segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Nova Eleição para Presidente

  “Até agora não entendi porque Joaquim Levy aceitou ser ministro da fazenda num governo fracassado.”
[Rubens Garcia no G+]

   Eu acompanho política e economia, sabia que as contas estavam ruins, mas não péssimas.
  Lembremos que o governo Dilma confiscou até o dinheiro do PIS.
  Para saber de fato como estão as contas de qualquer negócio só tendo acesso.
  Joaquim de certo não esperava encontrar um quadro tão deprimente.
  Como se não bastasse a catástrofe econômica o quadro político também está muito deteriorado.
   Estava lendo umas notícias sobre a Lava Jato e estou inclinado a acreditar que o único jeito é impugnar a chapa Dilma/Temer e convocar novas eleições.
  Isso para “tentar” alguma união em torno de uma pauta básica de Governança.
  Se não ocorrer novas eleições todo povo irá sangrando até 2018 para tentar alguma coisa em 2019 e ver os resultados em 2020 ou 2021... muito tempo perdido, mas o pior é desistirmos da Democracia.

  Vejo fazerem muitas comparações entre Brasil e Estados Unidos.

  Em uma delas foi mostrado a diferença na cobrança de impostos, até aí tudo bem, o problema é que no final da postagem pediam intervenção militar.
  De certo colocar militares no poder vai nos distanciar dos Estados Unidos em todos os sentidos que eu consigo projetar.
  O melhor é persistimos na Democracia assim como eles persistiram.

  Sou um cidadão comum, moro há centenas de quilômetros de Brasília minha opinião vai se modificando conforme os fatos são tornados públicos, não tenho nenhum canal privilegiado de informação.

  Até pouco tempo atrás eu apostava em Michel Temer como uma solução satisfatória para o atual imbróglio brasileiro ... vou compartilhar com o leitor minha mudança de rumo.

  Eu esperava que o PMDB nesse momento de crise se unisse para dar um rumo ao Brasil, não por serem bonzinhos, mas por ser uma chance real do partido chegar ao poder máximo e deixar de ser um simples coadjuvante.
  Nunca projetei que o PMDB estaria 100% unido em torno de qualquer causa, mas esperava que pelo menos 80% dele visse com bons olhos Michel na Presidência e por consequência apoiariam o impedimento.
  O que vejo hoje?
  O PMDB está dividido pelo menos em 4.

  Eduardo Cunha que não deve ser problema por muito tempo porque está enrolado até o pescoço com provas bem fundamentadas de seus atos ilícitos.

  Renan Calheiros com seu longo histórico de histórias difíceis de engolir não tenho dúvidas que ele está muito enrolado na Lava Jato o que não sei é a consistência das provas.
  Renan é mais um daqueles políticos problemas que o povo de Alagoas enfia goela abaixo dos eleitores de outros Estados... assim como Collor.

  Leonardo Picciani atual Líder da bancada peemedebista na Câmara e até agora fiel escudeiro de Dilma.
  Não sei nada desse político, até pouco tempo atrás eu nem sabia da sua existência, ele e Eduardo Cunha são políticos eleitos pelos cariocas eu moro em São Paulo.

  Michel Temer obviamente não tem tanta influência sobre os políticos do PMDB quanto eu acreditava que tinha.

  Se 80% do PMDB se unisse em torno de Michel de certo 100% do PSDB entraria nesse barco levando junto outros políticos da oposição.
  Partidos como o PDT, PP, PSB ... sentindo a base política de Dilma esfacelada engrossariam a corrente pró Impeachment.

  No entanto se Michel Temer não consegue ser consenso nem no próprio partido que pacto de governança estaria apto a fazer!?

  O que resta de esperança é que diante das inúmeras irregularidades nas contas de campanha de Dilma sua chapa seja cassada.
  Eleições tem o poder de forçar o debate e concentrar opiniões em duas ou três preferências do eleitorado.
  Lá na frente o vencedor terá mais de 50% do eleitorado torcendo por seu sucesso coisa que a Dilma nem em sonho tem e há pouquíssimas chances de até 2018 chegar pelo menos a 20%.

  Nesse ano temos eleições para prefeitos e vereadores, dá para fazer uma boa mudança nas bases políticas.
  Se junto com Prefeitos e Vereadores elegermos outro(a) presidente a mudança fica ainda maior, se vai ser boa ou má depende das nossas escolhas.
  Perfeito/Salvador ninguém é, mas já passou da hora do eleitor ser mais criterioso com seu voto.

  Graças a Internet nunca no Brasil as pessoas estiveram tão bem informadas sobre as diferenças entre “Esquerda e Direita”.
  Sem radicalismos, é hora da “massa” entender que se não caminharmos para Direita o Brasil continuará eternamente esse gigante adormecido.

  Sempre haverá alguém querendo ter alguma vantagem indevida em qualquer regime, povo, sistema.
  Quero dizer que corrupção e crimes acontecem no mundo inteiro e devem ser combatidos diuturnamente.
  Estados Unidos e China são os países que proporcionalmente tem mais presidiários no mundo.
  Logo, não é o Liberalismo ou o Marxismo que vai mudar a natureza de muitos humanos de cometer crimes.
  Onde houver impunidade, o crime e a corrupção só tende a aumentar e promover grandes prejuízos a qualquer nação.


  Combater o crime deve ser uma bandeira comum de todo cidadão de bem, seja de esquerda ou direita.

  Ninguém honesto e trabalhador quer ver o dinheiro dos impostos sumindo no ralo da corrupção.
  Ninguém honesto e trabalhador quer ver marginais aterrorizando a população com roubos, assassinatos, estupros, depredações...

  Não devemos deixar de dar todo apoio a operações como a Lava Jato e a pessoas como o excelentíssimo Sérgio Moro, mas também não devemos nos iludir que isso basta para melhorar o IDH do nosso país.

  No século passado (1901 a 2000) houve intensos debates teóricos e práticos sobre Liberalismo vs Marxismo.
  Tanto um como outro passaram por transformações/adaptações.
  O Liberalismo formou sua grande nação USA.
  O Marxismos formou sua grande nação URSS.

  Não há nenhuma dúvida sobre a superioridade do Capitalismo.

  Vivem dizendo que a China tirou milhões de pessoas da linha da pobreza o que não dizem é que isso começou acontecer quando ela se abriu para as indústrias do Ocidente e todo seu capitalismo.
  No Brasil já tivemos vários Governos estatizantes e os resultados sempre foram deprimentes.
  Se você analisar a história verá que sempre que o Brasil cresceu bastante foi porque aplicou um pouco de Liberalismo e parou de crescer quando desistiu dele.

  Muitos falam do milagre econômico da década de 70 no governo militar.

  O que não falam é que antes do golpe o Brasil se abriu bastante para o capital estrangeiro, meu pai trabalhou em muitas multinacionais Bosch, Bendix, Clark...
  Pense na produção de veículos sem GM, Ford, Volks.
  Você conhece a história da Vale que os esquerdistas/estatizadores não contam?

DEVEMOS A EXISTÊNCIA DA VALE AOS “GRINGOS”.

  “Vários grupos de INVESTIDORES INTERNACIONAIS adquiriram extensas glebas de terra próximas a Itabira e, em 1909, se reuniram fundando o Brazilian Hematite Syndicate, um sindicato que visava a explorá-las.
  Em 1911, o empresário ESTADUNIDENSE Percival Farquhar adquiriu todas as ações do Brazilian Hematite Syndicate e mudou seu nome para Itabira Iron Ore Company.
  Percival Farquhar fez planos para que a Itabira Iron Ore Co. exportasse 10 milhões de toneladas/ano de minério de ferro para os Estados Unidos, usando navios pertencentes a seu sindicato, que trariam carvão dos EUA ao Brasil, tornando assim o frete mais econômico.
  Esse plano antecipava em mais de 40 anos um conceito que, modificado e atualizado, viria a se tornar realidade, sob a direção de Eliezer Batista, na década de 1960, quando da inauguração do Porto de Tubarão.”

  Toda nossa capacidade de produção de minérios devemos ao capital estrangeiro que trouxe também tecnologia e empregos.
  Será que o milagre econômico dos militares ocorreria se o Brasil não estivesse razoavelmente industrializado e aberto ao capital estrangeiro?

  Antes do golpe o Brasil tinha uma direita organizada e atuante:

  O "udenismo" caracterizou-se pela defesa do liberalismo clássico e da moralidade, e pela forte oposição ao populismo.
  Além disso, algumas de suas bandeiras eram a abertura econômica para o capital estrangeiro e a valorização da educação pública
  Concorreu às eleições presidenciais de 1945, 1950, e de 1955 postulando o brigadeiro Eduardo Gomes nas duas primeiras e o general Juarez Távora na última, perdendo nas três ocasiões
  Como todos os demais partidos, a UDN foi extinta pelo governo militar que assumiu o poder em 1964, através do Ato Institucional Número Dois.
[Wikipédia]

  Os militares nos livraram de males maiores.
  Jânio Quadros queria ser um “ditador democrático” como foi Getúlio no Brasil e Peron na Argentina (Lula também tenta isso).
  João Goulart quis aproveitar o fracasso de Jânio para implantar o Comunismo, se ligar a URSS.

  Como o Brasil tinha uma direita forte os cidadãos resolveram se proteger de Goulart junto aos militares, que já tinham nos protegido de Jânio.
  É evidente que Jânio e Goulart contavam com grande apoio da população, a sociedade estava dividida e o fiel da balança sem dúvida foram os militares.

  O problema é que os Liberais esperavam que os militares intervissem por no máximo 2 anos, até as próximas eleições democráticas... o que obviamente não aconteceu.
  O mais triste é que os militares estatizaram tanto a economia quanto os Comunistas fariam.
  Os militares não nos levaram para a URSS, mas também não nos aproximaram do USA e outras nações ocidentais desenvolvidas, os militares fecharam nosso mercado nos levando a um isolamento econômico.
  Fica claro que o milagre econômico da década de 70 foi fruto de algum liberalismo depois do fim da Segunda Guerra.

  A direita plantou, os militares estatizadores colheram, até falir o país.

  Muito parecido com o que ocorreu recentemente.
  FHC introduziu algum Liberalismo de 1994 a 2002 principalmente desestatizando um pouco a economia, o PT colheu os frutos até falir o Brasil.

  Os militares demoraram 20 anos para acabar com o sopro saudável do liberalismo, os petistas conseguiram em 13 anos “energizados” pela corrupção desmedida.

  Infelizmente a Direita nunca esteve no poder, por isso continuamos subdesenvolvidos.

  No Brasil só tivemos esquerdismo, militarismo e populismo.
  Depende de você voarmos como águias e abandonarmos os voos de galinha.
  









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