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- No Pronto Socorro não tem visitas.
Tem boletim médico, mas é preciso ter deixado o nome em uma lista dás 14h30 ás 15h00.
Agora já são 17h05.
😒 "A enfermeira da ala verde disse que eu poderia visitar nesse horário.
- Qual o nome da enfermeira?
😒 "Não sei."
-Mande uma mensagem para sua esposa pelo celular, ela fala com a enfermeira que me trará autorização.
😒 "Você não pode ir lá?"
😒 "Você tem que ser flexível, eu estava trabalhando".
- Você tem que chegar no horário, eu estou trabalhando.
😒 "Posso falar com a assistente social?"
- Ela não cuida desse tipo de assunto.
😡 "Mas eu quero falar com ela, o que tenho que fazer?"
- Se você quer mesmo eu não posso impedir.
Se ela perguntar para mim se eu autorizei sua ida lá, vou dizer que não.
😡 "Tudo bem."
Quem esta ouvindo a conversa me acha "insensível", funcionário com má vontade, daí para pior...
Mas vejamos meu lado.
A esposa do cidadão já estava internada há três dias, ele sabia muito bem dos horários.
Nessa hora os celulares "nunca funcionam".
Atualmente é a desculpa mais usada para dar o "jeitinho" de uma "visita rápida" que acaba se estendendo.
Muitos brasileiros são assim, as regras valem para outros não para eles.
Vão contando com o tal "jeitinho".
Será que foi isso mesmo ou ele só queria que eu fosse pedir permissão para sua entrada?
Se a enfermeira realmente liberou, ela sabe o procedimento.
Essa tal "flexibilidade" que cobram tanto (já ouvi muito isso em outros atendimentos) é uma estrada de mão dupla.
Explico.
Geralmente a pessoa fala que trabalha e não pode comparecer no horário do hospital.
Fale para o patrão dela ser "flexível", deixar ela sair mais cedo por motivos médicos, um parente internado.
Depois a pessoa compensa de algum jeito.
Não, esse tipo de flexibilização o individuo não quer.
Eu tenho quase que obrigação de desrespeitar as normas do meu trabalho só para ajudar alguém que eu nunca vi na vida!?
Eu e meus companheiros analisamos a situação, há casos que as normas tem que ficar em segundo plano e temos que "flexibilizar" a ação, principalmente em se tratando de um hospital.
Entretanto, na maioria da vezes, são pessoas querendo um tratamento todo especial.
Todos podem esperar, elas não.
O individuo não quer se adaptar aos horários do hospital, o hospital que tem que se adaptar a ele.
Esse cidadão, só nesse dia, já era o quinto "exigindo flexibilizações".
E no final das contas acaba acontecendo uma terrível injustiça que eu particularmente detesto.
Como jogo no time dos civilizados, prefiro proteger minha galera.
É o que escrevo a exaustão:
Não é um prefeito, governador ou presidente que vai instituir a civilidade por decreto.
Essa lógica entra em sua mente?
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