quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Assessor pra lamentar


  CAMPINAS:

  O vereador Tenente Santini (PSD) disse que vereadores de Campinas ficam com parte dos salários dos seus assessores.
  A denúncia foi feita durante entrevista ao Programa Bastidores do Poder.
  Segundo ele, os assessores são contratados pela Câmara de Vereadores com salários que vão de R$ 3,5 mil a R$ 12,3 mil/mês, dependendo do cargo.   
  Cada parlamentar tem direito a contratar até sete assessores dentro de um teto mensal de salários de R$ 46.538,12.

“Temos informações de que há vereadores que ficam com parte do salário dos seus assessores”, disse ele.

Questionado sobre nomes, ele não quis falar.
“É complicado um assessor denunciar o esquema oficialmente”, disse ele.

  O presidente da Câmara, Marcos Bernadelli (PSDB), disse desconhecer completamente essa denúncia.
  “Não tenho nenhuma informação sobre apropriação indébita de salários.
   Ele tem de fazer essa denúncia à Corregedoria da Câmara e ao Ministério Público”, disse o tucano.

  Jorge Schneider (PTB), colega de Câmara de Santini, disse que essa denúncia não se aplica a ele. “Ele tem que ter provas para fazer uma acusação como essa.
  Tem que ter muita certeza do que está falando”, disse o petebista.

  A maioria dos parlamentares utilizou os R$ 46,5 mil que têm direito para contratar os seus assessores.
  Três deles usaram menos: Nelson Hossri (Podemos), gastou 43 mil; Marcelo Silva (PSD), consumiu R$ 44,7 mil e Vinicius Gratti (PSB), utilizou apenas R$ 28,1 mil.
  Os valores referem-se ao mês de janeiro.





  SÃO PAULO:
  Com salário de R$25.300, 00 o Deputado de São Paulo pode gastar mais 33.000, é o limite de gastos com gráfica, hospedagem, comida, combustível e correio
  A cota para contratar funcionários é de 160.000





  BRASILIA (DF):
  O valor mensal da verba de gabinete é R$ 111.675,59.
  A verba é destinada ao pagamento de salários dos secretários parlamentares, funcionários que não precisam ser servidores públicos e são escolhidos diretamente pelo deputado.
  Cada deputado pode contratar de 5 a 25 secretários parlamentares para prestar serviços de secretaria, assistência e assessoramento direto e exclusivo nos gabinetes dos deputados, em Brasília ou nos estados.

[Google]


 
  Não acredito que alguém ainda tenha dúvidas sobre o esquema de rachadinha que Queiroz operava para os Bolsonaros.
  Um dinheiro fácil desse é muita tentação, poucos conseguem resistir.

  Vamos olhar só para Campinas.


Número de vereadores da Câmara Municipal de Campinas: 33 vereadores

-  Orçamento 2019:

Orçamento da Câmara Municipal - R$ 135.720.300,00
Orçamento do Fundo Especial de Despesas da CMC - R$ 15.000,00
Total do Orçamento do Legislativo em 2019: R$ 135.735.300,00

- Subsídio do vereador: R$10.070,86 (todos os 33 vereadores recebem o mesmo subsídio, não há diferenciação entre eles)

-   Valor máximo da soma dos salários dos servidores de cada gabinete: R$ 46.5 mil (cada gabinete pode ter no máximo sete comissionados)

- Número de Servidores Efetivos: 174 *

- Número de Servidores em Comissão: 234*

* atualização realizada em dezembro de 2019


   Você é vereador, recebe 10 mil por mês.
  Se contratar assessores e ficar com metade do salário deles consegue embolsar mais 23 mil.
  Ótimo negócio.


  Do lado do assessor é um bom negócio.
  Se for funcionário fantasma ganha boa grana sem precisar fazer praticamente nada.
  É só sacar o dinheiro e dar metade para o “padrinho”.
  Em outros casos precisa só bater ponto e esperar a hora passar.
  Tem os assessores de fato, que trabalham, esses “acredito” que ficam com o rendimento integral.
 

  Defendo que o conceito “Ter Direito” deve ser melhor meditado por nosso povo.
 (Em todas as situações)

  Parlamentares tem direito a assessores, está previsto em lei.

  “Quero entender onde o mal nasce e destruir sua semente”.
 
  Reduzamos esse direito a um assessor.
  Observem que no caso da Câmara de Campinas há 174 servidores efetivos.
  “Se” necessário podemos aumentar esse número, o parlamentar se vira com os funcionários oficialmente contratados.
   Seu assessor seria alguém de sua confiança para supervisionar o trabalho.
   Teria salário condizente com a função, tudo devidamente registrado pela Prefeitura.
  Verbas para contratações de assessores seriam extintas.








  


  Alguns gastos que tinham alguma justificativa no passado, com a evolução tecnológica, devem ser extintos ou repensados.

Gráfica: Se o parlamentar quer mandar algum folheto pra alguém que pague do próprio bolso.
  Qualquer campanha é mais eficiente nos meios eletrônicos.
  O político que participe de qualquer Rede Social e promova o que deseje promover.

Correio: Não lembro a última vez que escrevi uma carta.
  Com e-mail e “zap-zap” ... não sei que tipo de gasto o parlamentar quer justificar.
  Quer mandar algum objeto para alguém?
  Que pague do próprio bolso.

Carro: Só para os presidentes da câmara/senado, a serviço oficial.
  Mais uma vez, com os avanços tecnológicos, não há grande necessidade de deslocamento.
  Eu me comunico com o Brasil inteiro, sem sair de casa.

Combustível: Sem carro, sem combustível.

Plano de saúde: Boa aparte das empresas pagam plano de saúde para os funcionários.
  Os parlamentares teriam direito a “Unimed” ou empresa do tipo.

Hospedagem: Isso é um pouco mais complicado no caso de deputados estaduais ou federais.
  O cidadão tem que sair da cidade onde mora para trabalhar na Capital ou Brasília.
  Nesses casos a empresa privada costuma dar ajuda de custo.
  Duas passagens aéreas ida e volta por mês me parece razoável.
  Não acumuláveis, se não usou já era.
  Dois finais de semana com a família.
  Uma ajuda fixa para o aluguel ou hotel é aceitável, caso seja preciso e nada exorbitante.

  Lembre-se que ninguém é obrigado a se candidatar.
  Se você de livre e espontânea vontade concorre a um cargo que pode te levar para longe da sua família ... não venha posar de vítima de algum sistema e querer ser grandemente recompensado por conta disso.

  Indo além...
  Com as modernas tecnologias (O 5G está chegando) acredito que a presença em plenário poderia ser apenas 1 semana por mês.
  Tudo mais seria feito virtualmente.
  (Só uma ideia, ainda não elaborei direito.)

  Paralelo a tudo isso proponho grande redução no número de parlamentares.
  
  Com a generalização do uso de smartphones qualquer um pode apontar os problemas do seu bairro/cidade, cobrar soluções.
  Não precisa mais do vereador trazer para o prefeito os problemas da sua região.
  Legislar, resolver os problemas é preciso, mas pra que tanta gente!?
  Em Campinas são 33 vereadores.
  Eu proponho 15, mas até 20 seria aceitável.
  Coisa semelhante deveria ocorrer nas câmaras estaduais e federais.

  Para concluir essa meditação...



  Somos constituídos por células, se estão em bom funcionamento estamos saudáveis.
  Quando uma célula fica com mal funcionamento pode virar tumor.
  O tumor benigno é apenas um incomodo tátil ou estético.
  O tumor maligno pode evoluir para câncer.
  Um pensamento simplório (tolo, ingênuo) é extrair o tumor assim que ele foi identificado como câncer.
  Quem dera fosse tão simples.
  É preciso extremo cuidado para retirar o tumor.
  Varia muito sobre qual tipo de câncer e estagio, qualquer erro no tratamento o tumor pode espalhar células cancerígenas na corrente sanguínea atingindo outros órgãos.

  Porque escrevi isso?
  Me perguntaram (várias pessoas) o que acho do caso Queiroz.
  Me veio à mente essa analogia com a oncologia.

  Bolsonaro nunca foi uma “célula” que pudéssemos dizer: “Poxa, que célula”! 😊
  Mas parecia saudável satisfatoriamente.

  O caso da rachadinha na câmara do Rio de Janeiro começou vir a público em 6 de Dezembro de 2018.
  O segundo turno das eleições de 2018 aconteceu em 28 de Outubro.
  A célula saudável começou a ser identificada como tumor.
  Benigno ou maligno?
  Os depósitos na conta da agora primeira dama, não deixa dúvidas que é maligno.

  Vamos extrair o tumor?
  Sim, mas com cuidado, comecemos a pensar em outro Presidente para 2022.
  Vamos apoiar Bolsonaro nas reformas que acharmos necessárias discutindo, propondo soluções.
  Extrai-lo ou tentar extrai-lo da Presidência não acredito que seja o tratamento adequado.
   Em tempos “normais” já não seria recomendável, com a pandemia é jogar a nação no caos.
  É infectar com Covid um paciente muito debilitado.

  Para o bem de todos nós, espero que Bolsonaro cumpra seu mandato sem maiores transtornos.
  Essa história da rachadinha é imperdoável.
  Em 2022 ... demissão.
  Talkei?






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