segunda-feira, 6 de abril de 2015

Nilo Peçanha

                                                    

 

“O sindicato defende o sistema de cotas para negros no serviço público, essa população que por 358 anos foi vítima da escravidão e, depois da lei áurea, sempre sofreu com racismos e desigualdades que a formação histórica brasileira lhe impôs.

[Jornal do Sindicato Unicamp]

 

 

  Vamos meditar sobre nossa formação histórica.

  Escravidão é quase tão antiga quanto a humanidade, fez parte da formação histórica de todos os povos de algum destaque que consigo me lembrar.
  Vamos pular esse denominador comum nas mais variadas culturas.
  Aqui no Brasil a abolição da escravatura ocorreu em 1888.

  Desde 1891 é permitido o voto de qualquer homem alfabetizado.

  O Brasil era um país pouco alfabetizado, poucos votavam, independente da cor.
  É de supor que entre os negros havia menos eleitores ainda.
   Porém, se analisarmos a história registrada verificamos que não havia segregação racial nas escolas, nada impedia uma criança ou adulto negro de se alfabetizar, nesse sentido o Brasil era bastante moderno para época.

  O voto para mulheres só foi permitido em 1932.
  Para negras e brancas.

  Fica claro que negros PARTICIPARAM da nossa “formação histórica”.
  Podiam estudar, trabalhar, votar.

  Conhecendo muito sobre história da humanidade, fico surpreso como a sociedade brasileira não soube e não sabe aproveitar mais esse fator favorável a nós.

  Em vários países realmente houve grande segregação racial, mas por todos os ângulos que olhamos não vimos isso no Brasil.

  Não estou dizendo que tudo foi maravilhoso, mas comparado ao que ocorreu em países como Estados Unidos ou África do Sul; nós nos comportamos de maneira muito evoluída/civilizada talvez por influência da cultura dos nossos colonizadores portugueses que eram muito mais sociáveis, se misturavam mais.

  Parece até que nosso povo ficou com inveja da segregação ocorrida em outros países... vai entender o ser humano.

  Com a fama das teorias defendidas por Darwin ocorreu um movimento eugenista no mundo inteiro, o Brasil não ficou de fora, mas as ações aqui foram light.


“Monteiro Lobato defendia a eugenia, a humanidade precisava de poda, assim como a vinha.
  O Brasil foi o primeiro país da América do Sul a ter um movimento eugênico organizado. 
  A Sociedade Eugênica de São Paulo foi criada em 1918.
  Não há solução para os males sociais fora das leis da biologia."
[Só pode haver Um]



  A “poda” para Lobato e simpatizantes era favorecer a procriação e vinda do homem branco europeu o qual Darwin “sugeria” que era o ápice da evolução humana.
  O movimento eugenista no Brasil queria o “branqueamento” da população evitando a chegada de mais negros.
  Os negros que já estavam aqui seriam lentamente absorvidos geneticamente pelo maior contingente de brancos.
  Aqui no Brasil não foi adotada nenhum tipo de “solução final” segregando e/ou exterminando negros.

  Nós criamos culturalmente esse monstro ideológico onde um negro não progride no Brasil por conta da ação de uma elite branca que ninguém consegue apontar exatamente quem é ou foi.

  Nesse texto estou lhe dando “historicamente” alguém e uma elite branca para cobrar alguma coisa... Monteiro Lobato e simpatizantes da Eugenia.

  Esse movimento não foi forte o bastante para impedir que negros participassem de nossa formação histórica.




  Olhem que interessante a história de Nilo Peçanha.
  Era um mulato de família pobre que chegou a presidência em 1909.
  Uma sociedade altamente preconceituosa e segregacionista nunca permitiria um negro na presidência.
  Naquele tempo o segundo mais votado ficava como vice.
  O mais votado morreu e Nilo assumiu.

  Nilo não gostava de divulgar sua origem pobre ou descendência negra.
  Se Nilo Peçanha tinha vergonha de sua origem pobre e descendência negra... é algo de sua personalidade e da época, não sei muito bem o que dizer.
  Levemos em consideração que a Monarquia acabou no Brasil em 1889 naquela época a moda era ser “nobre” ter bom “berço”.
  No Brasil atual(2015) a moda é o político nascer pobre, Marina e Lula propagandeiam com grande alarde a infância sofrida.
  Dilma cresceu na classe média alta, você não viu seu marqueteiro divulgar com ênfase isso.
  Se Nilo Peçanha concorresse hoje de certo colocaria em destaque sua infância pobre e descendência negra.


  Voltando ao Jornal do Sindicato:

“COTA NÃO É PRIVILÉGIO É REPARAÇÃO.”


  A Lei Aurea foi assinada há 127 anos, alguém que “viveu” como escravo deve estar hoje (2015) com uns 144 anos porque em 1871 tinha sido assinada a lei do Ventre Livre.
  Como não conheço ninguém com essa idade vamos pular para 1950.

  Alguém que nasceu em 1950 tem hoje 65 anos, não foi impedido de estudar, trabalhar ou votar. 
  O pai de Nilo Peçanha lá no final de 1800 tinha uma pequena padaria.
  Se o negro não tinha nenhum empecilho para abrir seu próprio negócio naqueles tempos ... a partir de 1950 muito menos.

  A qual reparação alguém que nasceu em 1950 (ou antes) tem direito!?
(Peguei esse ano só para criar um ponto de referência)

  De lá pra cá não encontrei nada que impedisse uma família ajuizada e estruturada progredir... na medida do possível.
  Você não vê nenhuma lei impedindo um homem ou mulher de qualquer cor ou crença abrir empresa.


  “Nilo Peçanha chegou na idade escolar. Seu pai era conhecido na cidade como "Sebastião da Padaria".
  Nilo cursou o primeiro grau estudantil em sua cidade natal, completou os estudos na capital fluminense e se formou em direito pela Faculdade de Direito do Recife, em Pernambuco.”
[Wikipédia]


  Estamos falando de 1890!

  Sem generalizações ... me parece que em meados do Século XX (1950) a cultura do vitimismo ganhou força entre os negros.
  De lá pra cá só fez aumentar.
  Trabalhar, estudar, empreender, planejar a família ... deixaram de ser o caminhos perseguidos para melhorar a situação financeira/social.

  O caminho escolhido foi cobrar reparações históricas.
😟


  O número de "Nilos" diminuiu e de "favelados" aumentou.

  Companheiros negros, que tal retomarmos o bom caminho trilhado depois da abolição?
  (A opção pelo vitimismo em meados do século XX claramente não está dando certo.)



  

Antonieta de Barros




 👨 “Eu também sou contra a panfletagem do século 20, eu lembro de um jornalista que perguntou para um participante qual era o propósito do movimento para derrubar a Dilma no meio da Avenida Paulista, e o rapaz confessou que não tinha a menor ideia do que estava fazendo naquele tumulto.

   O mesmo aconteceu recentemente no trágico episódio do Carrefour.

  Aqui no Facebook, alguns perceberam para onde iam os panfletos e assim começamos a distribuir anti panfletos.

  O problema desses panfletos é que o resultado é totalmente inesperado.

  Ao invés do Carrefour gastar mais dinheiro com o treinamento de funcionários, no final o Carrefour pode decidir mandar todo mundo embora, e mudar o esquema com o cliente, ao invés de usar o método pegue pague, eles podem usar o sistema Mac Donalds pague pegue.

  Mas eu desconfio que esses panfletos vitimistas não são de vítimas, muito pelo contrário.”

[Frank Hosaka]

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 Com qualquer movimento sempre tem quem ganha.


“CARREFOUR ANUNCIA FUNDO DE 25 MILHÕES PARA COMBATER RACISMO NO BRASIL.”


  Isso não é muito dinheiro pela lucratividade da empresa, mas pense em alguma ONG ou empresa de propaganda que vai receber 1 milhão que seja.

  Os familiares (acredito) vão receber uma grana que não veriam nem se o cidadão falecido vivesse até os 150 anos...

  E como ele era “problemático” aposto que muitos familiares ficarão no lucro financeiro e emocional.

  Falo pela minha própria experiência de vida.

  Meu pai era problemático, não sou hipócrita, não vou dizer que senti muito pela sua morte.

  Fui ao enterro por respeito ás tradições.


 


  Já pensou se o Carrefour investisse uns 500 mil para divulgar meu Blog. 
  UM PENSADOR NEGRO. 
  Acho que vou ter que me drogar, atormentar fregueses no supermercado e dar um soco no segurança...

 

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