sábado, 4 de maio de 2019

Apolítico


                                              

😒“Por que ateus se organizariam em um partido ou entidade (como a bancada evangélica) se o ateísmo é apenas ausência de crenças!?"
  [Comentarista ateu]

 

  A política serve entre outras coisas para desenvolver leis.
  Se ateus não veem importância em participar da política para defender seus interesses ... nem sei o que dizer.

  Religiosos entendem essa importância e não abrem mão.

  
 “O preço a pagar pela tua não participação na política é seres governado por quem é inferior.”
  (Platão)

   Não concordo integralmente com esse pensamento de Platão, mas reflete bem a importância de defendermos nossos interesses.

  Não diria que necessariamente alguém "inferior" a mim será eleito.
  Pode acontecer de chegar ao poder alguém contrário as ideias que defendo.
  Porém se os concorrentes ao cargo pensam mais ou menos como eu ... não vejo tanta necessidade de ser ativo politicamente.

  Vejam um exemplo.

  Raramente participo da reunião de condomínio, que eu me lembre fui apenas em 3.
  Não observo que as pessoas eleitas são “inferiores”.
  Sei das dificuldades de atender os interesse de tanta gente e acho que os síndicos que ocuparam o cargo fizeram um bom trabalho.
  A equipe atual é boa, o sindico tem uma paciência que eu não teria, nesse sentido, o considero “superior” a mim.
  Nunca me interessei em concorrer para sindico.
  O que me faria me interessar mais pela política do condomínio?
  Se eu notasse desleixo na administração, desconfiasse de desvio de verbas ou regras sem sentido fossem adotadas.

  Se eu fosse popular de certo tentaria carreira política, não porque aprecie esse meio, mas porque não aprovo como o Brasil vem sendo administrado por décadas.
  Como não tenho votos fico escrevendo textos defendendo a Centro Direita.

  No caso dos ateus, se eles tem tantas reservas sobre os procedimento dos religiosos ... ocupar cargos políticos seria a melhor forma de defenderem seus interesses.
   A não ser que apenas gostem de reclamar e reconhecem que não fariam melhor.

  Vamos a uma questão objetiva.

  Igrejas devem pagar impostos?

  Não sou ateu, mas defendo que sim.
  Não tem nada a ver com crença ou descrença.
  Tem a ver com minha percepção de realidade.
  Visivelmente muitas igrejas são bastante rentáveis e deveriam pagar impostos igual qualquer outra pessoa física ou jurídica que tenha renda.

  Acontece que o atual Presidente é muito ligado à grupos religiosos o que torna difícil que alguma lei nesse sentido ganhe força durante esse mandato.
  Se fosse só o Presidente nem seria tão difícil, mas boa parte do Congresso foi eleita por evangélicos.
  Evidente que os católicos não defendem o pagamento de impostos sobre as "ofertas".

  Isenção “ideológica” plena não existe, cada um carrega suas crenças ou descrenças para onde for, ser eleito para alguma coisa não muda magicamente isso.
  Claro que no decorrer da vida podemos mudar nossas opiniões.
  Bolsonaro era defensor ferrenho da estatização generalizada e se elegeu com propostas de privatizações.

  Quanto a religião:

  “Acredito em Deus, essa é a minha religião.
   Sou um católico que, por 10 anos, frequentou a Igreja Batista.”
  (Jair Bolsonaro)

  Essa opinião/posicionamento não noto que tenha mudado.

  Esperar que o “PSL” proponha medidas contra a “igreja” (mesmo que sejam justas) é tão otimista quanto esperar que o PT fizesse medidas contra o MST.

  Ateus não veem necessidade de se organizar politicamente nem que seja para apoiar os não religiosos como eu?
  Tudo bem, serão governados por quem pensa bem diferente deles.
  O que não significa necessariamente que a "bancada cristã" seja composta de “inferiores”.

  



.


Nenhum comentário:

Postar um comentário