“Angra 3" é um caso exemplar do “padrão lesma” que impera nas obras federais.
De acordo com o relatório do 1º ano do PAC, que o governo Lula lançou em janeiro de 2008 com um retumbante título (“O crescimento passa por aqui”), a usina nuclear Angra 3 seria concluída em 31 de maio de 2014.
O investimento total previsto seria de 7,33 bilhões de reais.
Alguém aí viu a inauguração?
Nem verá tão cedo.
No 10º Balanço do PAC 2, publicado no mês passado, a data de conclusão de Angra 3 ficou para 30 de junho de 2018.
E o custo?
Passou para 14 bilhões de reais – ou 91% a mais.”
(Lauro Jardim- Revista Veja – Julho 2014)
Angra 3 é um projeto do governo militar, começou a ser construída em 1984.
As obras foram devagar quase parando até parar de vez.
Retomadas em 2010, a obra foi novamente interrompida em 2015, por falta de dinheiro para terminar o projeto.
As obras da usina nuclear de Angra 3 foram retomadas em novembro de 2022, “com expectativa” de conclusão em 2027.
Angra 3 vai quase dobrar a capacidade instalada de fonte de geração de energia nuclear no país, atualmente de 2 GW, referentes às usinas de Angra 1 e 2.
Fora tudo que já foi gasto, precisará de mais R$ 19,4 bilhões para ficar pronta, de acordo com informações da Eletronuclear, subsidiária da Eletrobrás.
Vou tentar simplificar ao máximo.
No caso do que já foi gasto com Angra 3, é dinheiro dos impostos, o prejuízo é de todos os contribuintes, nosso povo não se importa com isso.
😒“Herança do antigo regime militar!
Será que todo esse investimento valeu a pena?"
(Comentarista)
Se tivesse ocorrido nos moldes do “regime militar” teria valido.
Eles entregaram Angra 1 em 1985.
FHC entregou Angra 2 em 2001.
Depois... a coisa desandou.
Lembremos que o regime militar entregou Itaipu.
😂“Angra 1 Começou a ser construída em 1972, mas passou a funcionar comercialmente apenas em 1985.
É muita eficiente desses militares.”
(Comentarista)
Governos com práticas “mais à esquerda” raramente são muito eficientes...
Uma questão importante é que não podemos pensar na usina nuclear apenas para produção de eletricidade.
Principalmente na década de 1970 era importantíssima para formação de profissionais brasileiros nessa área.
Inclusive o Brasil desenvolveu um sistema interessante de beneficiamento de urânio por centrífugas.
O governo agiu certo em conseguir uma parceria tecnológica.
Mas mesmo boas decisões tem nossas “bagunças” de sempre ... infelizmente.
O “Proálcool” é uma rara exceção.
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