segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Parábola do Trabalhador




  Parábola do trabalhador de última hora.

   
   Tendo chegado os que trabalharam 1 hora, receberam 50 reais.      
   Os que trabalharam 8 horas pensavam que haviam de receber mais; porém receberam igualmente 50 reais.
  Ao receberem murmuravam contra o empregador.

😟 - Estes últimos trabalharam somente uma hora e os igualaste a nós, que suportamos o peso do dia e o calor extremo.

  Mas o empregador disse a um deles.

😒 - Meu amigo não te faço injustiça, ajustaste comigo 50 reais e estou lhe pagando 50 reais.
   Toma o que é teu, e vai-te embora; pois quero dar a este último tanto como a ti.
  Não me é lícito fazer o que me apraz do que é meu?
  Acaso o teu olho é mau, porque eu sou generoso?

  Assim os últimos serão primeiros, e os primeiros serão últimos.



 * Melhorei o texto para ficar mais compreensível, mas nada foi tirado do contexto.
  

  Deus de Abraão no Novo Testamento dá privilégios para quem ele quer, não há mérito.
  Não cabe a nenhum de nós contestar.
  E se contestarmos?
                                             


 “Não me é lícito fazer o que me apraz do que é meu?
  Acaso o teu olho é mau, porque eu sou generoso?”

 

 

  Sem dúvida foi generoso com o trabalhador da última hora, mas se você fosse o trabalhador da primeira hora não se sentiria muito injustiçado?

  Tecnicamente não houve injustiça, foi pago o combinado.
  Mesmo assim ficamos com uma sensação estranha, falta de ética, falta de bom senso.
  Fica evidente um privilégio, acepção de pessoas.

                                              


 “Se, porém, fazeis acepção de pessoas, cometes pecado.”

  [Tiago 2,9]

 

 

   O Deus Bíblico é assim: 
   "Faça o que mando não faça o que faço".





  O problema com parábolas é que quando a interpretação ao pé da letra agrada é isso mesmo.
  Se desagrada ... cabe interpretações.

  Na igreja presbiteriana que eu frequentava tinha uma interpretação "bonita" (inspirada pelo Espirito Santo) sobre a parábola do trabalhador.


  A parábola se refere a salvação e nosso lugar no “paraíso”.
  Não importa para Deus se sua conversão ocorreu na adolescência ou na terceira idade o prêmio é o mesmo.
  (Igreja Presbiteriana)

  

  Fico pensando...
  Se o prêmio é o mesmo compensa começar frequentar igreja depois dos 40 anos e tomar cuidado para não morrer antes. 😏
  Até uns 30 você peca tudo que tem direito, nessa idade já deve ter encontrado alguém legal para casar.
  Case e viva a vida de um cristão exemplar.

  Conheci muitas pessoas com mais de 45 anos que são membros dedicados da igreja.
  Você olha para pessoa e pensa: 
  “Que ser humano exemplar, coisinha bonitinha de Deus.”
  Entretanto de algumas pessoas eu conheço a história e quando jovem era uma coisinha do capeta. 😏

  Não precisa nem ter convivido com as pessoas, elas mesmas contam em testemunhos.
  Dos bebuns e usuários de drogas são os mais bizarros e dificilmente a pessoa conta tudo, imagine o que ela deixa de contar, por vezes até crimes.

  Tem aquelas senhoras que nos parecem respeitáveis e atualmente são, mas no passado se fossem protagonista de alguma novela seria “Fogo no Rabo.” 😏

  Já conversei com muitas dessas pessoas e vou reproduzir aqui a resposta padrão que elas usam para os jovens não ficarem no “mundo.”

  -“A vida na igreja e tão boa que quanto mais cedo você estiver em comunhão melhor.”

  Nos falam do seu enorme arrependimento de não ter se convertido antes ... me engana que eu gosto.

  Quanto a vida na igreja é boa para um jovem?

  A juventude é época de experimentações.
  Na igreja não pode bebida, sexo, dança ... no sentido mais mundano.

  Sem dúvida a conversão desde a juventude possibilita uma vida mais “segura.”
  No entanto uma juventude sem aventuras não agrada a maioria das pessoas.
   Deve ser chato envelhecer tendo na sua lembrança só cultos de louvores e adoração; mas cada um é cada um, respeito quem faz essa opção.

  Conversando com pessoas que tiveram uma vida “do mundo” e depois viveram para Igreja não consigo notar arrependimento de fato.

  Não sou bom exemplo para esse texto porque sempre fui bem careta, não bebo, não fumo, sempre fiz sexo com responsabilidade, não tenho nenhum testemunho que vai chocar os irmãos.

   Quando morava no bairro São Bernardo (criança) por um tempo havia em um barracão onde é o atual Objetivo, uma espécie de discoteca.
   Aquelas músicas bonitas chegavam até em casa, via pessoas muito bem arrumadas, alegres indo para o baile.
   Queria tanto estar no lugar delas, saber como era dentro daquele barracão.
   Meus primos mais velhos iam na Assampi.
   Associação de amigos do Parque Industrial, tudo parecia tão lindo tão divertido.
   Entretanto minha adolescência foi de muitas dificuldades.
   Toda aquela agitação seria só um sonho que nunca se realizaria.
    Seria...

    Fiz curso de modelo e manequim entrei em um mundo de gente bonita, desfilava em boas casas noturnas de Campinas.
  Conheci ambientes muito mais requintados que o barracão perto de casa ou a Assampi.
   Não tenho como dizer que estou arrependido da minha fase de “mundo.”
   Para ser franco lamentaria que isso fosse apagado da minha vida/memória.

  Se hoje consigo ser sereno é porque sei que lá fora não tem nada que me interesse.
  E se tivesse eu faria com comedimento.

  Suponhamos que um grande prazer na vida fosse tomar cerveja com amigos no bar ... não vejo nada de terrível nisso.
  Problema seria beber até cair ou dirigir embriagado.  (Excessos)

  Suponhamos que eu gostasse demasiadamente de sexo.
  Não teria me casado ou já estaria separado.
  Se uma mulher de livre espontânea vontade aceita transar comigo, qual o problema?
  Problema é estuprar, fazer sexo sem o mínimo de proteção ou colocar filhos no mundo que não pretendo criar.

  Para entender essas coisas foi importante sair no mundo.
  Se não saísse ficaria com ilusões sobre muitas coisas que afetariam minha serenidade.
  Eu saí no mundo vi que pessoas bêbadas, drogadas, ficam muito alegres/descontraídas, mas um tanto bobas rindo de qualquer coisa.
  Essa desconexão quando é esporádica, em momento de lazer, não vejo como algo “pecaminoso”.
   Entretanto vi também muita vida destruída por drogas e bebida, porque correr esse risco desnecessário?
  Preferi me incluir fora dessa.

   Se eu tivesse me casado cedo com a primeira mulher que quisesse namorar comigo não seria o fim do mundo, conheço pessoas que isso aconteceu e a sua maneira vivem bem.
  Mas sei lá, minhas experiências me deixaram tão maduro.
  De certo minha esposa não seria a Mara, só a conheci quando já estava um tanto entediado com o mundo das “agitações”.

 Entretanto em algumas igrejas atuais está bem mais fácil passar a juventude porque elas não cobram um comportamento padrão recatado.

  Fale com uma moça da igreja Católica ou da Universal do Reino de Deus.
  Não há um patrulhamento rigoroso da comunidade em volta dela.
  Roupas, ela pode usar as do mundo.
  Em várias denominações ninguém vai isolar uma evangélica só porque ela trocou de namorado pela terceira ou quarta vez, no máximo vai haver muita fofoca.
  Atualmente muitas religiões o jovem pode frequentar sem necessariamente perder os prazeres e experimentações da juventude.
  É até bom que o jovem frequente uma igreja para que adquira um certo freio moral, viver as experimentações sem descuidar da segurança.
  Se minhas filhas frequentassem alguma igreja evangélica light ou fossem católicas não me preocuparia nem um pouco.
  Se frequentassem bailes funk ou baladas sertanejas haveria alguma apreensão.

  Ficaria igualmente apreensivo se entrassem em alguma igreja rigorosa, daquelas que saem evangelizando de porta em porta ou gritando versículos na rua.
  Não gostaria de ver minhas filhas fanáticas religiosas ... de qualquer religião.

  Se você estiver em uma igreja com padrões morais muito rigorosos convém pensar se quando estiver mais velho não ficará amargurado por tudo que deixou de fazer.

  Se o prêmio é o mesmo porque ficar enfurnado desde cedo nos trabalhos da igreja?
  Isso serve para qualquer doutrina.


  Humm ... a meditação foi por caminhos não pretendidos, mas me parece boa.

  Se você entendeu que as doutrinas (seu padre, pastor) interpretam as parábolas do jeito que lhes for mais conveniente já me dou por satisfeito.

  A parábola do trabalhador, no meu entendimento, trata como normal uma injustiça terrível.

  Quem escreveu a Bíblia deveria ter pensado em uma historinha melhor ou falado diretamente o que queria dizer sem dar margem a “interpretações” ao gosto do freguês.










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 Para quem não lembra de Fogo no Rabo...



  Os caras abusavam tanto das piadas de péssimo gosto que ficava até engraçado...
 😊
(Alguns pensam que eu invento certas coisas)








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