Katia: Você entendeu que o post é sobre redução de danos
sociais?!
William: Eu apresento um posicionamento mais eficiente.
Os vícios começam na
adolescência, em todas as classes sociais, em famílias estruturadas e
desestruturadas.
O único ponto em
comum é o individuo querer experimentar drogas.
Ainda não conheci
casos de alguém ser forçado a isso.
(Tem o fumante passivo, mas não vamos complicar.)
Katia: O que é redução de danos????
William: Cada caso é um caso.
Entretanto, o individuo
reconhecer o próprio erro ou dificuldade é o que mais reduz danos.
Se ele usa drogas e
se coloca no lugar de vitima de situações subjacentes e de falhas politicas
...é o mote para situação caótica que vivemos ...
Cracolândia - Link
Katia: E lá vamos nós... 😁
Redução de danos não
inclui apenas o não-uso das substâncias, mas entender as bases motivadoras do
uso das mesmas.
Isso aqui inclui
substâncias legais (como álcool, cigarros e medicações controladas) e ilegais.
Então, não ignorando
causas:
Depressão? Problemas
financeiros? Transtornos não identificados (como TEA, TDAH, Borderline e
afins)? Falta de estrutura familiar? Falta de emprego? Emprego abusivo e que
gera Bournaut? Falta de momentos saudáveis de lazer? Falta de moradia?
Instabilidade financeira que traz estresse mental e físico, potencializando o
uso de algo "que abrande" essas sensações?
As perguntas são
muitas. Para cada caso, um caso.
NÃO EXISTE
"falta de motivo". Existe somente "motivos não
identificados".
O uso e abuso de
substâncias é EFEITO, não causa.
Tratar a causa
normalmente requer uma crítica social, visto que a sociedade muitas vezes só
isola e identifica os usuários como *pessoas fracas*, como se o
"motivo" do uso fosse algo moral ou de força de vontade.
Uma régua ilusória e
mentirosa que massacra ainda mais quem está nesse meio, e impossibilita o
tratamento dessas pessoas ao desumaniza-las.
Obviamente, aqui
trata-se de pessoas que deram ou encontraram dificuldades no primeiro passo
quando decidem pensar em redução de danos como o primeiro e principal passo no
abandono ( curar-se) do vício.
William: Então vamos lá...
Porque eu escrevo
todos os dias em público?
(Correndo o risco de atrair gente chata pra
caramba... 😉)
Escrevo porque sou
negro, pobre, nasci em família desestruturada, vivo em meio um povo que aplaude
corrupção, porque meu bilau não tem 20 centímetros?
São boas desculpas
no "psicologismo".
Filosoficamente ...
Eu GOSTO de
escrever, me dá enorme PRAZER.
Acredito que o que
o indivíduo sente ao cheirar uma carreira de coca*na é análogo ao que sinto ao
terminar um bom texto.
Se eu não fizesse
nada em casa, não trouxesse grana, não ajudasse minha esposa a cuidar das
nossas filhas ... esse prazer destruiria minha vida.
Como consigo
mantê-lo sob controle ... não consigo imaginar minha vida sem escrever ... uma vazio difícil de preencher ... situação propicia para "depressão de fato".
“O uso e abuso de substâncias é EFEITO, não causa.”
(Comentarista)
Cada um desenvolve
prazer por alguma coisa.
Não escolhemos o que gostar, o que sentir.
Como lidamos com nossos prazeres provocam
efeitos bons ou maus.
O PRAZER é a causa primária.
Essa lógica entra em sua mente?