quinta-feira, 19 de novembro de 2020

Conhecer a si Mesmo



  

😠 “Muitos descendentes de negros por causa da EDUCAÇÃO EUGÊNICA nas escolas negam suas origens.
   Alisam cabelo para ficar com cabelo de branco, tendem a casar com pessoas brancas para "limpar a família", rejeitam tudo que tem origem africana, etc.

    (Comentarista)



   Acredito que a maioria nem sabe o significado da palavra "Eugenia".

   Então antes de prosseguir é aconselhável que leiam esse outro texto.
                                            

  

   "O Brasil foi o primeiro país da América do Sul a ter um movimento eugênico organizado.
     A Sociedade Eugênica de São Paulo foi criada em 1918."
    ➽Link


 

  Os padrões de beleza mudam com o passar do tempo e dependendo do povo.
  Na idade média/renascentismo, pelas pinturas, as musas eram mais “cheinhas”.
  Há povos que colocam argolas para alongar o pescoço, acham o máximo.
  Japoneses tinham fixação por pés pequenos, “confinavam” os pés em tamancos de madeira.

  Hoje em dia há uma certa fixação por traseiros imensos, as “popozudas”.
  Eu não gosto de excessos, prefiro o traseiro mais comedido.

  É moda fazer tatuagem, eu não gosto.

  Nunca comprei uma calça rasgada (que esta na moda faz tempo), nem pretendo comprar.

  Faz tempo que o "Funk Carioca" e o Sertanejo dominam as paradas de sucesso, eu "no geral" não gosto, evidente que entre tantas musicas uma ou outra me agrada.

  Meu cabelo é muito crespo, não gosto, passo um creme de relaxamento desde quando consegui algum dinheiro para comprar.

  No apanhado geral sempre atraí mais loiras, acabei casando com uma.

  Gosto de muitos sambas, porém não é meu gênero preferido.
  No apanhado geral ouço mais Black Music ... tipo Earth, Wind & Fire, Anita Baker.
  Soul e Rhythm and blues.


  NÃO GOSTO DO PRECONCEITO QUE POR SER NEGRO SOU OBRIGADO A GOSTAR OU FAZER CERTAS COISAS.

 

 Sou obrigado a gostar de capelo crespo!

 Negro tem que casar com negro, ops, negra 😏


 😒“Quem não gosta de samba, bom sujeito não é.”

  Mesmo nunca tendo colocado os pés no continente africano tenho que super valorizar tudo que vem de lá!?
  Qualquer coisa que difere “do que acham que tenho que gostar” é fruto de um “racismo estrutural”!?




 
   Vou aproveitar essa meditação para responder algo que já me perguntaram muito. 

  "Como fazer para conhecer a si mesmo"?

  Tenho um processo "simples", NÃO confundir com fácil. 
  O que é preciso fazer para chegar até São Paulo a pé?
  Eu moro em Campinas, são cerca de 100Km, pela Bandeirantes ou Anhanguera chegamos ao objetivo.
  É "simples", pegar alguma provisão ou dinheiro e andar.
  Fácil não é, dependendo do seu condicionamento físico será um sacrifício enorme.

  Já li sobre muitos processos complexos para buscar o autoconhecimento.
  Isolamento total do mundo exterior (monastérios), meditação profunda, Yoga, fazer longas caminhadas por caminhos "sagrados" (ou da moda).
  Ir para algum lugar na Índia ou Tibete ouvir os ensinamentos de um monge/guru.

  Sem dinheiro ou disposição para essas coisas meu método é bem simples, sem deixar de ser eficiente.
  Funciona pra mim, quem quiser experimentar...

 
Se conhecer é perceber o que deseja de fato, sem considerar nenhuma lei ou convenção social.

  É deixar fluir o "sentimento predominante" para "percebê-lo", NÃO para deixar esse sentimento assumir o comando da ação.

  Vamos a uma ilustração.



  Eu William, gosto de Coca Cola.
  Compro espontaneamente.
  Já foi me dito que "eu não gosto de Coca Cola", fui influenciado pelo marketing.
  Caraca, a propaganda pode ter me incentivado a experimentar, mas já experimentei tanta coisa e não gostei.
  Daí vem aquele "papo cabeça" que eu não sei do que gosto, alguém decidiu o que eu deveria gostar.
  Percebem que o "Papo Cabeça" quer decidir o que eu devo gostar?
  Quando bebo Coca Cola me sinto bem, gosto do sabor, não tem nenhuma lei proibindo, tenho condições de comprar, sei que tudo em excesso faz mal, não abuso na quantidade.

  Viu, um autoconhecimento sem processos complexos.
  A parte difícil quando gostamos das coisas é evitar os excessos, não "viciar".
  No caso da Coca Cola nem gosto tanto assim, é tranquilo.

😂



  Vamos para algo mais provocativo.

  Você vê uma cena de estupro no filme, fica muito excitado(a).
  Não devia, mas o bilau/periquita não mente.
  Quer dizer que você é um estuprador em potencial?
  Quer dizer que você mulher precisa de homens mais "enérgicos" para se satisfazer?
  Não vamos complicar a meditação...

  Significa que
você se excita com um certo grau de violência e deve ficar vigilante para que isso não saia do controle.

  Conhecendo a si mesmo(a) fica mais fácil (ou menos difícil) evitar excessos.
  O homem não chegar a cometer um crime, a mulher não se perder em um relacionamento muito destrutivo.



  Para "tentar" amarrar tudo que foi exposto.

                                        

  

   A) O cabelo é meu, gosto dele cacheado, isso não é ilegal ou imoral.
    Se é influência de filmes ou de algo que vivi na infância ... que importância tem!?
    O fato é que me sinto melhor com os cabelos tratados.
    Nenhum movimento "branco" ou "negro", Governo vai impor o que devo sentir.
    Nem eu tenho controle sobre isso.


 

                                             

  

    B) Me conhecendo muito bem, não tenho nenhum tipo de aversão por nenhuma cor de pele.
   Sem dúvida o mais importante é a personalidade ser compatível com a minha.
   Nem imagino ter deixado de namorar minha esposa em nome do "politicamente correto" segundo a "ideologia" de alguns grupos.
   Evitar namorar minha esposa só por ser branca!?
   Cometi uma “traição da raça”!?



 








  Na literatura brasileira, o escritor Euclides da Cunha, autor de 'Os Sertões', fazia questão de externar uma visão eugenista sobre suas obras, associando os negros e mestiços à degeneração e criminalidade.

  Monteiro Lobato não apenas se aliou ao eugenismo, como patrocinou e auxiliou na distribuição das publicações do movimento em 1919.

  Projeção política no país

  Ainda nos primeiros anos da organização eugênica no Brasil, sua influência política já possibilitava uma tímida atuação no Congresso Nacional.

  Em três anos, dois deputados — Fidélis Reis e Alfredo Ellis Junior — levou para votação projetos para dificultar a entrada específica de negros e asiáticos, tendo apoio do jurista Oliveira Viana, posteriormente ocupante da oitava cadeira da Academia Brasileira de Letras.

  Com auxílio de Levy Carneiro, então presidente da Associação Brasileira de Educação, Kehl conseguiu realizar o Congresso Brasileiro de Eugenia em 1929, tendo como mestre de cerimônias Edgard Roquette-Pinto, responsável pela inauguração do sistema brasileiro de rádio.

  No mesmo ano, o líder eugenista ainda conseguiu criar o periódico ‘Boletim de Eugenia’.

  A restrição de imigração proposta anteriormente foi oficializada por lei, pelo Decreto nº 7.967, assinado por Getúlio Vargas em 1945, sendo revogada somente em 1980, durante o governo militar.

  Com o aumento da população negra, o movimento perdeu força, principalmente após a Segunda Guerra Mundial, com a disseminação das ideias nazistas de maneira negativa pela aliança brasileira aos Aliados.

   O racismo estrutural instalado pelo movimento, no entanto, é o legado direto de Kehl para o país.

[Google]

 

 



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2 comentários:

Anônimo disse...

Às vezes o que dificulta o autoconhecimento é uma vida mutável demais ou pelo contrário, muito parada e confortável.
De vez em quando os problemas aparecem para nos tirar algumas coisas- e aí descobrimos o que temos que reaver a todo custo.

Anônimo disse...

Nihil