segunda-feira, 7 de outubro de 2013

O Evangelho Segundo (VOCÊ)

   



 

 “O passado não reconhece o seu lugar, está sempre presente”.


 (Mario Quintana)

  




Comentarista: “Mas te afirmo William, que nada tira o brilho de Jesus de ter influenciado a humanidade até nossos dias.”


William: Humm ...  Jesus não foi um grande pensador ... se analisarmos as palavras atribuídas a ele no Novo Testamento.
    Já o Cristianismo foi importante para manter a Europa unida (pelo menos no quesito religiosidade) entretanto os pensamentos que dominam nossa sociedade ocidental são Gregos/Romanos.
  O grande salto de qualidade de vida do Ocidente ocorreu com o advento do Iluminismo e a Revolução Industrial
 
  O Iluminismo e a Revolução Industrial ocorreram na Europa, a Inglaterra Cristã e seus pares se tornaram o império dominante.

  Geralmente a maioria adota a religiosidade ou ideologia do “império dominante”.

  A crença de um povo pode não passar da tradição da massa de seguir a “religião do império dominante.”

  Quem nasce na Índia fica um Hinduístas fervoroso.
  Quem nasce no Irã fica um Islâmico fervoroso.

  Portugal era cristã quando colonizou o Brasil, nós brasileiros seguimos essa tradição.

  Muitos brasileiros são cristão fervorosos por “tradição” ao “império europeu”.

  O livre pensamento nos liberta da força das tradições.

   Dando um salto na história... depois da 2ª Guerra surgiram dois grandes “impérios” o Cristão Americano e o Ateu da URSS.

  Como o império americano é cristão (religiosidade herdada dos ingleses) o mundo tem um predomínio do  cristianismo.



  Vamos meditar sobre Tradição?

  Tradições tem começo, sofrem transformações e podem chegar ao fim.
  Jesus começou com 12 apóstolos e mesmo realizando (supostamente) milagres incríveis o Cristianismo só se firmou como tradição cerca de 300 anos depois.
  Se eu fosse escolher um evento importante que catapultou o Cristianismo para ser uma tradição forte até nossos dias eu destacaria a conversão de Constantino.
  Ele adotou o Cristianismo como religião oficial do Império Romano e isso possibilitou a existência até de exércitos cristãos como o caso das Cruzadas.

  Segundo a narrativa que nos chegou, Constantino teve um contato com Jesus o que foi conclusivo para sua conversão, mas é evidente que o cristianismo já tinha fortes raízes na Europa, ele veio capengando por 300 anos, mas fazendo adeptos foi se fortalecendo.
  Apenas a conversão de Constantino não seria suficiente  para implantar uma nova religião, isso só aconteceu porque já havia uma condição favorável.

   Analisando a história contemporânea podemos dizer que o Iluminismo, que vou chamar de Livre Pensamento, começou por volta de 1700, estamos um pouco mais de 300 anos de seu surgimento.

   O Livre Pensamento/Iluminismo veio capengando por 300 anos, mas com resultados visíveis, ganhando adeptos, criando condição favorável.

  Acredito que vivo hoje um momento mágico da história da humanidade como a conversão de Constantino.

  O Livre Pensamento pode ser catapultado nessa geração para uma consolidação e virar uma tradição tão forte quanto são diversas religiões como islamismo, hinduísmo, cristianismo...
  O grande evento é a Internet.
   
  Tenho esperança que essa nova tradição do pensamento lógico se estabelecerá, mas ela não virá para substituir ou acabar com outras tradições religiosas ou doutrinarias, ela vem para filtrar essas tradições de seus dogmas.

  Cada vez mais cristãos irão pragmaticamente aplicar as boas práticas da doutrina e eliminar as práticas e historinhas questionáveis.

 Não se trata de jogar a "sujeira debaixo do tapete", mas realmente tira-las de nossas vidas e deixa-las guardadas carinhosamente no museu da nossa história.

  Se meu primeiro livro tivesse dado certo eu iria escrever um segundo que chamaria o “Evangelho segundo (William)”.
  Seria “minha” análise do que está escrito na Bíblia como faço em tantos textos no Blog.
 Mas espere, não coloque uma conotação messiânica.
 Entre parênteses é para estar o "SEU" nome:
 O Evangelho Segundo (.................)

  O Evangelho hoje é Segundo Constantino, Segundo Lutero, Segundo Calvino, Segundo o ...Líder da sua Igreja.

  Fizeram uma interpretação e você aceita sem pensar.
  Mulher não pode usar calça ... você não usa.
  Pode fazer imagens ... você faz.
  Não pode fazer imagens... você não faz.
  Tem que ofertar 10% ...
  Não tem que ofertar 10% ...
  Tem predestinação, não tem predestinação ...

  Perceba que você “herda” uma religião da sua família que herdou de um povo que um dia lá no passado colonizou a região que você mora.


“O passado não reconhece
 o seu lugar,
 está sempre presente”.


  No caso do Brasil temos uma satisfatória liberdade religiosa.
  É mais fácil seguirmos uma religião diferente da dos nossos pais, podemos até nos dizer ateus sem grandes traumas familiares.
  Mas noto uma grande dificuldade de pensarmos livremente, escaparmos dos dogmas.

  Ateus por exemplo tem o “dogma” do fim das religiões.
  Um mundo ideal é um mundo sem religiões é só isso que eles “pregam” dia e noite (sem generalizações).

  Se o cidadão é católico segue essa doutrina sem grandes questionamentos.
  Protestante, espirita, Seicho-no-Ie, umbanda ... fazem o mesmo.

  Espero que a geração das minhas filhas faça o que eu fiz.
  Ler todo tipo de livro incluindo os "sagrados" e chegar as SUAS conclusões que eu espero que sejam coerentes, lógicas.
  (Ler de tudo e ter analises e comentários pelos mais diferentes ângulos ficou fácil com os smartphones.)

  Evangelho significa boas novas.

  A boa nova é que a humanidade tem um futuro brilhante, façamos acontecer.

  "O passado não reconhece o seu lugar, está sempre presente."


  Nós é que temos que reconhecer do passado coisas que já não servem mais em nosso presente.

  Essa lógica entra em sua mente?




 

  

 Resumo IA: O Evangelho Segundo (VOCÊ)

   (7 de outubro de 2013)

 

  Questiona a influência das tradições religiosas sobre as crenças das pessoas.

  A maioria das pessoas, incluindo aqueles que se consideram fervorosos seguidores de uma religião, herdam suas crenças de seus antepassados e do "império dominante", em vez de questionarem e formarem suas próprias opiniões.

  O texto convida à reflexão sobre o papel das tradições, a importância do livre pensamento e a construção de um futuro mais consciente e autônomo, onde a humanidade possa reconhecer os elementos do passado que já não servem mais no presente.

 


 

       




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