“Ressocializar” criminoso é crença de ingênuos ou pessoas de má fé.
Se a família e a escola não socializaram o indivíduo, como nosso sistema penal vai ressocializar quem nunca foi “socializado” !?
➽Sindicato e a Ressocialização
Não sei bem como se estabelecem “verdades incontestáveis” em nossa sociedade.
Foi me dito que quem fala em punição no fundo quer vingança.
E aqui entramos em outra questão complicada.
Quando você não concorda com o pensamento dominante surgem essas abstrações.
As pessoas acham que conhecem você melhor do que você mesmo.
Eu associo punição com justiça, mas os “entendidos” dizem que eu associo com vingança, mas sou tão "limitado mentalmente" que não sou capaz de entender isso.
Vingança tem mais a ver com pagar na mesma moeda segundo nosso próprio julgamento.
Alguém pichou meu muro, eu acho que foi o vizinho da direita, vou lá e picho o muro dele também.
Isso vai a juízo de terceiros (poder judiciário) é aplicado uma punição (indenização, multa, reparo do dano, prisão).
Estamos falando de alguém que cometeu um crime foi investigado, julgado e sentenciado.
Quando submetemos qualquer delito a evidências e julgamento imparcial não cabe mais falarmos de vingança.
Dependendo do delito o juiz aplica uma PENA.
Penalizar= apenar, castigar, multar, condenar, autuar, punir, reprimir.
Recebeu uma pena de 30 anos.
Eu entendo o João ser punido com reclusão de 30 anos.
Falamos para o João que assassinar a Maria não foi legal.
O João diz que está arrependido, que não vai mais fazer isso.
E Maria?
Ficará para sempre em nossos corações...
A falha é do sistema penitenciário que não o ressocializou direito...
Querem me convencer que João não sabia que é errado matar!?
Temos que educa-lo sobre isso ou reeduca-lo?
Não concordo com essa “verdade incontestável” que a prioridade é a ressocialização/reeducação.
Se eu pura e simplesmente matasse o João aí sim poderíamos falar em vingança.
Sou contra a ressocialização?
O problema é que não entendo muito bem esse conceito.
Vamos pegar um caso real.
“PM confessa morte de embaixador, Justiça decreta prisão de envolvidos.
O policial militar Sérgio Gomes Moreira Filho, 29, e seu sobrinho, Eduardo Moreira de Melo, 24, confessaram ter matado o embaixador da Grécia no Brasil, Kyriakos Amiridis.
Eduardo afirmou que a mulher do embaixador, Françoise Amiridis, 40, não participou da execução, mas teria encomendado o crime por R$ 80 mil, "se tudo desse certo".
O valor seria pago 30 dias depois.”
Os três envolvidos tinham uma vida social, não eram eremitas isolados em alguma montanha.
Eu entendo que alguém que viveu em sociedade por muito tempo e por algum motivo foi afastado por longo período passe por uma ressocialização.
Sei lá, a pessoa foi vítima de um naufrágio ou acidente aéreo e ficou isolada por meses em uma ilha.
O indivíduo ficou em estado de coma por longo período.
Enfim, o cidadão ficou distante da vida em sociedade então através de amigos ou assistência psicológica passa por uma ressocialização.
Como aplicar esse conceito aos 3 envolvidos no caso do assassinato do embaixador!?
Quem me explica?
A “exclusão social” na maioria das vezes é fruto da paternidade irresponsável.
Eu nasci bem pobre, na minha casa tinha violência doméstica, então isso me dá o “direito” de cometer crimes!?
Se eu exercer meu “direito” como irão me ressocializar?
O sistema penitenciário vai me adotar e reconstituir minha infância!
Digamos que o individuo ficou preso 10 anos.
São 120 meses fora do convívio social “normal”.
Se nós enquanto sociedade achamos essa pena justa para o delito cometido, depois de cumprida a pena devemos reintroduzir esse indivíduo em nosso convívio sem maiores cobranças ou preconceitos.
➽Presos Trabalhando