“O
mais tolo de todos os erros ocorre quando jovens inteligentes acreditam perder
a originalidade ao reconhecer a verdade já reconhecida por outros.”
Texto complementar:
[Johann Goethe]
Já fui muito
criticado por esse intenso contato com meus amigos mortos, não sei quantas
vezes fui taxado de louco, mas suas histórias e pensamentos sempre foram minha
melhor companhia.
No geralzão não
tenho muita afinidade filosófica com Goethe, ele dá voltas desnecessárias em
uma questão, torna a leitura cansativa.
No entanto, em
meio tanta encheção de linguiça, há muita coisa boa.
Escuto bastante
que eu gosto de ser do contra!
Simplesmente
ignoram todos meus argumentos apresentados.
Se eu discordo de
uma questão é só para “aparecer”, criar polêmica.
O “engraçado” é
que na maioria das vezes o que eu defendo, os argumentos que apresento não são
originais.
Já foram expostos
por pensadores há séculos atrás.
Eu simplesmente “atualizo”
a narração.
Ser “original”,
olhar a questão por um lado que ninguém olhou ... tem seu mérito, gosto quando
isso acontece comigo.
Entretanto “ser
original” não é um objetivo que persigo, isso simplesmente acontece algumas
vezes.
Em busca da “verdade”
[da melhor resposta] tenho que trilhar alguns planos de
pensamentos não experimentados.
“Pessoas inteligentes agem
como tolas quando acreditam que perdem a originalidade ao reconhecer a verdade
já reconhecida por outros.”
O objetivo de um
bom filosofo deve ser perseguir a verdade, mas quando a vaidade entra em cena a “necessidade de ser
original” o cega pra verdade já reconhecida por outros.
O pensamento
expresso por Goete é muito provocativo e observável.
Pessoas
inteligentes não estão imunes a comportamentos tolos.
Concordo com ele,
considero “verdade”.
Não vou discordar
só para ser “original”.
Separei para
vocês uma história tão antiga quanto “edificante”.
Não se preocupe
em ser original, persiga a verdade...
▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬
Império
Persa
“Os persas eram sedentários e agricultores,
viviam em conflito e oprimidos pelos vizinhos, os Medos.
A
partir de 559 A.C, surge um nobre chamado Ciro, este se tornou o fundador do
Império Persa.
Ele primeiramente dominou os Medos, mas foi
ao conquistar a Lídia que Ciro se transformou em o grande rei Ciro.
O reino da Lídia era comandado pelo rei
Creso, considerado o homem mais rico do mundo, pois tinha muitos tesouros em
ouro, prata e pedras preciosas.
O rei lídio ao ser ameaçado pelos exércitos
de Ciro, tentou inutilmente enfrenta-los, porém os medos e persas invadiram e
dominaram a Lídia.
Quando Creso iria ser executado, Ciro mudou
de idéia e mandou liberta-lo.
Livre, Creso indagou Ciro:
“O que faz os teus soldados com tanta
pressa?”
Ciro respondeu:
“Estão
saqueando a tua cidade.”
Creso explicou para Ciro que ele nada mais
tinha.
Todo tesouro
que estava sendo saqueado, a cidade que estava sendo destruída e os povos que
estavam sendo massacrados, agora pertenciam ao grande rei Ciro.
[Os soldados estavam saqueando e destruindo a cidade do próprio
Ciro, nada mais pertencia a Creso.]
Ciro ordenou imediatamente que cessasse os
saques e os massacres.
Assim nasceu uma nova política, que faria do
Império Persa, único e que tornaria seus reis temidos e admirados por todas as
nações da terra.”
Se Ciro não
mudasse sua visão das coisas será que o Império Persa chegaria a ser tão
grandioso?
Isso não dá para
saber, mas sem dúvida nenhuma ocorreu uma mudança fascinante.
Se você sabe que
sua vila será invadida e o exército invasor irá matar a todos sua única
alternativa é lutar até morrer.
No entanto se vai
ocorrer apenas uma substituição do atual governo você tem a opção de não
colocar a sua vida e de sua família em risco.
Trazendo para os
dias atuais:
Claro que
queremos ter nossa soberania, mas imagine que a Alemanha estivesse na eminencia
de invadir o Brasil.
Se sabemos que os
alemães nos matarão ou escravizarão nossa única opção passa ser lutar até a
morte.
Toda América Latina se sentiria ameaçada
pensando em qual nação seria a próxima a ser exterminada.
Fica fácil projetar
que toda América Latina se envolveria no conflito e o exército alemão por mais
poderoso que fosse poderia não sair vitorioso ou ter baixas além do aceitável.
Vamos mudar o
paradigma como fez Ciro:
A Alemanha só vai
atirar em quem se opor a ocupação, ela destituirá todo o congresso brasileiro e
assumirá o controle de tudo.
Sei lá, a
administração alemã pode ser até melhor que a administração atual que temos.
Percebam que fica
bem mais fácil manter um império com esse novo paradigma.
Vou deixar essa
história por aqui, isso foi só para aquecer sobre o assunto de meu real
interesse mudança de paradigma
Paradigma é
um modelo ou padrão a seguir.
Etimologicamente, este termo tem origem no
grego paradeigma que significa modelo ou padrão, correspondendo a algo que vai
servir de modelo ou exemplo a ser seguido em determinada situação.
[Significado]
No tempo de Ciro
o padrão era invadir outros povos saquear tudo, matar ou escravizar homens,
mulheres e crianças.
Ciro mudou o
paradigma, dominava a região sem mais carnificina além da guerra, respeitava as
crenças e tradições, cobrava impostos do povo dominado o qual passava a
governar.
Hoje em dia dispomos
de ferramenta tecnológicas que nos permitem grandes mudanças de paradigmas.
Um exemplo:
Financiamento
público de campanha sem
ter o Estado como intermediário, apenas como agente regulador.
O Estado deve
garantir recursos mínimos (fundo eleitoral) para que o candidato (independente
da classe social) tenha condições de competir.
Basicamente seria
tempo de rádio e TV nada muito além disso.
O candidato
estaria livre para conseguir mais recursos financeiros para sua campanha
tirando do próprio bolso ou pedindo doações.
Essas doações só
podem ser feitas por pessoas físicas através do CPF.
O indivíduo ao
ter o registro de sua candidatura aceito abre uma conta no banco exclusiva para
doações de campanha, essa conta de alguma forma será controlada pelo TSE, quero
dizer que o TSE terá acesso a visualização de entradas e saídas.
Uma das habilidades do candidato deve ser
"legalmente" arrecadar dinheiro, uma espécie de seleção natural dos
mais aptos.
Hoje em dia a
maioria das pessoas tem celular com acesso à Internet, contribuir com a
campanha de qualquer candidato é acessível a todos.
Eu não me importo
de contribuir financeiramente com o candidato da minha preferência.
“Por enquanto”
estou optando por Eduardo Campos (10 de Abril de 2014) se tivesse em seu Face
um meio fácil de contribuir com 50 reais para sua campanha via cartão de crédito
eu faria isso.
Caso ele fosse
para o segundo turno poderia contribuir com mais uns 100 reais.
Individualmente
não é muito, mas pense em 500 mil pessoas fazendo esse tipo de doação, é um bom
“financiamento público” de campanha aos moldes de um Liberalismo Econômico.
Cada um é livre
para contribuir com quem e quanto quiser e a interferência mínima do Estado.
Aqui vale uma observação
“original”.
Vejo muitas
pessoas tratando o fundo eleitoral como financiamento público.
Caraca, o fundo
eleitoral vem do dinheiro dos impostos, é um Financiamento
Estatal de Campanha.
Sim, a origem do
dinheiro continua sendo público, mas os meios de captação e distribuição estão
nas mãos do Estado.
O que eu proponho
é que o Estado disponibilize a ferramenta para que o próprio candidato capte os
recursos e cada eleitor contribua de acordo com sua vontade/possibilidade.
Sim senhoras e
senhores é uma grande mudança de paradigma do que seria “financiamento público de campanha”.
Essa mudança se
tornou possível porque temos tecnologia pra isso.
Como há pessoas
muito ricas de certo teremos que impor limite para contribuições.
Sei lá, o limite
poderia ser por “hierarquia” do cargo político.
Cada indivíduo
poderia contribuir com até 50 salários mínimos para vereador chegando até 500 salários
mínimos para Presidente.
[Só uma sugestão sem nenhuma
análise técnica]
Perceba que se o
político quer doações para sua campanha terá que ter boas propostas
"viáveis" para fazer ao povo.
Terá que agradar
ao povo e não ficar refém de uma empresa ou grupo econômico.
Qualquer
arrecadação fora da conta disponibilizada pelo TSE será crime eleitoral com
duras punições além do cancelamento da candidatura, chega de "receitas não
contabilizadas". [Caixa 2]
E se o candidato consegue consegue poucos recursos?
Vai ter que se
virar com o que conseguir é a seleção natural de um bom administrador.
No passado a
grande dificuldade era o cidadão poder divulgar suas ideias, mas hoje a
Internet resolveu esse problema de maneira barata.
Vejam meu caso,
eu divulgo a custos bem baixos meus pensamentos a nível nacional, claro que sou
um zero à esquerda em termos de popularidade, mas não posso dizer que minha
liberdade de expressão está sendo cerceada ou que minhas propostas não estão
sendo divulgadas.
O que me preocupa
é a situação oposta ... o cidadão ficar milionário apenas se candidatando.
Sim isso é
possível, aqui em Campinas o segundo colocado na disputa para prefeito obteve
231.420 votos se cada eleitor contribuísse em média com 10 reais seriam
arrecadados 2.314.200.
Supondo que os
gastos fossem de 1.314.200, ocorreria uma sobra de campanha de 1 milhão.
O que fazer com
esse dinheiro?
As sobras de campanha
deveriam ter uma destinação prevista em lei como acontece com a arrecadação das
loterias.
Uma parcela pode
ir para um fundo
partidário o restante para área de saúde,
educação ou segurança “onde ocorreu o pleito”.
Sobras de
campanha de vereadores e prefeitos ficariam no município.
Deputados
estaduais e governadores, com o Estado.
Deputados
federais, senadores, presidente, com a União.
[Só uma sugestão sem nenhum estudo técnico]
Antes de você
ficar resmungando que isso não daria certo lembre-se mais uma vez que temos
tecnologia para isso e que igrejas sobrevivem até nababescamente com doações de
fiéis.
A maioria das
instituições de caridade sobrevivem com doações.
Se você acredita na capacidade e boas intenções de um candidato porque
não fazer doações para sua campanha?
Uma cidade, um
Estado, um país bem administrado é bom para todos.
Se o tempo que
você passa esperando tanto de algum deus fosse dedicado mais a escolher bons
políticos a vida aqui na Terra seria bem melhor.
Quando alguém fica
doente, em geral, o sistema de saúde te traz uma ação mais efetiva que seu “líder
espiritual”.
Por mais que seu
filho leia a Bíblia ou qualquer outro livro sagrado o que vai prepara-lo para
uma boa vida profissional é a ESCOLA.
Uma igreja a mais
no seu bairro não vai fazer muita diferença, em muitos casos só barulho, mas um
posto policial é bem útil.
A religião pode ser muito
importante para outro mundo...se ele existir.
Nesse mundo o importante
mesmo é a POLÍTICA.
Essa lógica entra em sua mente?
“Nos organizamos politicamente para termos bens públicos e não para
que o Governo seja nossa mãe, nosso PAIZÃO.
Até no caso de pai e mãe depois dos 18 anos
somos legalmente independentes, não podemos ficar sobre a responsabilidade de
nossos pais para sempre a não ser que tenhamos alguma grave debilidade.
Iluminação, rede de esgoto, hospitais... não
surgem como obra do Espirito Santo.
Se tem
asfalto na sua rua é porque alguém direcionou o dinheiro dos impostos para que
isso acontecesse, não foram duendes que asfaltaram sua rua enquanto você
dormia.”
Uma última provocação:
Não sou ateu, mas
participo de grupos de ateus no Face e G+.
É espantoso como ateus
são tão viciados em religião quanto os crentes mais fanáticos.
Passam o tempo
todo criticando a Bíblia e religiosos.
Apesar de serem
poucos, seria interessante que pelo menos os ateus priorizassem a política na
solução dos problemas.
Entretanto são fixados em acabar com as religiões, essa é a ideologia que os move.
Desse mato não
sai coelho ...
Em quem você vai votar e porque ... isso é importante.
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