Em
1925 Albert Einstein passou uma semana no Brasil.
Nos achou um povo de
tolos.
“Às quatro horas, primeira conferência no
Clube de Engenharia Militar, o salão superlotado com o barulho da rua pelas
janelas abertas.
Compreensão impossível, a começar pela
acústica.
Pouco sentido científico.
Eu sou um tipo de elefante branco para os
outros, eles para mim uns tolos.”
Depois de mais de
80 anos estamos menos tolos?
Tudo sugere que
não.
Continuemos com a
provocação do texto anterior.
Há muitos tolos
defendendo que o Brasil é muito importante para a economia mundial ... poderíamos
ser, mas NÃO somos.
O Brasil é importante para
nós brasileiros, para o funcionamento do mundo é INSIGNIFICANTE.
Não fique triste,
revoltado ou decepcionado a maioria dos países são tão ou mais insignificantes
que o Brasil.
Vou lhes
apresentar algumas situações:
Situação
1 - Imagine que seu irmão ganha
10 mil por mês e gaste tudo com a família dele, claro que seu irmão não tem
obrigação nenhuma de dar parte do rendimento dele para você.
[Vamos tirar o sentimento da equação para esse plano de pensamento
ficar mais inteligível.]
Nessa situação se
seu irmão desaparecer da face da Terra sua situação econômica não mudará em
nada.
Seu irmão ganhava
10 mil, mas nada vinha para sua conta, financeiramente seu irmão podia até
ganhar 100 mil, bom para ele, mas se ele não te dava nada... para sua vida
econômica não significava nada.
Situação
2 – Você cuida do jardim da casa de seu irmão, ele lhe paga 200 reais
por mês.
[São 2% dos 10 mil
reais que ele ganha]
Nesse caso se seu
irmão desaparecesse da face da Terra você deixaria de ganhar 200 reais.
Convenhamos que
não é uma grande quantia, se você é um bom jardineiro não deve ser difícil
cuidar de outra casa que lhe renda o mesmo dinheiro, economicamente mais uma
vez seu irmão não lhe faria muita falta.
Situação
3 – Seu irmão ganha 10 mil sendo proprietário de uma loja de ferramentas
onde você trabalha como gerente e ganha 4 mil por mês.
Agora se seu
irmão desaparecer da face da Terra e o comércio for fechado você perderá um
rendimento mensal de 4 mil.
Você era gerente
por um laço de família, ser gerente em outra loja com salário de 4 mil não será
tão fácil.
O Brasil para o
mundo está na segunda situação apresentada.
Somos responsáveis por meros 2% do comércio
mundial.
Se acontecesse um
fenômeno surreal e todo território brasileiro e sua população desaparecessem da
face da Terra...economicamente não faria diferença, em termos de comércio
mundial somos insignificantes.
Se o Brasil nunca
tivesse existido o mundo continuaria igual.
Como existimos
claro que o desaparecimento de 200 milhões de vidas provocaria uma comoção
mundial, mas são “só” sentimentos, economicamente não faríamos falta.
A vida na Terra
seguiria adiante sem grandes problemas.
Daí você deve
estar pensando:
👨 “Que
babaquice, somos a 6ª Economia, como não faríamos falta!?”
Somos a sexta
economia porque somos 200 milhões de consumidores e 79 milhões de produtores.
Temos quantidade
de pessoas não qualidade de pessoas.
“No
caso específico do Brasil, a população ativa soma aproximadamente 79 milhões de
pessoas ou 46,7%.
Índice
muito baixo, uma vez que o restante da população, cerca de 53,3%, fica à mercê
do sustento dos economicamente ativos.
Em
diversos países, o índice é superior, aproximadamente 75% atuam no setor
produtivo.
No
Brasil, os homens representam 58% e as mulheres 42% daqueles que desenvolvem
atividades em distintos setores da economia.”
▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬
O que muda diante da constatação da nossa
situação?
Muita coisa.
Sabe aquele cara
que entra na festa todos olham para ele, o indivíduo fica achando que está
muito bem quando na verdade está chamando a atenção por algo bizarro.
Sei lá, se o cara
entender que está bizarro, que é motivo de piada e não admiração, pode melhorar
seu visual ou comportamento.
É a velha
história, para você se livrar ou tentar amenizar o vício em álcool o primeiro
passo é se reconhecer alcoólatra.
O Brasil além de
estar bizarro anda com outras economias bizarras.
Venezuela,
Bolívia, Cuba...
É difícil evoluir
insistindo em ideologias fracassadas.
Exemplo:
Evidente que
Hugo Chávez não era unanimidade na Venezuela, mas os descontentes com sua forma
de governar se limitavam a demoniza-lo sem apoiar um nome para enfrentá-lo nas
eleições.
Claro que Chaves
com seu populismo e assistencialismo conseguiu bom número de
seguidores/adoradores, já escrevi inúmeras vezes como a beleza de um discurso debilita nosso raciocínio.
A oposição na
Venezuela certa vez chegou a infantilmente boicotar as eleições, simplesmente
se retirou...lembraram de quantos brasileiros infantilmente defendem anular o voto?
Quando a oposição
se organizou em torno de um único nome [Henrique Capriles], Chávez ganhou por bem pouco.
Entendam que se
os oposicionistas e descontentes tivessem se unido há mais tempo a Venezuela poderia
ter tomado outro rumo ou obrigado Chávez a ser um governante mais responsável.
No Brasil ocorre
um roteiro semelhante.
A oposição ao
PT/PMDB tenta nos apresentar nomes “possíveis”, mas nós “os descontentes” não
apoiamos ninguém.
Sem apoio popular
falta apoio financeiro, sem apoio financeiro a oposição fica ainda mais
enfraquecida.
É o “efeito
Venezuela” se repetindo igualzinho no Brasil.
Por nossas
características culturais acho impossível chegarmos a ser uma Cuba, mas é
triste ver tanta riqueza e qualidade de vida desperdiçada em nome de ideologias
patéticas.
É amigo Einstein,
grande filosofo, continuamos com um território exuberante, enorme, mas ...
nossa tolice consegue ser maior.
Nossa,
que povo BURRO!
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