“A imaginação é mais
importante que a ciência, porque a ciência é limitada, ao passo que a
imaginação abrange o mundo inteiro.”
[Albert Einstein]
Nessa questão eu “discordo”
de Einstein.
[Só encontrei a citação,
não sei em qual contexto foi dita.]
Reconheço a
importância da imaginação, mas dizer que ela é mais importante que os
fatos...não consigo defender essa argumentação.
“Acredito” que
Einstein se referiu a ☛extrapolarmos as possibilidades.
Depois de adquirirmos
todo conhecimento possível sobre um assunto, chegamos onde todos chegaram, se quisermos
ir além precisamos imaginar/testar outras possibilidades.
É o que faço nas
minhas meditações.
Algum fato ou comentário
me provoca, busco informações sobre o assunto, formo minha opinião e comparo
com as outras nos debates.
O que eu apelidei
de Filosofia Complexa é
tentar ir além, apresentar um outro ponto de vista, mas SEM IGNORAR AS FONTES, OS FATOS CIENTÍFICOS.
Uma coisa é
especularmos além dos fatos, desenvolvermos teoremas/teorias tendo como base a “ciência”.
Outra coisa é
emitirmos opiniões sem fundamentação nenhuma, nem ao menos uma fonte confiável.
Dito isso...
▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬
Minha memória não é boa, de tudo que já li
não guardo detalhes, mas guardo o contexto.
Tipo, não decorei
a Bíblia, não lembro de tudo que está escrito nela, mas se alguém fala algo
fora do contexto geralmente eu percebo.
É a mesma coisa
com toda história da humanidade.
Se alguém fala
alguma coisa que não corresponde a nenhuma FONTE que eu já li me interesso em
saber onde a pessoa conseguiu a informação.
Evidente que eu
não era nascido em 1500, dependo de coisas escritas naquela época para entender
como era a sociedade.
Não se trata de
uma “idolatria” a fonte, se trata de conseguir uma referência, um ponto de
partida até mesmo para especulações.
Vejo muita gente ignorando qualquer fonte, o
importante são boatos e a imaginação, observe um exemplo bem recente:
Em um debate no
Face num dado momento disse que admirava Joaquim Barbosa o indivíduo respondeu:
👨 “Eu não
admiro nem um pouco o Joaquim Barbosa.
Falam dele como contam a história do
Münchausen, de alguém que saiu da lama puxando-se pelos próprios cabelos (o
vulgo self-made-man).
Só
esquecem de falar que ele foi "adotado" por uma família que propiciou
algumas condições necessárias e suficientes para ele chegar onde chegou.”
[Face]
Copiei e colei
uma fonte:
“Joaquim Barbosa nasceu em Paracatu, noroeste de Minas
Gerais. É O PRIMOGÊNITO DE OITO FILHOS.
Pai pedreiro e mãe dona de casa, passou a ser
arrimo de família quando estes se separaram.
Aos 16 anos foi sozinho para Brasília,
ARRANJOU EMPREGO NA GRÁFICA DO CORREIO BRAZILIENSE E TERMINOU O SEGUNDO GRAU,
SEMPRE ESTUDANDO EM COLÉGIO PÚBLICO.
Obteve seu bacharelado em Direito na
Universidade de Brasília, onde, em seguida, obteve seu mestrado em Direito do
Estado.”
[Wikipédia]
Vejam o que o
cidadão respondeu:
👨 “O
"adotado" foi em alusão à família para qual a mãe (ou o pai, não
lembro agora) de Joaquim Barbosa trabalhou ao chegar aqui em BSB.
Leia
uma biografia completa, que conta os pormenores que aí a gente conversa.
Essa
da Wikipédia é muito genérica. Como dizem por aí, "não dá para
confiar".
[Face]
Para debater com
ele eu tenho que primeiro ler uma biografia completa de JB que ele não cita
qual.
A Wikipédia não é
uma fonte confiável segundo “dizem por aí”!
Gosto da
Wikipédia, como tenho bom conhecimento de história raramente vejo algo fora do
contexto nessa enciclopédia virtual.
Sei que a maioria
das pessoas tem preguiça de ler, a Wiki sempre traz um resumo muito bom,
destacando os principais pontos.
De certo JB teve
contato com muitas pessoas como acontece com todo mundo, mas sugerir que ele
deve seu sucesso a uma família em especial...por favor me tragam a fonte.
Minha mãe
trabalhou na igreja São José, na infância recebemos muitas doações dos Vicentinos,
claro que sou grato por isso, mas dizer que os Vicentinos foram responsáveis
por meu “sucesso profissional” ... é um pouco de exagero.
Não ria, sei que
não tenho sucesso profissional, seria justo culpar os Vicentinos por isso?
Não me ajudaram o
suficiente!?
Parei de debater
o assunto no Face a partir desse momento que o comentarista desprezou a
Wikipédia como fonte sem apresentar uma fonte melhor, aliás ele nem apresentou
uma fonte eu simplesmente tenho que aceitar a opinião dele ...
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O que é uma fonte confiável?
Já notaram que
para muitos indivíduos só boatos e a imaginação deles são fontes “confiáveis”.
Se você citar uma
matéria da Folha, Estadão, Veja, Isto É, O Globo, Carta Capital, Época ou até vídeo
de alguma reportagem da TV Aberta [ou fechada] ... você é um manipulado pela mídia.
NÃO!
Não estou falando
para você aceitar tudo passivamente só porque está escrito na Wikipédia ou
Jornal de grande circulação.
Estou
questionando o fato das pessoas optarem pelo extremo oposto.
“Tudo que está na grande mídia é mentira.”
Sei lá!
Eu confio mais na
“grande mídia” que em imaginações e boatos.
Um Estadão tem
responsabilidade com seus clientes, além disso é uma Empresa que pode ser
processada e ter grande prejuízo caso publique calunia e difamação.
Quero dizer que
eu posso falar que a inflação é trocentos por cento, de acordo com MEU HABITO de
consumo posso perceber a inflação alta, baixa, normal.
O Estadão vai
escrever dados técnicos mostrando a inflação real provável.
Mostrará os
produtos que mais subiram, os que se mantiveram estáveis e os que caíram de
preços.
Apresentará uma média
geral dos preço.
Entre o meu achômetro
baseado na minha percepção e os dados técnicos do Estadão, se você quiser tomar
uma decisão econômica mais eficiente a opção é elementar.
Claro que devemos ser críticos com relação a tudo.
Na internet e
revistas sempre aparece algum estudo dito cientifico apontando alguma coisa.
Se é publicação
respeitável eu levo em consideração, espero que o veículo tenha feito pesquisa
sobre a idoneidade da fonte.
Vamos a um
exemplo prático:
Li uma matéria sugerindo que o uso da
Internet (tabletes e smartphones) está reduzindo a emotividade das pessoas.
Fazia críticas
sobre isso.
Gosto de
tecnologia, quanto mais melhor.
Não participo
desse tipo de debate porque eu primeiro teria que defender a tecnologia para só
depois desenvolver o pensamento.
Aqui no Blog posso
pular a etapa de defesa da tecnologia, posso começar de um plano de pensamento
que eu nem conseguiria chegar naquele ambiente onde li a reportagem.
Então a boa
pergunta é:
Porque reduzir a
emotividade das pessoas é algo ruim!?
Na época em que
vivemos onde o acesso a informação é tão facilitado reduzir a emotividade e
aumentar a racionalidade me parece algo espetacular.
Se a tecnologia
está tornando nossas criança e adolescentes menos emotivos vislumbro uma grande
chance de melhora rápida da humanidade.
A emoção é inata
em nossa espécie, não imagino uma situação em que acabemos com ela, mas a
emoção é um grande entrave para que as pessoas melhorem suas opiniões.
Pense bem.
O que impede você
mudar de opinião diante de uma argumentação melhor?
A EMOÇÃO.
Você tem uma
opinião por tanto tempo que se apegou emocionalmente a ela.
“Deus é perfeito, nenhum político presta, o freguês tem
sempre razão, empresário é escoria, empregado é sempre explorado, socialismo é
o futuro, capitalimo é decadência...precisamos de menos tecnologia e mais
humanização”
Você defende
essas convicções
com unhas e dentes, fecha sua menta para qualquer argumentação contraria.
Não atribuo
nenhuma propriedade magica a tabletes e smartphones.
Defendo que o
próprio acesso a informações, imagens e até a conceitos surreais reduzem nossa
emocionalidade.
Darei um exemplo bem simples, é só expandir
para todo resto.
Ir ao circo já
deve ter sido muito emocionante.
De família pobre,
não tive oportunidade de ir muito a circos me lembro apenas de duas vezes, uma
excursão escolar ao circo Thiany e outra ida a um circo bem mambembe acho que
chamava Guaraciaba não tinha muitas atrações era mais um circo teatro.
Quando comecei a
trabalhar e ter meu dinheiro não me interessei em ir a circos, porquê?
Informações
sobre a qualidade de vida precária dos animais tirava o encanto de qualquer
apresentação com eles.
Vendo tanto
malabarismo pela rua porque ir ao circo?
Note que o que
provocava muita emoção no passado hoje foi incorporado ao nosso cotidiano.
Imagine há cem
anos atrás quando não tínhamos TVs e tantas opções de lazer como temos hoje a
festa que era um circo chegando nas cidades.
Atualmente com
nossos modernos meios de transportes, mesmo morando longe do litoral em poucas
horas você chega a uma praia, antes eram viagens de dias, ver o mar era um
emoção muito maior do que é hoje.
Qualquer cidade
de médio porte tem um Shopping Center repleto de lojas, antigamente você
precisava se deslocar a grandes capitais e de certo ficava deslumbrado com as vitrines.
A chegada de um
circo na cidade era sem dúvida um grande acontecimento, hoje nossa emoção com
esse tipo de espetáculo foi bastante...digamos... “diluída”.
Atrações
circenses continuam gerando muito dinheiro, há grandes espetáculos como o Circo
de Soleil, continuamos indo ao circo em busca de emoções, mas de uma maneira
menos ansiosa e mais racional.
Se a tecnologia
está diluindo nossa emotividade de forma que a razão tenha um peso maior em
nossas vidas... acho isso MARAVILHOSO!
Se a reportagem
considera isso ruim, é a opinião da revista [ou repórter] que
não precisa ser a minha.
Enfim, nas minha
meditações/textos:
Qualquer fonte
que eu coloco criticam (Estadão, Veja, Folha, Globo, Record, Band, BBC...).
Se não coloco
criticam!
Prefiro matérias da Wikipédia, mas também
atacam essa fonte.
O desagradável é
que contestam a informação, mas não apresentam a fonte da contestação!
Deduzo que:
É mais fácil desacreditar a
fonte que perseguir a verdade que “não interessa a pessoa”.