mais interfere na sua visão do suicídio.
A maioria das
religiões são contra o suicídio, como vivemos em uma nação cristã vou focar no Cristianismo.
“Não lembro” de
ter lido na Bíblia nenhuma advertência direta contra o suicídio.
Os "teólogos" decidiram que o
suicídio é um grande pecado, mas suas bases são muito subjetivas.
Não matarás é o
mesmo que NÃO SE matarás?
“Vai, pois, agora e fere a Amaleque; e destrói totalmente a tudo o que tiver, e não lhe perdoes; porém matarás desde o homem até à mulher, desde os meninos até aos de peito, desde os bois até às ovelhas, e desde os camelos até aos jumentos.”
[1 Samuel 15:3]
[1 Samuel 15:3]
Leio muitas críticas
a Saul por ter praticado suicídio e muita exaltação a Davi por ter cometido
muitos assassinatos!
Lembremos que Davi
nasceu muito depois de Moisés.
Pra você que não lê
a Bíblia...
Moisés foi o cara
que esteve na presença do Deus de Abraão e trouxe os Dez Mandamentos cujo o
quinto é NÃO MATAR.
Deus dá um
mandamento e ele mesmo contradiz essa lei!
Pastores e padres
dizem que o suicídio é um “auto assassinato”
O que vai contra
nossos dicionários:
Assassinato: Ação ou efeito de assassinar; ação de assassinar (matar) uma outra pessoa.
A IDEOLOGIA “cria” conceitos e o “crente” não pode pensar/questionar.
Alguns decidiram que suicídio é um dos maiores "pecados", e ai de quem não aceitar isso como a mais pura verdade.
Eu não aceito.
Tenho bons argumentos.
De repente voltamos para aqueles questionamentos básicos a respeito da doutrina/ideologia cristã.
Se Deus está no
controle de tudo poderia fazer com que só ótimos governantes fossem eleitos,
isso eliminaria as guerras, fome, condições precárias de vida.
Da mesma forma
vírus nocivos poderiam desaparecer da Terra, não ficaríamos doentes.
Drogas de todo
tipo não vieram de outro mundo, foram criados nesse.
As plantas que
formam a maconha, opio, cocaína, álcool, fumo ... não foram criadas por Deus?
Quem mais tem o
poder da “criação”?
Nós humanos, Lúcifer?
O objetivo desse texto é você entender que “caso”
deus/espíritos existam NÃO dá para afirmar o que acontece com um suicida no “pós
morte”.
Tudo não passa de
suposições dos antigos propagada por
lideres religiosos.
Vamos a um caso prático:
A Filosofia
MATEMÁTICA (Ciência) diz que o câncer em Marcelo é muito agressivo,
possibilidade de cura ... menos de 5%.
Os fatos dizem
que Marcelo vai morrer, não podemos nem falar em esperança.
A ideologia de
Marcelo o induz a Fé e esta é uma expectativa positiva contra todos os
fatos...
Se ele se curar,
realmente pode ser considerado um milagre, uma intervenção espiritual.
No caso dele, “EU”
já teria perdido a esperança e o suicídio seria uma boa decisão.
Geralmente o
tratamento de câncer em si é muito dolorido, o câncer dói ainda mais.
Em estágio
avançado são ministrados anestésico fortíssimos que em muitos casos ainda não
são suficientes.
Trabalho em um hospital
“vivencio” o que estou escrevendo.
Marcelo Rezende
tem dinheiro, eu não.
O meu sofrimento
seria multiplicado várias vezes, meu tratamento não seria tão bom quanto o dele.
E minha família?
Sem dinheiro para
contratar auxiliares, minha esposa e filhas ficariam com todo peso do meu
tratamento.
Um desgaste
enorme em um “jogo” que eu teria apenas 5% de chances de “sobreviver”.
Em se tratando de
câncer a “reincidência” não pode ser descartada, graves sequelas também não.
Marcelo Rezende
tem 65 anos, hoje em dia uma pessoa “saudável” com essa idade pode produzir
muita coisa, os trabalhos não exigem grande esforço físico graças a tecnologia.
Silvio Santos tem
86.
Abílio Diniz 80.
A palavra-chave é
“saudável”.
Depois dos 60 as recuperações
do organismo se tornam muito lentas.
Se eu estivesse
fisicamente na situação de Marcelo Rezende e na minha situação econômica ...
uns comprimidinhos para dormir eternamente viriam bem a calhar.
Eu consideraria o
suicídio um ato nobre da minha parte.
Me poupar de dor desnecessária e evitar enorme sofrimento para minha família.
“Obrigado” Deus pelo “presente”,
mas ficou insuportável pra mim ...
Se o Senhor está
chateado ... imagine eu velho e doente...
➥Link
Esse povo é demais!
É uma das CULTURAS que mais admiro.
“Existe apenas um problema filosófico realmente sério, o suicídio.
Julgar se vale a pena viver ou não, significa responder a questão fundamental da Filosofia.”
[Albert Camus]
Não acho que seja uma questão fundamental da "Filosofia Geral" (aquela que você analisa a vida holisticamente) tenho como uma decisão fundamental pessoal. (Filosofia Pessoal)
Filosoficamente não faz sentido viver em condições físicas muito precárias.
Seja por doença, seja por situação muito difícil de sobrevivência ... fome, tortura, prisão ...
A Filosofia não tem como ser contra o suicídio, é uma decisão pessoal que na maioria das vezes é a melhor...
Nossos "últimos dias" geralmente são cruéis e podem demorar anos.
A maioria de nós vai definhando aos poucos atingido por alguma doença incapacitante.
Trabalho em um hospital, tenho diariamente visões bem deprimentes.
É uma decisão muito pessoal, até quando prosseguir com o sofrimento?
Espero ter coragem para “me abortar” quando minha saúde estiver bem precária...
Continuar lendo...
A maioria de nós vai definhando aos poucos atingido por alguma doença incapacitante.
Trabalho em um hospital, tenho diariamente visões bem deprimentes.
É uma decisão muito pessoal, até quando prosseguir com o sofrimento?
Espero ter coragem para “me abortar” quando minha saúde estiver bem precária...
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Olá.
ResponderExcluirVou escrever aqui porque não quero a minha opinião em local visível.
Eu discordo da maioria das justificativas que o senhor apresentou para o suicídio e vejo essa prática como assassinato de si mesmo.
A "nossa" vida não nos pertence.
Nós nascemos à nossa revelia.
Tudo nos foi dado pela natureza.
Então devemos respeito a ela e devemos bons exemplos aos mais fracos.
Eu ainda penso assim; depois de todos esses anos em que nos conhecemos.
Mas concordo com o suicídio em caso de doenças graves e incapacitações.
Estou inclusive, determinada a não tomar estatinas nem cibrofisatos para controlar o colesterol.
Da última vez que tentei; quase arrasei o meu estômago e fiquei com dores nas articulações por quinze dias.
Se eu insistir nesses remédios, rápidamente me tornarei uma inválida.
Acho que eu sou a mais fracote da minha família- porque nem o meu pai; que tem esclerose múltipla, tem tantas reações aos alopáticos.
Mas justamente a minha dignidade reside no meu desempenho no trabalho e em meus esforços para ser útil.
Sem isso, a minha vida deixa de valer alguma coisa.
Não é por ter nascido mulher que aceitarei ser subtraída em minha responsabilidade para comigo.
Se eu tivesse filhos; eles brigariam comigo, mas acabariam entendendo.
Vou fazer o melhor que eu puder para me manter com saúde.
A hora que não der mais; eu sei que serei "tragada para o infinito" sem precisar acelerar o passo.
Eu sofro de arritmia e essa "coisa" esquisita vai ajudar.
A Terra gira.
Ontem mesmo[há um éon atrás] eu brigava com um professor [O filósofo Sócrates...eu recordei da cena num pesadelo dos meus dezesseis anos de idade] porque ele ia se deixar matar pelos carrascos atenienses poia o "Daemon" não lhe falava mais.
Na linguagem de hoje; a mente dele estava mais lenta.
Mesmo agora, por muito tempo ainda achei desumano o que ele fez.
Mas já entendo.
Estou caminhando para um dilema semelhante.
Não se elimine à toa, Sr.William.
Sua família gosta de você.
Uma tapona nas costas.
Correção ortográfica;
ResponderExcluir...poiS o Daemon...
Não existe uma “entidade pessoal” chamada Natureza.
ResponderExcluirRespeito a “crença” das pessoas.
Quer conversar com o Sol, com o mar, com as estrelas … tudo bem.
Porém, prefiro minhas próprias meditações ou trocar ideias com outros humanos.
As únicas “entidades pessoais” que empiricamente reconheço.
Olá, Sr.William! 😀
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