Lá tenho a mulher que eu quero, na cama que escolherei.
Em Pasárgada tem tudo, é outra civilização.”
[Manuel Bandeira]
Em Pasárgada todos tem belas casas por herança dos pais ou porque o governo constrói para qualquer novo casal.
Toda família tem uma renda mínima garantida, suficiente para comer, vestir, beber com fartura.
Para todos a jornada é de 30 horas semanais.
Em Pasárgada, da creche a Universidade todo o ensino é gratuito e de ótima qualidade.
O transporte é rápido e também gratuito.
Ninguém fica mais que 10 minutos no ponto de ônibus ou metrô.
Em Pasárgada os carros são a preço de custo, todos podem comprar.
A saúde é 100% gratuita e os remédios são dados pelo Governo.
Para se aposentar não tem tempo de contribuição, fez 50 anos já tem esse direito.
No caso de professores e mulheres 45 anos de idade basta para se aposentar, professoras 40 anos.
Aposentados continuam ganhando salário integral como se estivessem na ativa.
Antigamente ela existia nos sonhos de Manuel Bandeira e hoje está na imaginação de todos os brasileiros.
Mas justiça seja feita, Pasárgada existe na imaginação de todos os povos.
A Grécia está na posição 100 dos países mais difíceis para tocar um negócio (Brasil está na 122; ano 2015), lá a intervenção estatal é a regra:
►Durante anos, e tendo um PIB per capita muito inferior ao da Espanha, o salário mínimo grego era 50% maior que o espanhol.
►Durante a bolha, Atenas nem sequer sabia quantos empregados tinha em sua folha de pagamento.
Os sindicatos estimavam uns 700 mil, enquanto o governo falava de 800 mil.
Porém, se somarmos os contratos temporais, a cifra superou um milhão de pessoas em 2007, equivalente a 10% da população e a quase 20% da força de trabalho do país.
►Somando todos esses extras, os funcionários públicos gregos chegavam a receber, em média, mais de 70 mil euros por ano, enquanto os funcionários públicos alemães recebiam 55 mil euros anuais.
►Adicionalmente, também havia uma pensão vitalícia de 1.000 euros mensais para as filhas solteiras de funcionários públicos falecidos, entre muitos outros privilégios e regalias.
►A Grécia tinha quatro vezes mais professores que a Finlândia, o país que está entre as melhores notas nos exames de PISA que mensuram a qualidade educativa.
No entanto, essa superabundância de professores serviu apenas para jogar o país entre aqueles que têm os piores níveis de ensino da Europa.
Muitos gregos que enviavam seus filhos para escolas públicas tinham de contratar professores particulares para reforço.
► Outro dado curioso é que a saúde pública grega era a que mais gastava com provisões e estoques, superando em muito a média da União Europeia.
Mas os gregos não eram mais doentes que o restante da Europa.
Motivo desses gastos?
Um dos muitos escândalos que foram descobertos durante os últimos anos era a tradição entre médicos e enfermeiros de sair dos hospitais carregando todos os tipos de materiais higiênicos e sanitários.
Fica claro que não devemos alimentar o complexo de vira-latas e aplaudir cegamente tudo que acontece em países desenvolvidos.
Sem dúvida a solução mais eficiente e menos traumática é Estados Unidos, Alemanha, Inglaterra, França, Itália... acordarem do Populismo e se aterem a matemática básica ... não gastar mais do que suporta a economia.
Para dar tudo do bom e melhor para todos não basta "vontade politica", precisa verificar de onde vai sair o dinheiro.
Escolhi algo bem singelo de propósito.
Os jornais estão cheios de notícias de corrupção, má aplicação de verbas e nossos réus principais são os políticos, bancos e empresários em geral.
Claro que a critica as altas esferas do poder tem que continuar e punir os culpados, mas nesse texto entenda que a cultura do populismo esta generalizada.
Ela se acha explorada, tem certeza que o Governo não faz tudo que poderia fazer por ela.
Vou resumir ao máximo.
Ela veio de uma família pobre, mas nunca a vi reclamando que faltou o básico na infância, até lembra com saudades daqueles tempos.
Sua reclamação é mais com relação a pouca liberdade que uma adolescente tinha há décadas atrás.
Para fugir da “opressão familiar” casou cedo e veio para São Paulo.
Nunca se preocupou em continuar os estudos, apenas trabalhou e teve filhos.
Nesses azares da vida o marido foi diagnosticado com uma doença degenerativa terrível.
Todos sabemos de quanto o tratamento dessas doenças custam caro ao SUS, o marido parou de trabalhar e por conseguinte de produzir alguma coisa.
Ele passou a ser pensionista e dava dois custos ao Governo/Sociedade o caro tratamento da doença mais a pensão.
(Sei que você está me achando frio e insensível, mas entenda que o dinheiro do SUS e das pensões não caem do céu.)
No entanto ela tem direito a pensão vitalícia do marido!!!
Vemos as mulheres se dizendo exploradas pela sociedade machista, querem “igualdade”, mas não abrem mão de nenhum “direito”.
A mulher é livre, independente, sabe se sustentar ... mas tem que ter um homem do lado ou pelo menos sua pensão pela vida toda!?
Claro que NÃO, como bons populistas vamos estendê-los aos homens e as contas públicas que explodam.
“Os desembargadores integrantes da Terceira Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), foram unânimes em reconhecer voto proferido pela desembargadora Nelma Torres Padilha, que reformou sentença de primeiro grau e reconheceu o direito de José Antônio dos Santos de receber pensão por morte de sua esposa.
Padilha entendeu que homem e mulher são iguais perante a Constituição Federal e por isso não considerou as alegações do Estado de que o homem precisaria comprovar invalidez para ter direito à pensão.”
Nosso judiciário deveria ter aulas de economia.
Isso (para nossos juízes) não tem nenhuma consequência.
Viúvos e viúvas são considerados automaticamente pessoas que não conseguem mais se sustentar depois da morte do cônjuge.
Seu cônjuge morreu o Estado paga.
Tem dinheiro para absolutamente tudo ... acredite quem quiser.
O endividamento cada vez maior e serviços precários prestados a polução mostra que muitos bancam a festa de poucos e caminhamos para o caos.
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