Parábola do trabalhador de última hora.
Tendo chegado os que trabalharam 1 hora, receberam 50 reais.
Os que trabalharam 8 horas pensavam que haviam de receber mais; porém
receberam igualmente 50 reais.
Ao receberem murmuravam contra o empregador.
😟 - Estes últimos trabalharam
somente uma hora e os igualaste a nós, que suportamos o peso do dia e o calor
extremo.
Mas o empregador disse a um deles.
😒 - Meu amigo não te faço
injustiça, ajustaste comigo 50 reais e estou lhe pagando 50 reais.
Toma o que é teu, e vai-te embora; pois quero dar a este último tanto
como a ti.
Não me é lícito fazer o que me apraz do que é meu?
Acaso o teu olho é mau, porque eu sou generoso?
Assim os últimos serão primeiros, e os primeiros serão últimos.
*
Melhorei o texto para ficar mais compreensível, mas nada foi tirado do
contexto.
Deus de Abraão no
Novo Testamento dá privilégios para quem ele quer, não há mérito.
Não cabe a nenhum de nós contestar.
E se contestarmos?
“Não me é lícito fazer o que me apraz do que é meu?
Acaso o teu olho é mau, porque eu sou generoso?”
Acaso o teu olho é mau, porque eu sou generoso?”
Sem dúvida foi
generoso com o trabalhador da última hora, mas se você fosse o trabalhador da
primeira hora não se sentiria muito injustiçado?
Tecnicamente não
houve injustiça, foi pago o combinado.
Mesmo assim ficamos
com uma sensação estranha, falta de ética, falta de bom senso.
Fica evidente um
privilégio, acepção de pessoas.
“Se, porém, fazeis acepção de pessoas, cometes pecado.”
[Tiago 2,9]
O Deus Bíblico é assim:
"Faça o que mando não faça o que faço".
O problema com
parábolas é que quando a interpretação ao pé da letra agrada é isso mesmo.
Se desagrada ...
cabe interpretações.
Na igreja
presbiteriana que eu frequentava tinha uma interpretação "bonita" (inspirada pelo Espirito Santo) sobre a parábola do trabalhador.
A parábola se refere a salvação e nosso lugar no “paraíso”.
Não importa para Deus se sua conversão ocorreu na adolescência ou na terceira idade o prêmio é o mesmo.
(Igreja Presbiteriana)
Não importa para Deus se sua conversão ocorreu na adolescência ou na terceira idade o prêmio é o mesmo.
(Igreja Presbiteriana)
Fico pensando...
Se o prêmio é o
mesmo compensa começar frequentar igreja depois dos 40 anos e tomar cuidado para
não morrer antes. 😏
Até uns 30 você
peca tudo que tem direito, nessa idade já deve ter encontrado alguém legal para
casar.
Case e viva a vida
de um cristão exemplar.
Conheci muitas
pessoas com mais de 45 anos que são membros dedicados da igreja.
Você olha para
pessoa e pensa:
“Que ser humano exemplar, coisinha bonitinha de Deus.”
Entretanto de
algumas pessoas eu conheço a história e quando jovem era uma coisinha do
capeta. 😏
Não precisa nem ter
convivido com as pessoas, elas mesmas contam em testemunhos.
Dos bebuns e
usuários de drogas são os mais bizarros e dificilmente a pessoa conta tudo,
imagine o que ela deixa de contar, por vezes até crimes.
Tem aquelas
senhoras que nos parecem respeitáveis e atualmente são, mas no passado se
fossem protagonista de alguma novela seria “Fogo no Rabo.” 😏
Já conversei com
muitas dessas pessoas e vou reproduzir aqui a resposta padrão que elas usam
para os jovens não ficarem no “mundo.”
-“A
vida na igreja e tão boa que quanto mais cedo você estiver em comunhão melhor.”
Nos falam do seu
enorme arrependimento de não ter se convertido antes ... me engana que eu
gosto.
Quanto a vida
na igreja é boa para um jovem?
A juventude é época
de experimentações.
Na igreja não pode bebida, sexo, dança ... no
sentido mais mundano.
Sem dúvida a conversão desde a juventude
possibilita uma vida mais “segura.”
No entanto uma
juventude sem aventuras não agrada a maioria das pessoas.
Deve ser
chato envelhecer tendo na sua lembrança só cultos de louvores e adoração; mas
cada um é cada um, respeito quem faz essa opção.
Conversando com
pessoas que tiveram uma vida “do mundo” e depois viveram para Igreja não
consigo notar arrependimento de fato.
Não sou bom exemplo
para esse texto porque sempre fui bem careta, não bebo, não fumo, sempre fiz
sexo com responsabilidade, não tenho nenhum testemunho que vai chocar os irmãos.
Quando morava
no bairro São Bernardo (criança) por um tempo havia em um barracão onde é o
atual Objetivo, uma espécie de discoteca.
Aquelas
músicas bonitas chegavam até em casa, via pessoas muito bem arrumadas, alegres
indo para o baile.
Queria tanto
estar no lugar delas, saber como era dentro daquele barracão.
Meus primos
mais velhos iam na Assampi.
Associação de
amigos do Parque Industrial, tudo parecia tão lindo tão divertido.
Entretanto minha
adolescência foi de muitas dificuldades.
Toda aquela
agitação seria só um sonho que nunca se realizaria.
Seria...
Fiz curso de
modelo e manequim entrei em um mundo de gente bonita, desfilava em boas casas
noturnas de Campinas.
Conheci ambientes
muito mais requintados que o barracão perto de casa ou a Assampi.
Não tenho
como dizer que estou arrependido da minha fase de “mundo.”
Para ser
franco lamentaria que isso fosse apagado da minha vida/memória.
Se hoje consigo ser sereno é porque sei que
lá fora não tem nada que me interesse.
E se tivesse eu
faria com comedimento.
Suponhamos que um
grande prazer na vida fosse tomar cerveja com amigos no bar ... não vejo nada
de terrível nisso.
Problema seria
beber até cair ou dirigir embriagado. (Excessos)
Suponhamos que eu
gostasse demasiadamente de sexo.
Não teria me casado
ou já estaria separado.
Se uma mulher de
livre espontânea vontade aceita transar comigo, qual o problema?
Problema é
estuprar, fazer sexo sem o mínimo de proteção ou colocar filhos no mundo que
não pretendo criar.
Para entender essas coisas foi importante
sair no mundo.
Se não saísse
ficaria com ilusões sobre muitas coisas que afetariam minha serenidade.
Eu saí no mundo vi
que pessoas bêbadas, drogadas, ficam muito alegres/descontraídas, mas um tanto
bobas rindo de qualquer coisa.
Essa desconexão quando
é esporádica, em momento de lazer, não vejo como algo “pecaminoso”.
Entretanto
vi também muita vida destruída por drogas e bebida, porque correr esse risco
desnecessário?
Preferi me incluir fora dessa.
Se eu tivesse
me casado cedo com a primeira mulher que quisesse namorar comigo não seria o
fim do mundo, conheço pessoas que isso aconteceu e a sua maneira vivem bem.
Mas sei lá, minhas
experiências me deixaram tão maduro.
De certo minha
esposa não seria a Mara, só a conheci quando já estava um tanto entediado com o
mundo das “agitações”.
Entretanto em
algumas igrejas atuais está bem mais fácil passar a juventude porque elas não
cobram um comportamento padrão recatado.
Fale com uma moça
da igreja Católica ou da Universal do Reino de Deus.
Não há um
patrulhamento rigoroso da comunidade em volta dela.
Roupas, ela pode
usar as do mundo.
Em várias
denominações ninguém vai isolar uma evangélica só porque ela trocou de namorado
pela terceira ou quarta vez, no máximo vai haver muita fofoca.
Atualmente muitas
religiões o jovem pode frequentar sem necessariamente perder os prazeres e
experimentações da juventude.
É até bom que o
jovem frequente uma igreja para que adquira um certo freio moral, viver as
experimentações sem descuidar da segurança.
Se minhas filhas
frequentassem alguma igreja evangélica light ou fossem católicas não me
preocuparia nem um pouco.
Se frequentassem
bailes funk ou baladas sertanejas haveria alguma apreensão.
Ficaria igualmente
apreensivo se entrassem em alguma igreja rigorosa, daquelas que saem
evangelizando de porta em porta ou gritando versículos na rua.
Não gostaria de ver
minhas filhas fanáticas religiosas ... de qualquer religião.
Se você estiver em
uma igreja com padrões morais muito rigorosos convém pensar se quando estiver
mais velho não ficará amargurado por tudo que deixou de fazer.
Se o prêmio é o
mesmo porque ficar enfurnado desde cedo nos trabalhos da igreja?
Isso serve para
qualquer doutrina.
Humm ... a meditação foi por caminhos não
pretendidos, mas me parece boa.
Se você entendeu que as doutrinas (seu padre,
pastor) interpretam as parábolas do jeito que lhes for mais conveniente já me
dou por satisfeito.
A parábola do trabalhador, no meu
entendimento, trata como normal uma injustiça terrível.
Quem escreveu a Bíblia deveria ter pensado em
uma historinha melhor ou falado diretamente o que queria dizer sem dar margem a
“interpretações” ao gosto do freguês.
➽Link |
Para quem não lembra de Fogo no Rabo...
Os caras abusavam tanto das piadas de péssimo gosto que ficava até engraçado...
😊
(Alguns pensam que eu invento certas coisas)
____________________________________________________________
Nenhum comentário:
Postar um comentário