"Prefiro pessoas
viciadas em Jesus que em drogas."
Por outro lado...
Os vícios por
caminhos complexos podem virar virtudes...uma “estranha loucura”.
Atribuo minha
falta de vícios ao reconhecimento do meu vazio existencial.
Não tenho a
ilusão que algo nessa vida me tornará pleno, feliz, então não busco essa
"coisa", essa utopia.
Se estou com
muita fome comer uma ótima feijoada no almoço é a sensação de estar no
"paraíso", mas no jantar vou querer outra coisa, repetir a feijoada
não será agradável ou desejável não é mais a plenitude o paraíso.
O que nos
satisfaz de manhã nos entedia a tarde...
Ignorar o vazio
existencial, NÃO evita que ele faça parte da sua vida.
Nunca conheci
alguém que esteja sempre de bem com a vida, vivendo em plenitude...feliz.
Os vícios vem na
carona dessa busca para anular o vazio existencial, buscar a felicidade.
Analisemos um vício
comum, o de fofocar.
O indivíduo está sem
nada para fazer ou fazendo algo tedioso, começa a reparar na vida do colega ao
lado ou alguém que esteja passando.
Ele preenche
aquele tédio, aquele vazio comentando a vida dos outros.
Seu prazer está
em observar as dificuldades dos outros assim ele se sente consolado em suas
próprias dificuldades ou aliviado por não tê-las.
Na religião seu
vazio sempre será "remendado" com alguma crença:
"Nesse momento difícil Deus me carrega no
colo."
Não que isso
esteja acontecendo de fato, mas preencher sua mente com isso lhe traz algum
conforto.
Se nós humanos [com raras exceções]
precisamos de vícios essas doutrinas que pregam amor, justiça,
fraternidade, respeito...são um bom vicio.
Os vícios por caminhos complexos podem
virar “virtudes” ... no sentido de evitar um mal maior.
Sem o vício da religião
teríamos mais drogados, jogadores compulsivos, viciados em sexo ... viciados em dinheiro.
A “solução” para
que não precisemos das crenças como esse “freio moral” é reconhecermos que a
vida precisa dessa “diferença de potencial”, precisamos aprender a conviver com
o vazio, alguns conseguem isso sem grande dificuldade, outros com muita
FILOSOFIA, outros... não abrem mão dos vícios.
Me parece que o mal maior em acabarmos com as
religiões sem colocar uma Filosofia de boa qualidade no lugar seria um contingente muito grande de deprimidos.
Essa parte do
pensamento é bem fácil expor.
Hoje em dia está
muito mais fácil satisfazermos nossos prazeres, por um lado isso é bom indica
progresso, mas filosoficamente é complexo.
Buscar o prazer
mantém a mente em movimento e pequenas vitorias nos traz grandes emoções isso
mantém a depressão a distância.
Para quem ganha
Mil reais por mês um bônus de 200 é algo que traz muita alegria é
emocionante, quem ganha 5 mil os mesmos 200 reais não serão considerados
grande coisa.
Satisfazer o prazer atenua nossas emoções.
[Essa é a chave desse texto]
As emoções nos cegam
para o vazio existencial, a atenuação das emoções nos faz perceber o vazio
dentro do peito.
Se você deseja
muito sexualmente uma garota, o desejo toma conta da sua vida/mente.
Se começa a
namorar essa mulher o sexo se torna normal, até obrigatório.
“Você tem que dar no couro.”
Aquele desejo que
preencheu sua mente em tantos momentos deixou de provocar grande emoção.
Sua mente busca
uma nova emoção ou encara o vazio existencial.
Evidente que o
que eu falei para homens vale para as mulheres.
Aquele desejo por
seu namorado que ocupava sua mente, com o tempo deixa de ser tão emocionante, é
difícil encontrar uma mulher que não fingiu orgasmo só para o sexo terminar mais
rápido.
Quer outro
exemplo sem ser sexo? Tudo bem.
Antigamente você
depois de começar a trabalhar levava uns 10 anos para comprar um automóvel e
"ser feliz".
Hoje com uns 2
anos de poupança consegue satisfazer esse prazer e atenuar essa emoção, claro
que estou falando de pobres e remediados.
O Capitalismo
barateou bastante a produção de carros, muito mais gente tem acesso.
Quem ganha melhor
troca de carro a cada 3 anos em média.
Isso faz que o
Mercado fique inundado de carros “seminovos”.
Os carros
seminovos também são trocados inundando o Mercado de carros usados com preços
bem accessíveis.
Quero dizer que
mesmo quem ganha pouco, com algum juízo, pode realizar em pouco tempo o sonho
de ter uma carro ... mesmo que não seja dos melhores.
Para o rico é
ainda mais “chato”, o jovem rico tem a emoção do primeiro carro por lhe dar
alguma independência, não é nem um prazer da conquista.
O segundo carro é
o segundo carro não dá a emoção, o "barato", do primeiro.
Quando se trata
de dinheiro, para preencher o vazio vamos atrás de
emoções cada vez maiores/caras.
Claro que isso
tem um limite, para maioria de nós ele é bem curto, olhe a fatura do cartão de crédito...
☻
O amor nos
traz fortes emoções, mas geralmente mais machuca do que cura alguma
coisa.
[O amor é um bilau de 30 cm calibre grosso ☻]
"O
amor não é um deus, nem um mortal, e sim um grande demônio."
As drogas trazem algum alivio, mas seu efeito passa rápido e viver drogado não tem se demonstrado um bom negócio.
O bom seria que
conseguíssemos viver sem vícios, mas em se constatando essa impossibilidade a
maioria das religiões são um bom vicio “se” conseguimos
evitar o FANATISMO.
Essa lógica entra em
sua mente?
não posso decidir por você.
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