“Pensar é o trabalho
mais difícil que existe.
Talvez por isso tão
poucos se dediquem a ele.”
(Henry Ford)
Os aumentos
salariais que você recebe coletivamente não significam praticamente nada na sua
melhora de vida.
Para você
“cabacinho” (quem não começou ou está no início da vida profissional) esse
texto é muito util.
No Brasil fazer greve virou
tradição, em algumas categorias todo ano tem que ter.
Se nossa cultura
fosse melhor, empregadores e empregados (o sindicato que os representa) fariam uma reunião baseada
em FATOS econômicos e chegariam a um aumento praticável sem necessidade de
paralizações.
Mas na nossa
idiotice sem limites os empregadores apresentam uma proposta baixa porque sabem
que os sindicatos pedirão valores altos e a greve ocorrerá de qualquer jeito.
Vamos dizer que
analisando os dados econômicos o aumento seria de 10%, tanto os economista do
empregador quanto dos sindicatos chegam a números bem próximos, o consenso
TECNICAMENTE é fácil, mas o que acontece?
De certo o
empregador vai oferecer 5% e os sindicatos pedirão 20%.
Depois de
custosas paralizações e transtornos a muita gente principalmente se forem
professores, carteiros, motoristas, caminhoneiros, policiais, alfandega,
enfermeiros...
O índice de 10%
que poderia ser adotado pacificamente só é obtido depois de sangue, suor e
lagrimas.
E você que fez
greve, o que muda na sua vida?
NADA!
Os aumentos
coletivos em geral são uma reposição inflacionaria.
Seu salário ficou
defasado em relação a subida de preços que já ocorreu durante o ano.
O aumento
coletivo só visa repor seu “poder de compra” de 1 ano atrás.
Quanto você ganha
em valores nominais não é tão importante quanto o que pode comprar com ele.
Vamos reduzir
tudo a “pão” para visualização mental.
Você mora nos
Estados Unidos e com 1 dólar compra 6 pães de 50 gramas.
No Brasil com o
equivalente a 1 dólar consegue comprar 4 pães de 50 gramas.
Note que é o
mesmo valor nominal, mas nos Estados Unidos seu poder de compra é maior.
Qual a “mágica”?
Produzir pão lá é
mais barato/eficiente.
Pode ser por uma
cobrança mais inteligente de impostos, por maquinário melhor, trigo mais barato
...
Aumentos reais de salários coletivos só são
possíveis com aumento da PRODUTIVIDADE porque
isso baixa o preço das coisas.
Aumento real de
salário individual é mais fácil e veremos no próximo texto.
Por hora adquira
mais conhecimento:
As pessoas tem a
ilusão que o “esforço” automaticamente lhes dá direito a alguma coisa quando na
Física o esforço pode não passar de tempo perdido.
Você tinha que
empurrar o carro para fora da garagem com o objetivo de dar um tranco, fez
muita força, mas não conseguiu.
Na física você
gastou energia, mas não realizou trabalho, não
foi produtivo.
Fora da física podemos
aplicar “relativamente” o mesmo princípio.
Você se esforçou,
estudou bastante, sacrificou dias de folga/diversão e mesmo assim não passou no
vestibular ou concurso.
O que vai lhe dar
a vaga é passar na seleção, tudo que você se esforçou não será avaliado.
Outra pessoa não
se esforçou tanto, mas é mais inteligente ou tem melhor memória e passou na
seleção ... é isso que conta.
O MÉRITO está em
conseguir atingir um objetivo.
Se esforçar faz parte do
processo, mas não é o bastante.
Como cada um tem sua qualidade, seu talento,
é perfeitamente natural que nos diferenciemos nas mais variadas posições
sociais e econômicas.
Boa parte da humanidade
defende que somos todos iguais.
Se não estamos na mesma
posição social econômica “igualitária” é porque faltou “oportunidade”.
A “oportunidade”
nos foi negada por uma ineficiência do Estado ou pela “exploração” de alguém
que conseguiu mais dinheiro que nós.
Para esses eu
digo que a maior oportunidade quem dá é nossos pais.
Explico:
O casal pode
transar o quanto quiser, antes e depois do casamento, mas na hora que pretender
ter filho tem que lhe garantir condições básicas de vida, moradia, alimentação,
estrutura familiar, acesso a estudos.
Sabemos que muito
do que somos é definido na nossa infância.
Grande deficiência
alimentar prejudica nosso organismo.
Ambiente muito
conturbado prejudica nossa “psique”.
Um descaso famíliar com a escolarização prejudica nosso futuro profissional.
Então para
melhorar as “oportunidades” é mais eficiente trazer para nossa CULTURA uma
grande cobrança com relação a PATERNIDADE RESPONSAVEL.
Mas preferimos
esperar tudo de algum “salvador da pátria”, um “grande líder” e/ou demonizar a
riqueza ... condenar o mérito.
Tem os que defendem
que somos todos iguais, o que nos diferencia é o esforço.
Se alguém tem
menos é porque não se esforçou o bastante.
A vida não é exata.
Tudo que já foi
escrito até aqui faz parte da equação.
Porem cada um tem
muitas limitações.
Se você não tem o
dom de ser compositor, por mais que se esforce não fará uma boa música.
Em qualquer sala
de aula sempre tem os melhores alunos, nossos cérebros não são iguais.
Para ser um
Einstein ou Thomas Edison não se iluda que tudo é uma questão de esforço.
Equacionando tudo isso...
Podemos taxar a transmissão de fortunas combatendo a extrema riqueza.
Podemos desenvolver redes de proteção
combatendo a extrema pobreza.
No mais é:
Nos
adaptarmos a nossas naturais diferenças e a existência das mais variadas “classes
sociais”.
Comum a todos o RESPEITO
AO PRÓXIMO.
Nossos sindicatos
em pleno século 21 lutam para implantar o Comunismo/igualitarismo/coletivismo e
você não quer nem ouvir falar em Capitalismo/mérito/responsabilidade individual
...assim fica difícil.
Não é que os
sindicalistas façam por mal, na cabeça deles estão buscando o melhor para você,
se apegaram a uma TRADIÇÃO sem pensar racionalmente sobre ela.
Se você não se interessa em saber o funcionamento do Capitalismo como pode tirar alguma
vantagem dele!?
Tudo que se
baseia em cultura/tradição/condicionamento é muito difícil mudar.
A situação
patética que vigora no Brasil não tem previsão de mudança, aqui só temos
partidos de esquerda.
Então não tem
jeito cabacinho, a mudança terá que ocorrer em VOCÊ!
To be continued...
As greves no serviço público são um caso à
parte.
Nos fizemos reféns do funcionalismo.
Lhes garantimos estabilidade, e os tratamos
como trabalhadores melhores que todos os outros, essa é mais uma tradição
nefasta em nosso país com grande participação dos sindicatos, mas principalmente
com a cumplicidade da maioria da sociedade.
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