sábado, 12 de setembro de 2020

Hinduísmo


 O hinduísmo é a terceira religião com maior número de praticantes no mundo, a maioria na Índia.
  Seus ensinamentos influenciam bastante a organização da sociedade indiana.
  Os seguidores do hinduísmo acreditam em vários deuses e na reencarnação.

[Google]


  No Brasil não observo que a religiosidade atrapalhe nossa "evolução social".
  Vivemos há décadas em uma nação satisfatoriamente laica.
  Não consigo lembrar de nenhuma lei durante o Regime Militar que tivesse fundamentada na Bíblia ou qualquer outro livro religioso.
  Na Constituição de 1988 também não encontro nada.

  Culturalmente nosso maior atraso (na minha opinião) é tantos quererem o Estado Paizão ao invés de planejar melhor a própria vida.

  A religião pode atrapalhar ou ajudar a nível individual de acordo com a opção de cada um, mas em termos de nação vivemos razoavelmente em paz.
  Não vemos católicos explodindo protestantes.
  (As duas maiores correntes.)
  Judeus, umbandistas, espíritas, ateus, islâmicos ...raramente sofrem algum tipo de violência apenas por suas crenças.

  O fanatismo aqui é exceção.
  Mesmo aquele cara super fiel a doutrina não leva tudo ao pé da letra, se gosta, toma uma cervejinha, se excede na libidinagem.
  A mulher então nem se fala, submissão ao marido só no versículo mesmo. 😏

  Gosto do Cristianismo porque é light, teve seu tempo de maior "primitivismo" (Inquisição), mas isso ficou pra trás há séculos.

  Porém tem povos que a religiosidade é grande entrave.
  Islamismo dispensa comentários, O Corão (livro sagrado deles) por vezes tem mais peso que as leis do Estado.




 Vamos falar do Hinduísmo, seus seguidores poderiam ser tão light quanto os cristãos, mas os indianos complicaram pra car ... amba.



  “Mal sai da barriga da mãe, um bebê indiano ganha um rótulo.
   Entra em uma das 4 castas de uma hierarquia social ditada pelo hinduísmo, que pela ordem tem os sacerdotes, ou brâmanes, depois reis e guerreiros (xátrias), mercadores e produtores (vaixás) e servos (sudras).
  É um esquema que divide o trabalho entre a sociedade e garante que sempre haja um grupo cuidando da religião, da organização política, do comércio e dos serviços.
   Faz tempo que isso funciona assim - praticamente desde 1500 a.C., quando o princípio dessa classificação apareceu nos Vedas, uma série de livros sagrados para o hinduísmo.
   Os hindus acreditam em reencarnação, e acham que o ciclo de nascimento e morte serve para compensar nossas ações: nesta vida se faz, na próxima se paga.
  Para libertar a alma desse vai e volta ao corpo, é preciso cumprir deveres que beneficiem toda a comunidade.
  Que deveres?
  Exatamente aqueles que se ganha na hora do nascimento.
   Só que nem todo mundo se encaixa em alguma dessas castas.
  Os excluídos da hierarquia são os "intocáveis", conhecidos como dalits.


  Não podia ter sobrado destino pior pra eles: ficaram com as tarefas consideradas impuras, que ninguém mais faz, como limpar excrementos.
  Dalits são considerados tão sujos, mas tão sujos, que ninguém de outras castas deve tocá-los (daí o apelido carinhoso).
  Não muito tempo atrás, até a sombra deles fazia qualquer brâmane sair correndo para não se contaminar.”




  Mudar CULTURA não é impossível, mas é bem difícil, o Governo indiano tem se esforçado, mas não dá para fazer milagre.

  Talvez a mudança seja acelerada com o uso da Internet.
  O Dalit pode observar que a Índia não é o Mundo, apenas faz parte dele.
  De repente o garoto Bramanê não quer ser nenhum tipo de sacerdote, nem o Xátria “soldado”.

  Muitos pensadores (por ingenuidade ou má fé) comparam o sistema de castas na Índia a divisão de classes no “capitalismo”.
  Claramente não tem nada a ver.
  Minha mãe foi faxineira, prestou concurso público, passou a merendeira, fez outro concurso interno e foi arquivista.
  Minha irmã Jane é pedagoga.
  Mudamos de classe social de acordo com nossa sorte ou competência, não tem nada “carimbado” desde nascença.

  Antes de culpar a religião pelo sistema de castas na Índia entendam que indianos não precisavam levar o Vedas ao pé da letra.

 Vejam o caso dos Suíços:

 
  “O cristianismo é a religião predominante na Suíça com 79% da população a afirmar-se cristã, dividida entre a Igreja Católica com 40% de fiéis, várias denominações protestantes com 35% e outros cristãos com 4%.
  A imigração trouxe o islão (3%, predominantemente kosovares e turcos) e a ortodoxia oriental (1%) como religiões minoritárias significantes.”

[Wikipédia]


 O índice de frequência dos suíços as igrejas é muito baixo.
 Bem parecido com os católicos no Brasil.
 Evangélicos são mais assíduos.

  Culturalmente os povos fazem opções.

  Eu quero caminhar culturalmente para a situação Suíça, e você?



   A religião influência, mas ela também é consequência da Cultura.

  Não é porque um livro diz que eu tenho sempre que oferecer a outra face diante de uma agressão que eu cegamente seguirei essa doutrina/orientação.

  Na Índia a religião predominante é o Hinduísmo que por ser muito antiga tem centenas de vertentes, assim como o Cristianismo.
  A Religião é uma ferramenta poderosa, mas cada um decide como usar essa ferramenta.

  Em qualquer casa tem facas, são muito uteis, ferramentas indispensáveis no preparo de alimentos.
  Se for usada para assassinar alguém a culpa é da faca!?

  As religiões vem de entendimentos antigos, pouco conhecimento cientifico.
  É preciso bom senso, para evitar fanatismo ou “superstições” que não fazem sentido.

  Se você se sente bem em uma doutrina, prega paz, amor, ajuda ao próximo ... não vejo problema.









  No meu caso, ser religioso não trazia nenhum benefício, só gastava meu tempo então desisti de qualquer religião.

  Por ler muito, os sermões dos padres e pastores eram entediantes.
  Faziam umas interpretações das parábolas (só um exemplo) que agrediam o bom senso.

  Por muito tempo acreditei que estar na igreja, participar de orações me conferia alguma proteção.
  Mas as sequencias de eventos em minha vida foram me mostrando que não.
  Se ir na igreja, participar de louvores e orações, não me protegia de nada, então a lógica sugere que eu fique onde gosto de ficar ... em casa.



  Me perguntaram como foi desistir de ter religião?

  Essa música começou tocar em minha mente:


  COMEÇAR DE NOVO e (só) contar comigo
  Vai valer a pena ter amanhecido
  Ter me rebelado, ter me debatido
  Ter me machucado, ter sobrevivido
  Ter virado a mesa, ter me conhecido
  Ter virado o barco, ter me socorrido

  Vai valer a pena ter amanhecido
  Sem as tuas garras, sempre tão seguras
  Sem o teu fantasma, sem tua moldura
  Sem tuas escoras, sem o teu domínio
  Sem tuas esporas, sem o teu fascínio
  Começar de novo e contar comigo
  Vai valer a pena já ter te esquecido...


Lindo demais ♫♫♫




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