Comentarista: Na faculdade de medicina, existem muitos alunos que não estudam e "empurram o curso com a barriga", isso não é perigoso para a sociedade que será atendida por esses futuros médicos?
(Eu estudo medicina e percebo muito isso na minha turma)
William: Tem o mundo ideal onde todos os humanos são conscientes dos seus direitos e DEVERES éticos.
E tem o mundo real onde não temos como obrigar ninguém a isso.
Temos o "consolo" das avaliações, são ministradas provas e testes os quais o aluno precisa alcançar uma nota mínima.
(Sei que essas avaliações podem ser fraudadas, mas não vamos complicar ainda mais, isso até onde sei não é generalizado).
Por outro lado ...
O mundo acadêmico tem muita encheção de linguiça.
O clinico geral como o nome sugere, precisa ter um conhecimento básico geral, saber para qual especialista encaminhar, ou tratar indisposições mais corriqueiras.
O especialista em Cardio dificilmente vai lembrar de tudo sobre urologia e vice versa.
Dito isso, aquele aluno que parece desligado "pode" estar focado mais na área do seu interesse mesmo.
Trabalhei 12 anos no HC Unicamp, na minha visão o que pesa mais é ser "vocacionado".
Tem pessoas que não analisam bem tudo que envolve a profissão de medicina, depois de 2 anos percebem que não tem vocação nenhuma, mas e daí?
Como desistir de 2 anos de investimentos?
Esses são os mais perigosos.
O profissão vira um terrível fardo pra eles.
Para tudo na vida é preciso ter sorte ... inclusive encontrar um médico "vocacionado" quando ficamos doentes.
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