“O especialista é um
homem que sabe cada vez mais sobre cada vez menos, e por fim acaba sabendo tudo
sobre nada.”
[George Bernard Shaw]
Bernard Shaw é um
filosofo que “eu” considero “socialista”.
Os pensadores
Comunistas/Socialistas [para atacar a Revolução Industrial] criticavam o tipo de
trabalho "mecanizado" em que o operário passa o dia todo realizando a
mesma operação.
O cara fica
especialista em apertar parafusos por exemplo.
Mas o fato é que
realmente o indivíduo fazendo sempre a mesma operação fica muito habilidoso/eficiente
nela.
Os calos na mão
surgem na região necessária, os músculos do corpo se adaptam a situação ficando
mais resistentes onde se faz necessário.
Muitos humanos se
adaptam muito bem ao trabalho repetitivo enquanto para outros é insuportável.
O tempo nos
mostrou que o trabalho repetitivo não é um grande mal em si, nem todos
ambicionam ou tem talento para trabalhos diversificados.
O grande mal do
"esforço repetitivo" é a LER.
Atualmente, com todo
nosso conhecimento sobre anatomia, ficou fácil prevenir a LER ... a não ser que
o indivíduo seja muito "marmota" e não tenha cuidado com seu próprio
corpo.
Toda empresa
minimamente bem administrada tem interesse em evitar a LER porque os prejuízos
causados por ela são bem maiores que os custos em evita-la.
Mas isso foi só
uma introdução para você entender o motivo desse texto.
É interessante
antes de prosseguir adquirir conhecimento sobre o que foi a Revolução Industrial.
Pensadores
socialistas adoram criticar as condições de trabalho nas indústrias como se trabalhar
no campo fosse muito melhor, vamos ver que NÃO.
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“A alienação do trabalhador relativamente ao
produto da sua atividade surge, ao mesmo tempo, vista do lado da atividade do
trabalhador, como alienação da atividade produtiva.
Esta deixa de ser uma manifestação essencial
do homem, para ser um “trabalho forçado”, não voluntário, mas determinado pela
necessidade externa.
Por isso, o trabalho deixa de ser a
“satisfação de uma necessidade, mas apenas um meio para satisfazer necessidades
externas a ele”.
O trabalho não é uma feliz confirmação de si
e desenvolvimento de uma livre energia física e espiritual, mas antes
sacrifício de si e mortificação.
A consequência é uma profunda degeneração dos
modos do comportamento humano;”
Gostei de ler Bernard
Shaw um filósofo fascinante.
(Junto com Nietzsche é um
dos meus “inimigos” favorito ☻)
Talvez por ter
lido Shaw antes de Marx ... ler Marx foi uma tortura, li por pura necessidade.
Um texto chato,
enfadonho como tantas teses de doutorado de nossos acadêmicos.
Usando a
dialética Marx está nos sugerindo que o “camponês” trabalha voluntariamente,
por prazer!?
O camponês não é
obrigado a trabalhar para sobreviver ... faz serviços que não tem necessidade
porque trabalhar no campo é agradável.
A humanidade viveu “muito bem” sem a
agricultura.
A humanidade ideal
para os intelectuais socialistas são aquelas tribos indígena mais primitivas o possível.
Produção
artesanal, vida nômade (sem propriedade), nenhuma mecanização...
Veja o que Jacques
Rousseau dizia:
[Outro pensador “socialista” bem anterior a Karl Marx]
"O verdadeiro fundador da sociedade
civil foi o primeiro que, tendo cercado o terreno lembrou-se de dizer
"isto é meu" e encontrou pessoas suficientemente simples para
acreditá-lo.
Quantos crimes, guerras, assassínios,
misérias e horrores não pouparia ao gênero humano aquele que, arrancando as
estacas ou enchendo o fosso, tivesse gritado a seus semelhantes: "evitai
ouvir esse impostor; estareis perdidos se esquecerdes que os frutos são de
todos e que a terra não pertence a ninguém."
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Assim como
religiosos parecem não ler a Bíblia que tanto adoram, Marxistas parecem não ler
a maior obra de Marx “O Capital”.
A realidade tão
ignorada por Marx é que trabalho para grande maioria é uma NECESSIDADE.
Claro que muitos
de nós pode conseguir trabalhar no que gosta e trabalhar com prazer, mas o
Estado/Sociedade não tem como garantir que isso aconteça.
Em todo lugar do
planeta em que chegou a industrialização a maioria das pessoas preferiram
trabalhar no comércio e na indústria que ficar na agricultura de subsistência.
A trabalho no
campo é pesado, ainda bem que a Industria desenvolveu maquinas para tornar essa
atividade menos desgastante.
Sim, a demonizada
mecanização também chegou ao campo.
Marx
nos vende uma ilusão de paraíso ... compra quem quer.
Quando o
Comunismo for implantado em todo planeta todos os trabalhos serão agradáveis e
só trabalharemos se quisermos.
Propriedades
serão abolidas, seremos livres par irmos onde quisermos.
Dinheiro não
existirá, tudo será na base de troca.
Você é bom em
escrever poesias?
Declame alguma
para alguém que gosta de cultivar rosas e ele lhe dará uma.
Você gosta de
pescar?
Seu filho seu
filho contraiu uma infecção?
Pesque alguns
peixes e troque com alguém que goste de fazer antibióticos ... ☻
E aqui lhes
apresento a chave desse texto:
É bem mais fácil
conseguir simpatizantes/seguidores com ideologias que prometem um PARAÍSO.
Quando as pessoas
não gostam da REALIDADE ou ela não é tão boa quanto elas acham que deveria ser
alienam-se em drogas, doutrinas, ideologias que prometam alivio imediato ou a
vinda de um paraíso.
Os pensadores
Socialistas praticamente dominam o cenário ideológico.
Eles falam de
algo bem raso, mas de maneira tão bonita que parece profundo.
Por vezes penso
que boa parte do sucesso deles acontece porque os “Capitalistas” não se davam o
trabalho de responder por acharem as colocações muito rasas ou por uma estranha
vergonha do Liberalismo Econômico”.
É mais bonito
dizer:
“Um
por todos e todos por um.”
(Socialismo)
Que dizer:
“Cada
um por si e Deus por todos.”
(Capitalismo)
Uma frase sugere
fraternidade a outra egoísmo.
Uma é bonita a
outra (apesar de colocar Deus na equação) parece insensível, um salve-se quem
puder.
Como lá pelos
idos de 1800 estava tudo confuso e não sabíamos onde esses movimentos iriam
parar, na dúvida os pensadores do Liberalismo Econômico se calavam.
Era melhor fingir
ser fraterno que se mostrar egoísta.
Da minha parte (como
pensador capitalista) defendo que é mais eficiente cada um cuidar de si mesmo e
de sua família e esperar/torcer para que o próximo (seu vizinho) faça o mesmo.
Não podemos
esquecer também que os meios de produção estarem nas mãos do Estado se tornou
uma tradição nas sociedades.
O que é a
Monarquia senão o Estado na figura de um rei controlando a tudo e a todos?
Lenin, Stalin,
Fidel...qualquer ditador é como se fosse um rei.
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“O especialista é um
homem que sabe cada vez mais sobre cada vez menos”.
[George Bernard Shaw]
Em uma sociedade
complexa como a que vivemos não sei como podemos abrir mão de especialistas!?
Veja o caso da
medicina, claro que todo médico tem uma visão geral do funcionamento do corpo
humano.
Mas temos os que
se especializam em cirurgias outros em investigações/diagnósticos.
Cada parte do
nosso corpo é tão complexa que o especialista em cirurgia plástica não é
recomendado para fazer um transplante de fígado.
Se seu filho está
doente é melhor leva-lo a um pediatra que a um geriatra.
Vamos analisar “trabalhos
menos complexos”, será que são diferentes?
Um homem que
passa muito tempo capinando está fazendo trabalho repetitivo ... se torna um
especialista em capinar.
Ele tem uma visão
geral da plantação de café, mas sua especialidade é tirar dali as “ervas
daninhas” e faz isso melhor que o médico.
Tem os que gostam
da vida no campo outros preferem as cidades.
Não sei quanto a
vocês, mas eu prefiro apertar parafusos em um barracão abrigado da chuva e do Sol
que ficar capinando ou semeando ao relento.
Tirar leite de
vaca é um trabalho repetitivo, não é fácil, você precisa treinar e se
especializar nisso.
Lavar roupa é um
esforço repetitivo, com as famílias grandes de antigamente as mulheres passavam
boa parte de seu tempo lavando e passando.
Esforço repetitivo não
surgiu com a Revolução Industrial, ele já existia.
Pensadores como
Shaw argumentam que o homem que capina sabe porque esta capinando, quem tira
leite de vaca sabe por esta tirando... não é um "alienado do trabalho ou
produto".
Oras, quem aperta
o parafuso sabe porque está apertando.
É para levar algum
dinheiro para casa no final do mês.
Bernard e Marx
são diversificados sabem tudo sobre tudo. ☻
Sou um
especialista em Filosofia sei tudo sobre nada... não tenho um paraíso para lhe
prometer.
Se quiser melhorar a realidade podemos
caminhar juntos, fico grato pela companhia.
Se prefere viver
movido a promessas de um paraíso ...
“A
vida é sua, estrague como quiser.”
“As
lesões inflamatórias causadas por esforços repetitivos já eram conhecidas desde
a antiguidade sob outros nomes, como por exemplo, na Idade velha, a
"Doença dos Quibes", que nada mais era do que uma tenossinovite,
praticamente desaparecendo com a invenção da imprensa.
Já em
1891, De Quervain descrevia o "Entorse das Lavadeiras".
[Wikipédia]