Tem brasileiros muito mal humorados, transformam chistes em tragédias.
Vi essa postagem no Twitter com vários compartilhamentos, quase todos de xingamento.
- Se for paciente internado e só dar o nome.
"Não está internado."
- Está em consulta, quer agendar consulta?
"É meu filho, ele bebe muito, está me dando trabalho, quero ver o que a Ouvidoria fala para mim.
- Humm ... a Ouvidoria não trata de assunto familiar.
Se a senhora tiver alguma reclamação do meu atendimento ou de qualquer ocorrência dentro do hospital eles podem ajudar, fora isso ... foge da alçada deles.
"Não, ele não quer se tratar; e o Senhor, o que me aconselha?"
- Situação complicada, meu pai também tinha problema com alcoolismo.
"O que aconteceu com ele?"
- Morreu de cirrose.
"Meu filho é jovem, tem menos de 50, não sei o que faço, minha vida está um inferno."
- Se ele está ameaçando a senhora, pode procurar uma delegacia e fazer boletim de ocorrência.
Mas mesmo a policia não tem muito o que fazer numa situação dessa a não ser que ocorra uma agressão de fato.
"Obrigada pela atenção vou ver se consigo alguma coisa na Cidade Judiciária."
O STF cultivou a desconfiança.
Desde quando foi implementado o voto eletrônico a proposta era ser também impresso, isso em 1996, dizem que não teve tempo... acredite quem quiser...
"Engraçado" que a identificação por digital (que até hoje não usei) teve tempo de ser feita, não importou o custo e o transtorno causado!
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1- Quando entrei os computadores ficavam logo na porta de entrada.
Sem divisão nenhuma as pessoas se amontoavam, éramos atingidos pelas salivas de alguns.
Quando o clima esfriava era uma corrente de vento de congelar.
Depois nos mudaram para um cercado de alvenaria onde funcionava no passado uma lanchonete.
Não era o ideal, mas melhorou.
Melhorou ainda mais depois que fizeram uma reforma e colocaram um balcão apropriado.
4- Houve terceirização do serviço na Central de Visitas.
Foi bom porque ... digamos que os terceirizados são mais assíduos.
Cansei de ter que trabalhar sozinho por ausências.
Para mim melhorou bastante.
Felipe, Natalia, Lisiane ... bons funcionários.
Colocaram até seguranças e catracas, coisas extremamente necessárias para um local que circulam tantas pessoas.
Lembrei uma coisa nada a ver.
Certo dia a Natalia, me mostrou seu pé que por algum motivo estava muito inchado.
Na minha "sensibilidade" toda, a única coisa que consegui dizer foi:
-Ah, esse é o famoso pé de cana.
😊😂
(Entendem porque evito conversar com as pessoas.)
5 - Até o mês passado tinha o CICs, um programa de computador tipo DOS.
Arcaico pra caramba, me espantei quando vi pela primeira vez.
Esqueçam qualquer facilitação de busca.
Para acessar pastas era preciso decorar códigos de 8 dígitos.
Por "segurança" fechava automaticamente a cada 15 minutos.
Tinha outro programa especifico para Central, era mais "moderno" o grande problema é que a gente digitava um nome aparecia outro.
Sério.
Tinha que prestar atenção quando fosse imprimir a etiqueta.
Rogério virava Francisco, Maria virava Antônio ... coisas nada a ver, ninguém resolvia.
Quem desenvolveu já havia se aposentado e ficou esse "bug".
(Fora outro, o acerto do relógio, mudava para horário de verão por vontade própria 😏 dane-se o decreto presidencial.)
Para mim são programas que não deixam saudades.
O atual (AGHUse) tem a praticidade dos programas modernos, melhorou bastante.
Registrar acompanhantes ficou top.
Mostra inclusive pacientes que deram entrada no Pronto Socorro ou com consulta agendada no dia, tudo simples e rápido como eu mereço...😊
O que precisa entrar no programa é acesso a óbitos e altas.
Atualmente o nome do paciente some da lista e complica bastante.
A gente não sabe o que dizer para visita.
A impressão da etiqueta por vezes fica bem demorada, atrasando o atendimento.
(Colocar uma impressora para cada computador, são dois, seria útil, isso era uma coisa boa que tinha no passado.)
Como veem são problemas pontuais e corrigíveis, nada que transforme tudo em uma "grande fezes".
Tantos considerarem um erro cuja melhor solução é voltar ao passado ... não tem lógica.
AGRADECIMENTO:
Parabéns aos desenvolvedores de programas da Unicamp.
Hoje (13/07/22) quando cheguei para trabalhar notei alterações importantes no sistema.
Valeu!
Esse é o Brasil que eu quero!
Quem esta ouvindo a conversa me acha "insensível", funcionário com má vontade, daí para pior...
Mas vejamos meu lado.
A esposa do cidadão já estava internada há três dias, ele sabia muito bem dos horários.
Nessa hora os celulares "nunca funcionam".
Atualmente é a desculpa mais usada para dar o "jeitinho" de uma "visita rápida" que acaba se estendendo.
Muitos brasileiros são assim, as regras valem para outros não para eles.
Vão contando com o tal "jeitinho".
Será que foi isso mesmo ou ele só queria que eu fosse pedir permissão para sua entrada?
Se a enfermeira realmente liberou, ela sabe o procedimento.
Essa tal "flexibilidade" que cobram tanto (já ouvi muito isso em outros atendimentos) é uma estrada de mão dupla.
Explico.
Geralmente a pessoa fala que trabalha e não pode comparecer no horário do hospital.
Fale para o patrão dela ser "flexível", deixar ela sair mais cedo por motivos médicos, um parente internado.
Depois a pessoa compensa de algum jeito.
Não, esse tipo de flexibilização o individuo não quer.
Eu tenho quase que obrigação de desrespeitar as normas do meu trabalho só para ajudar alguém que eu nunca vi na vida!?
Eu e meus companheiros analisamos a situação, há casos que as normas tem que ficar em segundo plano e temos que "flexibilizar" a ação, principalmente em se tratando de um hospital.
Entretanto, na maioria da vezes, são pessoas querendo um tratamento todo especial.
Todos podem esperar, elas não.
O individuo não quer se adaptar aos horários do hospital, o hospital que tem que se adaptar a ele.
Esse cidadão, só nesse dia, já era o quinto "exigindo flexibilizações".
E no final das contas acaba acontecendo uma terrível injustiça que eu particularmente detesto.
Como jogo no time dos civilizados, prefiro proteger minha galera.
É o que escrevo a exaustão:
Essa lógica entra em sua mente?